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Resposta biológica do gastrópode antártico Nacella concinna (Strebel 1908) ao óleo diesel como possível biomarcador de impacto ambiental na zona entre as marés

Resumo: A Antártica é considerada a região mais preservada do planeta, embora venha sofrendo os impactos da presença humana na região. A queima e o vazamento de combustível fóssil na Antártica têm impactado seus ecossistemas, o que tem suscitado preocupações e motivado pesquisas na área de monitoramento ambiental. O presente estudo teve como objetivo verificar o efeito do óleo diesel, em quatro diferentes condições termo-salinas (0 e 4oC, e 35 e 25psu), sobre as respostas metabólicas do gastrópode antártico Nacella concinna, e o potencial uso dessas respostas como biomarcadores de poluição por diesel na zona entre marés. As atividades das enzimas glutationa redutase (GR), superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PDH), hexoquinase (HK), fosfofrutoquinase (PFK), lactato desidrogenase (LDH), citrato sintase (CS), malato desidrogenase (MDH), e arginase (ARG), foram determinadas nas brânquias e pé muscular. Os níveis de GR, SOD, CAT e glutationa S-transferase (GST), bem como lipoperoxidação (LPO) e carbonilação proteica (PCO), como marcadores de lesão oxidativa, foram determinados na glândula digestiva. A exposição ao óleo diesel modulou: a) positivamente os níveis de GR, SOD e LPO viscerais, GR branquial, CAT e HK muscular; b) negativamente os níveis de CAT e G6PDH branquial, bem como SOD, G6PDH e ARG no pé muscular. Grande parte das enzimas analisadas na glândula digestiva, brânquias e pé muscular de N. concinna foram moduladas por aquecimento, baixa salinidade, bem como por interações entre esses fatores e o diesel. Comparando os níveis enzimáticos dos animais do controle experimental com os do referencial da natureza, constatamos que diversas enzimas foram moduladas de forma distinta nesses dois grupos. Dentre as enzimas da defesa antioxidante analisadas, somente a GR branquial apresentou potencial biomarcador de exposição ao diesel. Já em relação ao metabolismo energético, apenas a HK muscular despontou como potencial biomarcador de exposição ao diesel.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/30137
Date06 August 2013
CreatorsOliveira, Mariana Feijó de
ContributorsUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias Biológicas. Programa de Pós-Graduaçao em Biologia Celular e Molecular, Donatti, Lucelia, Rodrigues, Edson
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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