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Redes sociais como fator de proteção contra as violências? Um estudo de caso no Curuzu

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Dissertação Maria Clara Guimaraes. 2012.pdf: 2039835 bytes, checksum: 1893b795c1a8d07884b0ecc3113e7a21 (MD5) / Pautado nos conceitos de Redes Sociais e Capital Social, o estudo descreve e
analisa a conformação das redes sociais e sua possível relação com a proteção
contra as violências no Curuzu-Salvador-Bahia-Brasil. Diferentemente do que a
literatura aponta, o Curuzu, localidade de periferia urbana e majoritariamente negra,
apresentou baixos índices de violência em estudos anteriores. A investigação partiu
da hipótese de que as redes sociais podiam funcionar como fator de proteção.
Optou-se por um estudo de caso de cunho etnográfico que teve duração de quinze
meses, sendo que oito foram de forma intensiva (mínimo de três dias por semana
em campo). A observação focou quatro organizações do bairro: dois blocos
carnavalescos, uma associação de moradores e um terreiro de camdomblé. Os informantes foram os trabalhadores de diversos níveis dessas organizações, participantes e moradores. Uma das organizações se destaca quanto ao acúmulo de capital social e potencial de ação, todavia o entorno, embora beneficiado, não é seu foco. Tensões e articulações são reveladas. Os tipos de violência por eles destacados foram os homicídios e também as referidas ao trânsito, embora a doméstica (especialmente contra a mulher) tenha-se revelado com constância. Com o crescimento da violência, a sensação de insegurança se assemelha à cidade como um todo. Algumas ações de projetos sociais dentro das organizações
estudadas foram identificadas como ferramentas de enfrentamento, prevenção e
proteção à violência, além de promover qualidade de vida. Entre as atividades com
este fim, há a capoeira e a educação de cunho reafirmativo (racial), com o intuito de
ampliar o capital escolar, cultural e econômico do jovem negro. A capoeira, além de
ser considerado um esporte barato, demonstrou ser potente no suporte e educação
de forma global, além de ser um espaço que permite a reconstrução de laços familiares para sustentar fragilidades sociais. Desse modo, atua desde o enfrentamento de questões dos alunos que se envolvem em situações de
fragilidade, marginalidade e violência, e também com foco na prevenção e proteção
desse jovem da violência e da discriminação. As atividades educativas propostas
pelos blocos afros atuam mais no âmbito da prevenção e proteção, com foco na orientação. Apesar da existência de organizações sociais supostamente capazes de
proteger contra as violências, a forma como estas vêm-se desenvolvendo em Salvador, inclusive no Curuzu, sinaliza para uma situação na qual tais mecanismos parecem insuficientes para dar conta desses novos tempos. Por fim, sugerem-se novas pesquisas contemplando a violência contra a mulher e o comportamento dos jovens no que se refere aos riscos e às motivações para a superação.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/15220
Date17 April 2012
CreatorsGuimarães, Maria Clara
ContributorsPaim, Jairnilson Silva, Larrea, Cristina, Killinger, Cristina Larrea, Silva, Ligia Maria Vieira da, Costa, Heloniza de Oliveira Gonçalves
PublisherInstituto de Saúde Coletiva, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, ISC-UFBA, brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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