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Tentativas de suicidio atendidas no Hospital de Clinicas da Unicamp : diferenças entre os sexos / Suicide attempts seen at Hospital de Clinicas Unicamp : sex differences

Orientador: Neury Jose Botega / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-09T04:19:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2007 / Resumo: Objetivo: Identificar diferenças entre os sexos em variáveis sócio-demográficas, psicossociais e clínicas entre aqueles que tentaram o suicídio e que foram atendidos no pronto socorro do Hospital de Clínicas (HC) da UNICAMP. Método: Trata-se de estudo transversal, sub-projeto do Estudo Multicêntrico de Intervenção no Comportamento Suicida (SUPRE-MISS), organizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Duzentos e doze sujeitos participaram do estudo. A avaliação foi feita por meio de entrevista estruturada, contendo informações sobre saúde mental e física, contato com serviços de saúde, uso de substâncias psicoativas, eventos traumáticos de vida, dificuldades psicossociais, apoio social, diagnóstico psiquiátrico, problemas com a justiça, comportamento anti-social e escalas psicométricas. A comparação entre os sexos foi feita usando-se análise de regressão logística uni e multivariada. Resultados: Do total, 49% estavam na faixa etária entre 25 a 44 anos, e 143 (68,1%) foram do sexo feminino. Quase todos os que tentaram suicídio tiveram um diagnóstico psiquiátrico (96%). Os transtornos do humor foram mais freqüentes entre as mulheres (54% versus 32%, p=0,003) e os transtornos mentais por uso de substâncias psicoativas, especialmente álcool, foi mais freqüente entre os homens (31% versus 7%, p=0,0001). As mulheres tiveram piores escores no Índice de Bem-Estar OMS (p=0,005), na escala de Beck de Depressão (p=0,01) e na escala de Desempenho do Papel Social (p=0,03). Mais mulheres (58%) que homens (35%, p=0,002) haviam tentado o suicídio anteriormente, e tinham sofrido abuso físico e/ou sexual (26% versus 8%, p=0,002). As mulheres haviam procurado mais frequentemente tratamento psiquiátrico (50% versus 34%, p=0,03) e freqüentaram mais o culto religioso (uma vez por semana: 45% versus 23%, p=0,007). As tentativas de suicídio envolveram maior risco de morte entre os homens (48% versus 28%, p=0,01), assim como o uso de álcool/drogas associado à tentativa de suicídio (30% versus 13%, p=0,003). Após uma tentativa de suicídio prévia, os homens sentiram mais pena de si mesmos (64% versus 36%, p=0,01). Na análise multivariada, as variáveis que melhor discriminaram diferenças entre os sexos foram: uso de álcool e/ou drogas relacionado à tentativa de suicídio atual(2,9 vezes maior nos homens), abuso físico e/ou sexual (4,4 vezes menor nos homens), sentimento do Índice de Bem-Estar ¿sentir-se ativo e vigoroso¿ (4,5 vezes maior entre os homens) e a presença de transtorno mental por uso de substância psicoativa (3,6 vezes maior nos homens). Conclusão: Os homens tiveram menos diagnóstico de depressão, menores escores na escala de depressão e disseram que estavam sentindo-se mais ¿ativos e vigorosos¿. Embora os homens ingeriram bebida alcoólica mais frequentemente e fizeram tentativas de suicídio mais graves, eles sentiram mais vergonha e pena de si mesmos, tiveram mais problemas no trabalho e haviam feito menos tratamento psiquiátrico que as mulheres. As mulheres mais frequentemente sofreram abuso físico e/ou sexual prévio, estavam mais deprimidas e apresentaram mais dificuldades em lidar com crises / Abstract: Objective: The aim of this study was to identify sex differences in clinical, psicossocial and demographic variables among those who attempted suicide and were seen at the emergency room of the Hospital de Clínicas (HC) UNICAMP.Methods: This was a cross-sectional study, sub-project of the Suicide Prevention ¿ Multisite Intervention Study on Suicidal Behaviors (SUPRE-MISS) organized by the World Health Organization (WHO). 212 subjects were enrolled in the study. A structured questionnaire covered a series of variables, including mental and physical health status, contact with health services, alcohol and drug related questions, traumatic experiences, psychosocial difficulties, life satisfaction, social support, psychiatric diagnosis, problems with justice, anti-social behavior and specific psychometric scales. A comparison between sexes was made using uni and multivariate logistic regression analysis. Results: Overall 49% were between 25 and 44 years old, and 143 (68.1%) were females. Almost all suicide attempters had a mental disorder (96%). Affective disorders were more frequent among women (54% versus 32%, p=0.003) and mental disorders caused by psychoactive substance use, especially alcohol, were more frequent among men (31% versus 7%, p=0.0001). Females had worse scores at the WHO Index of Well-Being (p=0.005), at the Beck Depression Inventory (p=0.01) and at the Psychiatric Disability Assessment Schedule (p=0.03). More women (58%) than men (35%, p=0.002) had previously made a suicide attempt, and had suffered physical and/or sexual abuse (26% versus 8%, p=0.002). Women had more frequently looked for psychiatric treatment (50% versus 34%, p=0.03) and attended to religious cult (once a week: 45% versus 23%, p=0.007). Suicide attempts involved more risk of death among men (48% versus 28%, p=0.01), as well as the use of alcohol/drugs at the suicide attempt (30% versus 13%, p=0.003). After a previous suicide attempt men felt more pity of themselves (64% versus 36%, p=0.01). In the multivariate analysis, the variables which better discriminated differences between sexes were: ingestion of alcohol and/or drugs at suicide attempt (2.9 times more frequent in men), physical and/or sexual abuse (4.4 times less frequent in males), ¿active and vigorous¿ well-being feelings (4.5 times more frequent in men) and a mental disorder caused by psychoactive substance use (3.6 more frequent in males). Conclusion: Males had less diagnosis of affective disorder, lower scores at the depression scale and told they were feeling more ¿active and vigorous¿. Although men consumed alcohol more frequently and had more serious suicide attempts, they felt more pity and shame of themselves, had more problems at work and had had less treatment than females. Women had more frequently suffered physical and/or sexual abuse, were more depressed and had difficulties to handle crisis / Mestrado / Saude Mental / Mestre em Ciências Médicas

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/311452
Date24 August 2007
CreatorsStefanello, Sabrina
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Botega, Neury José, 1958-, Botega, Neury José, Rapeli, Claudemir Benedito, Azevedo, Renata Cruz Soares de
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format181p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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