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Interação de inseticidas e controle biológico natural na redução dos danos de Spodoptera frugiperda (J.E. SMITH, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) na cultura do milho (Zea mays).

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Previous issue date: 2004-05-31 / Universidade Federal de Sao Carlos / All the experiments were conducted inside of the experimental area of Embrapa Milho e Sorgo
(Embrapa National Maize and Sorghum Research Center) in Sete Lagoas, MG, Brazil with the
objective of evaluating the role of natural enemies and insecticides on the damages of Spodoptera frugiperda (Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) in maize crop. In the first experiment the occurrence of natural enemies associated to eggs and larvae of S. frugiperda using artificial infestation with
laboratory egg masses was evaluated, accomplished fifteen days after the plant emergency (one egg
mass/m2). At a 2-day interval, beginning two days after infestation, sampling of 20 plants/plot were
accomplished, separating egg masses and larvae of the pest, which were maintained in artificial
diet, in the laboratory. The natural enemies presented in the experiment were the predators Doru luteipes Scudder (Dermaptera: Forficulidae) and Orius sp. (Heteroptera: Anthocoridae) and the
parasitoids Chelonus insularis (Cresson) (Hymenoptera: Braconidae), representing 91.07% of the collected species, Eiphosoma laphygmae Costa Lima (Hymenoptera: Ichneumonidae) Exasticolus
fuscicornis (Cameron) (Hymenoptera: Braconidae), Cotesia marginiventris (Cresson)
(Hymenoptera: Braconidae), Campoletis flavicincta (Ashmead) (Hymenoptera: Ichneumonidae) and
Archytas incertus (Macquart) (Diptera: Tachinidae). Parasitoids and predators had significant effect on the suppression of the population of S. frugiperda. The number of collected larvae that was 364
at the first sampling period fell down to only 2.6 larvae, at the sampling accomplished 16 days after the infestation. Using the exclusion method (with cage), protecting the pest since egg stage against its natural enemies, it was demonstrated that the larger the pest protection period, the greater the damage. The visual damage scale reached 4.01 (maximum of 5) when the protection period was 16 days. When the protection period was minimum (two days), the average damage scale was only 0.93. As a consequence of the differences in the provoked damage, there was reduction of 52.73% in the production of dry matter and 45.51% in the production of grain yield. In another experiment, exposing the pest to its natural enemies, starting from the eggs, and then, protecting by the cages for
different periods, the leaf damage in the plots in that the pest was protected by the largest period was also the highest (3.43). In relative terms, there were reductions of 54.2% in the dry matter production and of 20% in the grain yield. Experiments to evaluate the impact of different groups of insecticides and the possible additional contribution of natural control agents on the suppression of
S. frugiperda were also developed, using also egg masses of the pest. The insecticides were applied
at 2-day intervals, beginning two days after the infestation and finishing 16 days after. Before
spraying, the natural parasitism varied from 27.7% to 54.0%. After the application of the insecticide Match the parasitism was 9.7% (evaluation 24 h after the application) and 1.5% (72 h after the application). Those values were, for the insecticide Fury, 23.37 and 18.23% respectively. For the
insecticide Lorsban, the index was 27.3 and 28.2%. Higher index of parasitism was verified when the insecticide microbial Baculovirus spodoptera was applied, respectively, 41.3 and 33.7%. In a general way, all the products protect the plant against the pest acting by themselves or together with other mortality factors. Among such factors, the presence of the predator D. luteipes can be mentioned, especially on plots sprayed with B. spodoptera and Match. For the insecticide Fury, the population of the predator was lower in the 24-h evaluation period than in the 72-h period after application. With relation to the parasitoids, soon after the application of the chemical products, parasitism was much lower than the parasitism observed before spraying. Actually, the number of living larvae also decreased. That reduction can be due to the direct action of insecticides and/or the
effect of natural enemies. For instance, the decrease of collected larvae coincided with to growing presence of the predator D. luteipes on plots, before and after the application, especially on those plots where the B. spodoptera and Match were used. The reduction in the number of larvae brought,
as a consequence, a significant reduction in the damage caused by the pest. There was no significant difference in grain yields from plots where B. spodoptera, Match and Fury were used. In the case of the insecticide Lorsban, there were some variations in grain yields, probably due to your immediate effect on the larvae and/or killing or repelling the predator D. luteipes. New pest infestation could
occur later. Significant occurrence of natural enemies was observed in the experimental area. The
density of the natural enemies was enough to give an effective control of the pest. It was concluded
that such natural enemies could complete the action of certain insecticides, especially those of high level of selectivity. Considering that the natural enemy observed in the area is associated to eggs
and first instar larvae of the pest, it is important in integrated pest management program that a
control measure is used starting 12 days after the verification of egg masses in the field, for the
control of remaining larvae, and only if their density reaches the level of economical damage. / Os experimentos foram conduzidos na Embrapa Milho e Sorgo, em Sete Lagoas, MG, com o
objetivo de avaliar o papel dos inimigos naturais e de diferentes grupos de inseticidas sobre
Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) na cultura do milho. O primeiro experimento teve como objetivo avaliar a ocorrência de inimigos naturais associados a ovos e larvas da praga, partindo de infestação com posturas provenientes do laboratório que foi realizada aos quinze dias após a emergência das plantas, numa densidade de uma postura/m2. A intervalos de dois dias, iniciando dois dias após a infestação, foram realizadas coletas de 20 plantas/parcela, separando posturas e larvas da praga, que foram mantidas em dieta artificial no laboratório. Foram observados os predadores de ovos e larvas Doru luteipes Scudder (Dermaptera: Forficulidae) e Orius sp. (Heteroptera: Anthocoridae) e os parasitóides Chelonus insularis (Cresson) (Hymenoptera: Braconidae), representando 91,07% das espécies coletadas, Eiphosoma laphygmae Costa Lima (Hymenoptera: Ichneumonidae) Exasticolus fuscicornis (Cameron) (Hymenoptera: Braconidae), Cotesia marginiventris (Cresson) (Hymenoptera: Braconidae), Campoletis flavicincta (Ashmead) (Hymenoptera: Ichneumonidae) e Archytas incertus (Macquart) (Diptera: Tachinidae). Os inimigos naturais tiveram efeito significativo na supressão da população de S. frugiperda, pois, de 364 larvas coletadas dois dias após a infestação houve uma redução gradativa, chegando a apenas 2,6 larvas,
na coleta realizada 16 dias após a infestação. Utilizando o método de exclusão por gaiola,
protegendo a praga desde a postura contra seus inimigos naturais, foi demonstrado que quanto
maior o período em que a praga ficou protegida, maior o dano, atingindo uma nota média de 4,01,
numa escala de 0 a 5, obtida para um período de 16 dias de proteção. Quando o período de proteção
foi mínimo (dois dias) a nota média de dano foi de apenas 0,93. Como conseqüência das diferenças
no dano provocado, houve redução de 52,73% na produção de matéria seca e 45,51% na produção
de grãos. Já num outro experimento, expondo a praga aos seus inimigos naturais a partir dos ovos,
para então ser protegida pelas gaiolas em diferentes períodos, os danos nas parcelas em que a praga ficou protegida por maior período foi também o mais alto (3,43). Em termos relativos, houve queda na produção de matéria seca de 54,2% e de 20% no rendimento de grãos. Experimentos para avaliar o impacto de diferentes grupos de inseticidas e a possível contribuição adicional de agentes de controle natural no manejo de S. frugiperda, também foram desenvolvidos, aplicando os produtos a intervalos de dois dias, iniciando-se dois dias após a infestação artificial com posturas da praga e finalizando aos 16 dias após. Antes da pulverização com os diferentes inseticidas, foi observado um índice médio de parasitismo variando de 27,7% a 54,0%. Após a aplicação do inseticida Match, o
parasitismo foi 9,7% (avaliação 24 h após a aplicação) e 1,5% (72 h após a aplicação). Esses valores foram para o inseticida Fury, 23,37 e 18,23% respectivamente. Para o inseticida Lorsban, o índice foi 27,3 e 28,2%. Maior índice de parasitismo foi verificado quando se aplicou o inseticida microbiano B. spodoptera, cujos valores foram 41,3 e 33,7%. De maneira geral, todos os produtos propiciaram controle da praga, seja pela sua atuação direta ou pelo sinergismo com outros fatores de mortalidade. Entre tais fatores, pode-se destacar a presença do predador D. luteipes, especialmente nas parcelas pulverizadas com o B. spodoptera e o inseticida Match. Para o inseticida Fury, a população do predador foi inferior nas avaliações realizadas 24 h após sua pulverização. No entanto, a população voltou a crescer na avaliação realizada 72 h após a aplicação. Com relação aos parasitóides, logo após a aplicação dos produtos químicos, foram observados índices de parasitismo bem inferiores, quando comparados com aqueles antes da pulverização. O número de larvas vivas também diminuiu sensivelmente nas coletas. Essa redução a cada coleta pode ser devido à ação
direta dos inseticidas e/ou efeito dos inimigos naturais. Por exemplo, a diminuição de larvas
coletadas coincidiu com a crescente presença do predador D. luteipes nas parcelas, tanto antes da
pulverização como depois desta, principalmente nas parcelas pulverizadas com os inseticidas B.
spodoptera e o Match. A redução no número de larvas trouxe, como conseqüência, uma redução
significativa no dano provocado pela praga, não havendo diferença significativa entre o rendimento
de grãos tanto em parcelas pulverizadas como não pulverizadas com os inseticidas B. spodoptera,
Match e Fury. No caso do inseticida Lorsban, foram verificadas algumas variações em rendimentos
de grãos, provavelmente devido ao seu efeito imediato sobre as larvas e/ou matando ou repelindo o predador D. luteipes, propiciando posteriormente novas infestações naturais da praga. Houve
presença significativa de inimigos naturais na área experimental, cuja densidade foi suficiente para
propiciar um controle efetivo da praga, dispensando a aplicação de inseticidas. Concluiu-se também
que tais inimigos naturais podem completar a ação de determinados inseticidas, especialmente
aqueles de maior seletividade. Além disso, considerando que a atuação dos principais inimigos
naturais observados ocorre em ovos e larvas de primeiros instares, pode-se pensar na recomendação
de uma medida de controle somente a partir de 12 dias após a verificação de posturas no campo,
para o controle de larvas remanescentes, se a sua densidade atingir o nível de dano econômico.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufscar.br:ufscar/1726
Date31 May 2004
CreatorsFigueiredo, Maria de Lourdes Corrêa
ContributorsDias, Angélica Maria Penteado Martins
PublisherUniversidade Federal de São Carlos, Programa de Pós-graduação em Ecologia e Recursos Naturais, UFSCar, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSCAR, instname:Universidade Federal de São Carlos, instacron:UFSCAR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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