Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública. / Made available in DSpace on 2013-07-16T00:26:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1
221558.pdf: 1266855 bytes, checksum: 818cb35c089f79c1016fb760093e8aea (MD5) / Este estudo investigou a vítima atendida no CEVIC - Centro de Atendimento a Vítima de Crime de Florianópolis - nos anos de 2000 e 2001, totalizando 1242 usuários. A pesquisa tem caráter exploratório cujo propósito é o de observar, descrever e explorar aspectos de uma situação ainda pouco pesquisada.Sendo um estudo exploratório, ele aponta para várias possibilidades de realização de pesquisas sobre as vítimas atendidas em centros específicos ou ainda sobre aquelas que buscaram o CEVIC.Foram utilizadas como dados secundários as fichas cadastrais dos usuários do serviço para elaborar um perfil da vítima. A partir das informações contidas nas fichas rabalhamos com as seguintes: sexo, idade, de onde ou por intermédio de quem chegou ao CEVIC, naturalidade, local onde mora, escolaridade, profissão, se tem um companheiro, se existe registro de boletim de ocorrência e em qual delegacia foi realizado e, quanto ao agressor, idade, sexo, profissão e estado psíquico no momento da agressão. Ainda que o agressor não seja o objeto de análise, foi despertado o interesse em conhecer um pouco acerca do universo deste. Os dados foram armazenados no software Epi Data 3.0, e analisados nos programas Epinfo 6.04 e Excell. Durante o processo introdução dos dados no banco foram sentidas algumas dificuldades devido à falta de sistematização no preenchimento das fichas cadastrais, o que acabou prejudicando a compilação de um maior número de informações, influenciando também nos resultados. Estes revelaram que a maior incidência na busca pelo serviço do CEVIC foi por mulheres, entre 20 e 49 anos. A maior parte com escolaridade inferior ao 1º grau completo, tendo como atividade o serviço doméstico ou do lar, que foram encaminhadas da delegacia especializada no atendimento a mulher de Florianópolis, sendo que a queixa mais relatada foi a de violência doméstica perpetrada por seus companheiros. Dentre as formas de violência doméstica, categorizadas para esta pesquisa, a que mais foi registrada em todas as faixas etárias foi a violência física e psicológica. Esta categoria foi formada pelas queixas que associaram a violência física - tapas, socos, puxões de cabelo, aos aspectos psicológicos como ameaças, humilhações, ridicularização e exposição a situações constrangedoras. O que se pretende discutir neste trabalho é a violência que é denunciada, ou seja, a que chega a um centro específico de atendimento às vítimas em suas diversas formas, seja a que acontece no meio urbano ou no meio doméstico. Para dar maior clareza e possibilitar uma compreensão ainda maior, optou-se em separar as violências que aconteceram no ambiente doméstico das que acontecem em outros âmbitos, visto que houve uma diferença significativa entre estas duas esferas. Sendo assim, quanto ao tipo de violência, esta foi dividida em urbana, institucional e doméstica. A violência urbana contempla as agressões que acontecem nas vias públicas, por desconhecidos como roubos, furtos, arrombamentos, seqüestro relâmpago, acidente de trânsito, e outros. A violência institucional é aquela que teve como autor um profissional no exercício de sua função, por exemplo, um médico ao cometer uma falha ou policiais, no abuso de poder. Finalmente, a violência doméstica é aqui compreendida como abuso, ou agressão, seja física, psicológica, sexual, seja a negligência que acontece no âmbito doméstico. Do ponto de vista desta

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/102249
Date January 2005
CreatorsSilva, Luciane Lemos da
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Coelho, Elza Berger Salema
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format137 f.| grafs., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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