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Estimativa da razão sexual de Lepidochelys olivacea (Testudines, Cheloniidae) no Espírito Santo, Brasil

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Previous issue date: 2017-04-07 / Mundialmente são listadas sete espécies de tartarugas marinhas, divididas em duas famílias Dermochelyidae e Cheloniidae, das quais cinco ocorrem no Brasil: Lepidochelys olivacea, Chelonia mydas, Eretmochelys imbricata, Caretta caretta e Dermochelys coriacea. As tartarugas marinhas são répteis cosmopolitas, com migrações de centenas a milhares de quilômetros entre as áreas de alimentação e desova. Lepidochelys olivacea, conhecida como tartaruga-oliva é a menor dentre as tartarugas marinhas encontradas em águas Brasileiras. O estado do Espírito Santo é considerado área secundária de nidificação para a espécie, por apresentar um número reduzido de desovas. Os quelônios marinhos apresentam determinação sexual dependente da temperatura do ambiente onde se encontram. A razão sexual desses animais está diretamente relacionada à temperatura do solo e ao tempo de incubação dos ninhos, na qual temperaturas mais altas produzem fêmeas, enquanto os machos são produzidos em temperaturas amenas. Existe um período sensível para a determinação do sexo, e este ocorre em torno do terço médio da incubação (20º ao 41º dia). Uma razão sexual de 1:1 (50% machos e 50% fêmeas) é produzida quando os embriões são expostos, no segundo terço de incubação, à chamada temperatura pivotal. O procedimento mais usual na identificação do sexo em quelônios recém-nascidos é uma análise histológica das gônadas, visto que os filhotes não possuem dimorfismo sexual. O trabalho de campo foi realizado no litoral norte do município de Linhares, Espírito Santo, entre a foz do rio Doce, a vila de Povoação e o balneário de Pontal do Ipiranga na temporada reprodutiva de 2015/16. Através de busca ativa foram encontrados os ninhos de Lepidochelys olivacea e inserido para registro das temperaturas um data logger (termômetro) que monitorou a temperatura durante todo o período de incubação e retirado no momento da eclosão dos filhotes. Monitoramos a temperatura de 15 ninhos de L. olivacea, esses ninhos registraram durante todo o período de incubação temperaturas entre 29ºC e 32,5ºC. No segundo terço, os valores de ficaram entre 31°C, dentro da temperatura pivotal para espécie em estudo. A temperatura média dos ninhos com a temperatura média do ambiente externo, foram significativamente diferentes (valor p=0,000), sendo que a temperatura média dentro dos ninhos (30,93°C) foi maior que a externa (25,59°C). O número médio de filhotes machos foi significativamente igual ao número médio de filhotes fêmeas (valor-p=0,782). Analisando a temperatura com os dias de incubação, ficou evidente que quanto maior a temperatura média do ninho, menor tenderá a ser o tempo de incubação. O número de ninhos, assim como o tempo de incubação analisados em temporadas passadas (entre 2003/04 a 2015/16), uma vez que o valor da temperatura está relacionado aos dias de incubação, observamos ao longo dos anos de 2003/04 a 2015/16 que o número médio de dias de incubação dos ninhos diminuiu ao longo do tempo e a redução média foi maior na base PV. Estimamos a razão sexual em 1:1, com 50% fêmeas e 50% machos na maioria dos ninhos estudados, e a sexagem dos filhotes também indicou não ocorrer diferença significativa entre os sexos.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/8287
Date07 April 2017
CreatorsVASCONCELOS, D. G.
ContributorsHOFFMANN, D., Monteiro, J. C., SANTOS, M. R. D., BERNILS, R. S.
PublisherUniversidade Federal do Espírito Santo, Mestrado em Biodiversidade Tropical, Programa de Pós Graduação em Biodiversidade Tropical, UFES, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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