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Causas e efeitos do absenteísmo ao trabalho na perspectiva dos professores universitários

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Previous issue date: 2018-12-18 / Absenteeism consists on the absence of the professional to the work place, being one of the most harmful effects to the work process and the worker's social support. In the approach of the university professor´s absenteeism, health conditions are relevant, which compromises their quality of life and professional practice. Professors´ absenteeism causes disorganization in the work environment, generating dissatisfaction and increasing the work load of those that are present, reducing productivity, impairing the quality of the service provided by the institution and the increase of the operational cost. The present study aimed to investigate the causes and effects of the absenteeism from the perspective of university professors, offering contributions for the workers´ health promotion. The data collect was carried out in "Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas" (Vice-Presidency Office of People Management), of Universidade Federal do Ceará (UFC), in Fortaleza, Ceará, from May to September 2018, including 100 teachers who had, at least, an absence from work in the period of January from 2012 to December 2017. The nature of the study was quantitative and complemented by qualitative data. Data collection was held in two stages: 1) data collection from the SIASS (Workers´ Health Care System) and 2) electronic questionnaire application with the participant professors. Data analysis was based on descriptive statistics, using association tests, and its interpretation was anchored in the theories of quality of life at work, highlighting the models of Walton (1973) and Hackman and Oldham (1975). The majority of the participants are female (53%) with a mean age of 50.8 years; the departments that have more professors with absenteeism history are those of Exact Sciences (38%) and Health and Biological Sciences (25%); the average working time in the institution is 15.1 years and the average weekly workload in the classroom is 13.3 hours, which are complemented by other activities, since 85% of the participants work 40 hours a week (full time). It was verified that 48% of the absences occurred due to health problems, especially musculoskeletal and conjunctive tissue diseases (18%) and mental and behavioral disorders (10%). Although there is a significant number of teachers who seek health professionals at least once a year, mainly the general practitioner (35%), gynecologist (35%), orthopedist (19%) and cardiologist (15%), it was observed that the principal motivation is therapeutic. There is a weak correlation (r = 0.31, p = 0.02) between the number of work shifts that the participants carry out their function and the time of leaving the classroom due to health problems. The justifications for some items of the questionnaire revealed two themes that supported the interpretation of quantitative data, such as: "reasons attributed to absence from work" and "the meanings attributed to absence from work". According to the exposed, this study emphasizes the need to strengthen administrative and political actions that favor the reduction of university professors absenteeism, as well as the adoption of health promotion programs that help and improve the working conditions to which this population is submitted. / O absenteísmo consiste na ausência do profissional ao local de trabalho, sendo este um dos efeitos mais prejudiciais ao processo de trabalho e ao apoio social do trabalhador. Na abordagem do absenteísmo do docente universitário, apresentam relevância as condições de saúde do professor universitário, o que compromete a sua qualidade de vida e o exercício profissional. As faltas dos professores causam desorganização no ambiente de trabalho, gerando insatisfação e aumento da carga de atividades laborais dos que se fazem presentes, diminuindo a produtividade, prejudicando a qualidade do serviço prestado pela instituição e a elevação do custo operacional. O presente estudo objetivou investigar as causas e os efeitos do absenteísmo ao trabalho na perspectiva dos professores universitários, oferecendo contribuições para a promoção da saúde do trabalhador. A coleta de dados foi realizada na Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas da Universidade Federal do Ceará (UFC), em Fortaleza, Ceará, de maio a setembro de 2018, incluindo 100 docentes que tiveram, pelo menos, um afastamento do trabalho no período de janeiro de 2012 a dezembro de 2017. A natureza do estudo foi quantitativa, sendo complementada por dados qualitativos. A coleta de dados desenvolveu-se em duas etapas: 1) coleta de dados do Sistema Informatizado de Assistência à Saúde do Servidor ¿ SIASS ¿, e 2) aplicação de questionário eletrônico com professores. A análise foi realizada com base na estatística descritiva, com a aplicação de testes de associação, e sua interpretação ancorou-se nas teorias de qualidade de vida no trabalho, destacando os modelos de Walton (1973) e Hackman e Oldham (1975). A maioria dos participantes é do sexo feminino (53%) com média de idade de 50,8 anos; os departamentos que têm mais professores com histórico de afastamento são os de Ciências Exatas (38%) e Ciências da Saúde e Biológicas (25%); a média de tempo de trabalho na instituição é de 15,1 anos e a carga horária semanal média em sala de aula é de 13,3 horas, as quais são complementadas por outras atividades, uma vez que 85% dos participantes trabalha 40 horas semanais (dois turnos). Verificou-se que 48% dos afastamentos ocorreram por problemas de saúde, destacando-se as doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo (18%) e os transtornos mentais e comportamentais (10%). Apesar de haver um número significativo de professores que buscam profissionais da saúde pelo menos uma vez ao ano, principalmente clínico geral (35%), ginecologista (35%), ortopedista (19%) e cardiologista (15%), observou-se que a motivação é principalmente terapêutica. Existe uma fraca correlação (r=0,31; p=0,02) entre o número de turnos que os participantes exercem a sua função laboral e o tempo de afastamento da sala de aula por problemas de saúde. As justificativas de alguns itens do questionário evidenciaram duas temáticas que ofereceram suporte à interpretação dos dados quantitativos, quais sejam: ¿razões atribuídas à ausência ao trabalho¿ e ¿os sentidos atribuídos à ausência ao trabalho¿. Diante do exposto, este estudo enfatiza a necessidade de fortalecer medidas administrativas e políticas que favoreçam a redução dos afastamentos em docentes universitários, bem como a adoção de ações promotoras de saúde que auxiliem e melhorem as condições de trabalho a que estão submetidos.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.unifor.br:tede/108701
Date18 December 2018
CreatorsVieira, Elizângela Dávila Rocha
ContributorsBrasil, Christina Cesar Praca, Almeida, Rosa Lívia Freitas de, Batista, Maxmiria Holanda, Brasil, Christina Cesar Praca, Goncalves, Rosemary Cavalcante
PublisherUniversidade de Fortaleza, Mestrado Em Saúde Coletiva, UNIFOR, Brasil, Centro de Ciências da Saúde
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR, instname:Universidade de Fortaleza, instacron:UNIFOR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
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