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Análise estrutural multi-escala na porção central da faixa de dobramentos Araguaia

Resumo: A Faixa de Dobramentos e Cisalhamentos Araguaia possui uma história deformacional polifásica, na qual é possível individualizar as distintas fases deformacionais de acordo com as estruturas tectógenas planares e lineares presentes. Com dados de sensores remotos, campo e petrografia, definiram-se três fases geradas em regime dúctil a dúctil-rúptil, de cunho regional, respectivamente D1, D2 e D3. As duas primeiras fases estão associadas a foliações de baixo ângulo, definidas por uma deformação tectônica progressiva em caráter estritamente compressional, resultado das primeiras etapas da colisão e construção do orógeno Araguaia. A fase D3 é caracterizada por clivagens de planos axiais de dobras métricas, relacionadas a dobramentos tardios, com possível associação das estruturas com uma tectônica transcorrente de caráter transpressional sin a pós-colisional. São estruturas com mergulhos verticais a subverticais, as quais compõem planos de fraqueza passíveis de reativações, principalmente por tectônica rúptil nas formas de falhas normais e transcorrentes. As fases de deformação caracterizadas são acompanhadas por tramas metamórficas características e que também exibem padrões distintos ao longo da Faixa Araguaia. A geração das foliações é interpretada como resultado das ações colisionais ocorridas durante o Evento Brasiliano, de idade neoproterozóica, no qual a Faixa Araguaia comportou-se como uma típica thrust and fold belt, com áreas características de tectônica endodérmica, na porção em que há lascas de embasamento e de ofiolitos, e áreas de tectônica epidérmica, mais próxima ao Cráton Amazônico, onde as foliações são mais dúcteis-rúpteis e a tendência são estruturas tipo rampa e piso. Os dados sugerem que a vergência tectônica da Faixa é dada de leste para oeste, com cavalgamentos em direção ao Cráton Amazônico. As deformações de caráter rúptil também são comuns, expressas nas formas de juntas, falhas transcorrentes, normais e inversas, algumas vezes responsáveis pela colocação lado a lado de diferentes unidades, inclusive conformando estruturas dos tipos horst e graben que definem substancialmente a geomorfologia da região.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/28996
Date24 January 2013
CreatorsPierin, André Ramiro Hillani
ContributorsUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias da Terra. Programa de Pós-Graduaçao em Geologia, Ferreira, Francisco Jose Fonseca, 1948-, Cury, Leonardo Fadel, Mesquita, Maria Jose Maluf de
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf application/x-zip-compressed
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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