A espécie Uncaria tomentosa (Rubiaceae) é reconhecida por diversos povos sul-americanos, devido a sua importância etnofarmacológica. Na sua maioria, os estudos realizados com U. tomentosa empregam como matéria prima vegetal a casca, devido à fração rica em alcalóides. Entre os constituintes químicos relatados para a espécie destacam-se os flavonóides, triterpenos e alcalóides, aos quais é atribuído um número significativo de propriedades terapêuticas. A escassez de metodologias analíticas para o doseamento do teor de alcalóides de U. tomentosa motivou a realização do presente trabalho, que visa à validação de metodologia analítica para matéria prima vegetal (DVSM), extrato seco (ESC) e cápsulas contendo extrato seco de Uncaria tomentosa DC. O estudo propôs a utilização de metodologia espectrofotométrica e cromatográfica para a quantificação de teores totais de alcalóides. Para fins de identificação da espécie foram utilizados métodos cromatográficos por CCD, preconizados para flavonóides e alcalóides. O perfil por CCD encontrado para a DVSM, liofilizado e ESC foi diferente do relatado na bibliografia. O teor de alcalóides do extrato seco comercial (ESC), utilizando método espectrofométrico foi de 8,41 mg/g, apresentando uma taxa de recuperação de 100,45%. Paralelamente, foi desenvolvido e validado um método de análise por CLAE para o ESC, que permitiu a quantificação da fração alcaloídica, expressa como isomitrafilina. O teor de alcalóides totais encontrado foi de 14,58 mg/g e apresentou taxa de recuperação de 99,95 a 100,44%. No teste de robustez do método analítico por CLAE, o ESC apresentou variações significativas com a variação do pH e da temperatura. O ESC contido em cápsulas de gelatina foi testado quanto à estabilidade térmica, por um período de 90 dias, a 50 ± 2 ºC e 90 ± 5% de umidade relativa. O perfil de alcalóides totais foi obtido por CLAE e ao ser comparado com o ESC, não exposto a condições extremas, apresentou teores equivalentes, porém, com mudança no perfil da fração alcaloídica, o que pode caracterizar produtos de degradação. Um perfil similar foi observado quando o ESC foi exposto à luz UVC por 90 dias. / Uncaria tomentosa DC (Rubiaceae; cat’s claw) is a climbing bush widespreads in the tropical South American countries, in which its etnopharmacological importance is largely recognized. The main phytochemical studies on U. tomentosa revealed a meaningful alkaloid fraction in its aerial parts and especially on its bark. Besides that, other relevant components were also isolated from its bark, including flavonoids and triterpenes, to which several pharmacological properties were formerly ascribed. Notwithstanding the crescent importance in the research of novel drugs, it is to denote the lack of official and validated analytical methods intended for the determination of the alkaloids content in U. tomentosa. Thus, the aim of this work was the development and validation of analytical method which allow the analysis and content determination of the main alkaloids in the vegetal raw material (DVSM), a commercial dry extract as well as in gelatin hard capsules containing it. For this purpose, a spectrophotometric method and a chromatographic one were developed and afterwards validated. In both cases the total alkaloids content was expressed as isomitraphiline (reference standard). The identification by CCD analysis was carried out on basis to several methods related earlier in the literature for flavonoids and alkaloids. In general, the comparison from CCD profiles of genuine samples of U. tomentosa bark depicted in the literature, DVSM, dry extract and ESC profiles led to partial dissimilar results, which reinforce the need of additional efforts in this way. The alkaloids content calculated spectrophotometrically for the commercial dry extract (ESC) was 8,41 mg/g, with a recover of 100,45%. For the HPLC method, the total alkaloids content correspond to the sum of the area under the peaks previously characterized as alkaloids. The alkaloids content calculated for the same extract by HPLC was 14.58 mg/g, with a recover rate of 99,95 to 100,44%. The method as a whole fulfills the usual ICH validation requirements. The stability test under stress conditions of pH and temperature for the ESC presented a significant variation of the individual area of some peaks. The original peaks assigned to isomitraphiline, pteropodine and isopteropodine showed a decrease in intensity and a concomitant appearance of new peaks, originated from breakdown process presumably. A similar profile was observed by exposing ESC samples to the wave short UV radiation during 90 days. There are also evidences in favor of degradation signals in non-treated ESC samples.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.lume.ufrgs.br:10183/28871 |
Date | January 2005 |
Creators | Griebeler, Susana Andreia |
Contributors | Gonzalez Ortega, George |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0027 seconds