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Avaliação clínica e epidemiológica das úlceras por pressão em um hospital de ensino

Resumo: INTRODUÇÃO: A avaliação clínica e epidemiológica das úlceras por pressão constitui uma prática da enfermagem imprescindível para a execução do cuidado ao paciente, família e comunidade. Envolve conhecimentos que instrumentalizam o profissional a avaliar integralmente o paciente, a prevalência e os fatores de risco das úlceras por pressão, bem como identificar sua gravidade. OBJETIVOS: avaliar a prevalência e os fatores de risco para a presença de úlceras por pressão no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC/UFPR); caracterizar o perfil sóciodemográfico dos portadores de úlceras por pressão no período estabelecido, e realizar a avaliação clínica das úlceras por pressão e identificar sua gravidade. MÉTODO: estudo transversal desenvolvido no período de abril a maio de 2009 nas unidades de internação do HC/UFPR. Os pacientes portadores de úlcera por pressão foram indicados pelos enfermeiros das unidades. A avaliação foi realizada por meio de instrumento específico sob as características sociodemográficas, fatores de risco (Escala de Waterlow) e presença ou ausência de úlcera por pressão. Foram identificados os portadores de uma ou mais lesões, as quais foram avaliadas individualmente (Sistema MEASURE). A análise univariada descreveu o perfil dos portadores e os fatores de risco. RESULTADOS: a população foi constituída por 279 pacientes internados na instituição, dos quais 54 foram indicados pelos enfermeiros e destes 28 eram portadores de úlcera por pressão. A distribuição de sexo foi igualitária, predominância de idade entre 14 a 49 anos (28,6%). Dados como escolaridade, profissão e situação atual da ocupação dos portadores foram limitados pela ausência de registros nos prontuários. A média de internação foi de 30,82 dias (DP=30,49); 74 úlceras foram avaliadas, com média de 2,64 úlceras/paciente. A prevalência de úlcera por pressão foi de 10,04% e 8,96%, excluindo o Grau I, com destaque para a área crítica: 6,10% em tratamento intensivo adulto e, 1,44% em neonatal/pediátrico. A região sacrococcígea foi a mais freqüente, 31,2% (23), seguida pelo calcâneo 25,7% (19). As lesões de Grau I expressaram 32,4%, Grau II 31,1%, Grau III 8,1%, Grau IV 1,4% e 27% de Grau Indefinido. De acordo com a Escala de Waterlow, os fatores de risco dos expostos com desfecho indicam índice de peso corpóreo abaixo da média (35,7%), pele quebradiça/marcada (82,1%), e restrição ao leito (53,6%), sondagem vesical de demora e incontinência fecal e, alimentação enteral, além de 39,28% que apresentaram insuficiência cardíaca ou doença vascular periférica. CONCLUSÕES: necessidade de elaboração de uma diretriz clínica para a avaliação, prevenção e tratamento das úlceras por pressão no HC/UFPR e realização de outros estudos de prevalência e incidência.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/22066
Date23 January 2012
CreatorsCrozeta, Karla
ContributorsMeier, Marineli Joaquim, Danski, Mitzy Tannia Reichembach, Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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