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Percepções de qualidade de vida e uso de prótese auditiva em adultos jovens surdos pré-linguais

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Previous issue date: 2007-12-28 / Deaf people, as well as other individuals with disabilities, have greater possibilities than so called ordinary people of facing unfavorable psychosocial environments, and they are under the influence of boundaries that constraint their social engagement, which can negatively influence their quality of life (QOL). Such conditions are part of the design of identity process and they harm especially prelingual deaf individuals who received late hearing aid and who did not have accessibility to oral or sign language and so to written language as an element of socialization. The reality above motivated this research. How do prelingual young adults realize their quality of life? What do they consider to be more important to promote quality of life, as the first standard of National Health Policy to the Individual with Disability? How do hearing aids help in these people s daily lives? The study aimed at: 1) exploring a group of prelingual deaf young adults in literacy process perception on QOL, and 2) evaluate the benefits of individual hearing aids within student s daily life, in order to improve the development of actions of health promotion in school. The study was exploratory-descriptive, qualitative and quantitative, and it was designed in two moments according to its aims. It was carried out at the only public school of Sobral which has a special class to young and adult deafs education. At the first moment, it administered the focal group technique with the participation of 16 young adults; at the second, the study adopted as inclusion criterion being between 15 and 35 years-old and have been using hearing aid for the last six months. Nine students participated and they were applied an adapted and structured survey and an open question, as well as a socio-demographic chart and the analysis of town s health service reports. Data were collected from June to October of 2007, with the participation of the educator as interpreter of Brazilian Sign Language and respectfully assuming research ethics principles. Results provided a first approximation related to the quality of life of prelingual deaf young adults of a Brazilian northeastern town. Participants positively evaluated their quality of life and they considered as the most relevant dimensions for their lives social wellness, interpersonal relationships and self-determination. As positive factors the study highlight satisfaction with emotional wellness; support (from family and economic) and relationships (family, friends, equals) within interpersonal relationship dimension; as well as autonomy in self-determination dimension. The study showed that self-concept, identity and self-esteem (emotional wellness dimension), social network (interpersonal relationships dimension) and opportunities, desires and expectations (self-determination dimension) were affected indicators. The survey, adapted to evaluate the benefit of hearing aid within the reported age, showed to be useful to its aim and it could be used in varied moments of selection and adaptation processes. Most of participants considered beneficial the use of hearing aids in social environments, at school, next to the teacher, and at home, but they face difficulties that demand attention to user s care. Such difficulties could be better detected and solved with public policies intersectorial articulation. Knowledge of positive and negative indicators offers opportunities to health promotion strategies in school. / As pessoas surdas, da mesma forma que outras pessoas com deficiências, têm maiores possibilidades que as pessoas ditas normais , de deparar-se com ambientes psicossociais desfavoráveis e encontram-se sob a influência de barreiras que limitam sua participação social, situação que poderia influir negativamente na qualidade de vida (QV). Estas condições perpassam o processo de formação da identidade e afetam especialmente os indivíduos surdos pré-linguais que foram protetizados tardiamente e não tiveram acesso à língua (oral ou de sinais) e com ela, à linguagem escrita, como parte da socialização. Essa realidade foi o fator motivacional desencadeante desta pesquisa. Como os adultos jovens surdos pré-linguais percebem sua QV? O que eles consideram mais importante para promover QV, como primeira diretriz da Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência? Como influencia a prótese auditiva na vida cotidiana destes jovens?. Objetivou-se: 1) explorar a percepção sobre as dimensões de QV que tem um grupo de adultos jovens surdos pré-linguais em processo de alfabetização e 2) avaliar o benefício do Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI) no cotidiano deste aluno, visando contribuir ao desenvolvimento de ações de promoção da saúde na escola. O estudo foi exploratório-descritivo, quantitativo e qualitativo, desenvolvido em dois momentos em correspondência com os objetivos. Foi desenvolvido na única escola pública do município de Sobral, Ceará, que tem classe especial para surdos de Educação de Jovens e Adultos. No primeiro momento, foi utilizada técnica de grupo focal e participaram 16 adultos jovens; no segundo, foi utilizado critério de inclusão ter entre 15-35 anos e ter usado AASI nos últimos seis meses. Nove estudantes participaram e foram aplicados um questionário estruturado adaptado e uma pergunta aberta, assim como uma ficha sócio-demográfica e análise dos prontuários em serviço de saúde municipal. Os dados foram coletados de junho a outubro de 2007, com participação da pedagoga da turma como intérprete de Língua Brasileira de Sinais e respeitando os princípios de ética em pesquisa. Os resultados do estudo proporcionaram uma primeira aproximação à QV de adultos jovens surdos pré-linguais de um município do nordeste brasileiro. Os participantes avaliaram sua QV em sentido positivo e consideraram como as dimensões mais relevantes para sua vida o bem-estar emocional, as relações interpessoais e a autodeterminação. Destacaram-se como indicadores positivos a satisfação na dimensão bem-estar emocional, apoio (familiar e financeiro) e relações (família, amigos, iguais) na dimensão relações interpessoais, assim como autonomia (independência) na dimensão autodeterminação. Mostraram-se afetados os indicadores autoconceito, identidade e auto-estima (dimensão bem-estar emocional), contatos sociais (dimensão relações interpessoais) e oportunidades, desejos e expectativas (dimensão autodeterminação). O questionário adaptado para avaliar o beneficio do AASI na faixa etária estudada mostrou ser útil para esse objetivo e poderia ser utilizado em diferentes momentos do processo de seleção e adaptação. A maioria dos participantes considerou benéfico o uso do AASI nos ambientes: social, na escola quando a professora está perto deles e em casa, mas enfrentam dificuldades que requerem de atenção ao processo de acompanhamento do usuário. Estas dificuldades seriam mais bem detectadas e atendidas a partir da articulação intersetorial de políticas publicas. O conhecimento dos indicadores positivos e negativos da QV oferece subsídios para estratégias de promoção da saúde na escola.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.unifor.br:tede/77340
Date28 December 2007
CreatorsMagalhães, Cláudia Weyne Parente Ribeiro
ContributorsValdés, Maria Teresa Moreno, Landim, Fátima Luna Pinheiro, Catrib, Ana Maria Fontenelle, Valdés, Maria Teresa Moreno
PublisherUniversidade de Fortaleza, Mestrado Em Saúde Coletiva, UNIFOR, Brasil, Centro de Ciências da Saúde
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR, instname:Universidade de Fortaleza, instacron:UNIFOR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation2850938317121515023, 500, 500, 292441653440865123

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