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Aspectos mineralógicos e geoquímicos do tipo crosta em cavernas ferríferas/lateríticas de Serra Norte, Carajás, Pará

Orientador : Prof. Dr. Carlos Eduardo de Mesquita Barros / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Terra, Programa de Pós-Graduação em Geologia. Defesa: Curitiba, 26/02/2016 / Inclui referências : f. 66-68;70-75 / Área de concentração: Geologia exploratória / Resumo: A Serra dos Carajás exibe feições de degradação que compõem o sistema geomorfológico denominado de pseudocarste ou carste, formado por cavidades naturais subterrâneas. O termo pseudocarste se distingue por apresentar feições de dissolução e erosão em rocha não carbonática. As cavernas se originam pela dissolução, precipitação e abatimentos em zonas de baixa densidade, principalmente na interface formação ferrífera bandada e crosta laterítica. As feições espeleogenéticas ou depósitos secundários do interior das cavernas em formação ferrífera/laterítica têm sido estudados em razão da maior fiscalização dos órgãos de controle ambiental sobre empreendimentos minerários, sobretudo em áreas providas de patrimônios naturais, a exemplos das cavernas. Na Serra dos Carajás há cerca de 2000 cavernas em formações ferríferas/lateríticas que resultaram da recente evolução supergênica do depósito. Estas cavernas possibilitam atribuir a origem dos espeleotemas à dissolução e reprecipitação de minerais por soluções aquosas ricas em íons. Processos de escoamento, condensação, gotejamento e exsudação controlaram a composição e morfologia dos espeleotemas. Os espeleotemas tipo crosta das minas de N4E e NWS em Carajás são formados por óxidos-hidróxidos de Fe e Al, sulfatos de Fe e Al e fosfatos, sendo subdivididos em: a) Crosta ferruginosa; b) Crosta alumino-fosfo-ferruginosa; c) Crosta fosfática e d) Crosta sulfática. Foram identificados hematita, goethita, gibbsita, lepidocrocita, leucofosfita, fosfosiderita, estrengita, alunita, aluminita, basaluminita e material amorfo. A hematita e a goethita se destacam por mostrar hematita lamelar, granular e microcristalina, e goethita botroidal, nodular, esferoidal e lamelar. Os espeleotemas de óxidos-hidróxidos de ferro e alumínio resultam da lenta mobilização dos íons na forma de coloides. Com o transporte restrito das águas de escorrimento, os coloides floculam e originam depósitos de géis que se precipitam em materiais amorfos. Os minerais fosfáticos são produtos da substituição da laterita, têm cor creme, aspecto porcelanado, e texturas esferulítica/celular. Paleopisos são constituídos de fragmentos hematíticos cimentados por estrengita, e finas camadas de leucofosfita que revestem o piso, blocos e paredes. Estes espeleotemas se originaram pela decomposição do guano de morcegos, assim como os minerais sulfáticos, que têm aspecto pulverulento, cor esverdeado e branco leitoso, e textura lamelar e globular. Estes minerais podem se formar pela oxidação da formação ferrífera por processos de exsudação da rocha. Palavras-chave: espeleotemas; formações ferríferas; Carajás; fosfatos. / Abstract: The Serra dos Carajás displays degradation of features that comprise the geomorphological system called pseudocarste or karst, formed by natural underground cavities. The term pseudocarste is distinguished by presenting dissolution and erosion in non- carbonate rocks. The caverns are originated by dissolution, precipitation and rebates in low density zones, mainly on the interface formation and banded iron laterite crust. The espeleogenéticas features or inside the secondary deposits from caves in iron formation / lateritic have been studied because of increased enforcement of environmental organizations on mining ventures, especially in deprived areas of natural heritage, examples of the caves. Serra dos Carajás about 2000 caves in iron formations / lateritic that resulted from the recent evolution of supergene deposit. These caves make it possible to assign the origin of speleothems dissolution and reprecipitation of minerals by rich aqueous solutions into ions. flow processes, condensation, dripping and oozing controlled the composition and morphology of speleothems. The speleothems crust type Mines N4E and NWS in Carajás are formed by Fe and Al oxides, hydroxides, sulphates and Fe and Al phosphates, being subdivided into: a) ferruginous crust; b) crust aluminum-phospho-ferruginous; c) phosphatic crust and d) crust sulfatic. Hematite, goethite, gibbsite, lepidocrocite, leucophosphite, fosfosiderite, strengite, alunite, aluminite, basaluminite and amorphous material were identified. Hematite and goethite stand out for showing lamellar hematite, granular and microcrystalline, and goethite botroidal, nodular, spheroidal and lamellar. The speleothems of hydroxides of iron and aluminum oxides result from the slow mobilization of ions in the form of colloids. With the restricted transport of draining water, the colloid flocculate and cause deposits gels precipitate in amorphous materials. Phosphatic minerals are replacing products of laterite, have cream, porcelaneous appearance and spherulitic textures cellule. Paleo floors are made of hematite fragments cemented by strengite, and thin layers of leucophosphite lining the floor, blocks and walls. These espeleotemas originated by the decomposition of guano bats, as well as sulfáticos minerals that have aspect powder, green color and milky white, lamellar and globular and texture. These minerals can be formed by the oxidation of iron formation by exudation process of rock. Keywords: speleothems; iron formations; Carajás; phosphates.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/43818
Date January 2016
CreatorsViana, Ádrian de Miranda Gomes
ContributorsScopel, Iraci, Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Terra. Programa de Pós-Graduação em Geologia, Barros, Carlos Eduardo de Mesquita
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format75 f. : il. algumas color., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
RelationDisponível em formato digital

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