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O TUPI NA ALDEIA TUPINIKIM DE CAIEIRAS VELHA EM ARACRUZ-ES: uma questão de política linguística

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Previous issue date: 2015-11-27 / O objetivo desta dissertação é identificar o lugar do tupi comunidade indígena tupinikim da aldeia Caieiras Velha, em Aracruz-ES. Para identificarmos esse lugar foi preciso identificar a legislação vigente sobre a educação escolar indígena que subsidia a experiência que ocorre no território indígena de Aracruz; avaliar historicamente as políticas linguísticas voltadas para as línguas indígenas no Brasil, em especial, sobre os povos tupi; discutir diferentes concepções de ensino de língua, baseado-nos em uma perspectiva enunciativa que toma por base a produção de sentidos; realizar entrevistas e observações participantes com membros da aldeia, principalmente estudantes e professores. Essa pesquisa se justifica pelo fato de mesmo o povo tupinikim ter sido alvo, durante a colonização pela Coroa Portuguesa e após a independência pelo Estado Brasileiro, de diversas políticas linguísticas distintas que resultaram no silenciamento de sua língua e no apagamento de sua cultura, atualmente esse povo está organizado, com território reconhecido e, conforme afirmam, estão construindo um projeto de revitalização da língua tupi entre os membros da comunidade. Entretanto, a nossa hipótese é de que, apesar de existirem leis e diretrizes que garantam aos povos indígenas o direito de realizar a educação indígena em sua própria língua e de realizar políticas internas de revitalização dessa língua, existem dificuldades subjetivas e objetivas na implantação desse projeto. As perguntas que fazemos são: o que significa hoje, para o povo tupinikim, ensinar o tupi nas aldeias e buscar retomar a sua identidade através da revitalização da sua língua? Que concepção de língua subjaz esse ensino e quais as políticas de implementação do tupi na aldeia? De que modo a língua tupi estabelece relações de identidade para esse povo? As análises nos levaram a concluir que há um longo caminho para o povo tupinikim percorrer até conseguir revitalizar plenamente o conhecimento da língua tupi e que o ensino de tupi na educação escolar indígena não conseguirá sozinho garantir o sucesso desse projeto. Segundo Paz (1986, p. 30) (...) a palavra é o homem mesmo. (...) Elas são a nossa única realidade (...). Nesse sentido, a retomada do tupi nas aldeias tupinikim significa o fortalecimento da identidade do próprio indígena, o que parece que ainda está distante de acontecer, conforme demonstra essa pesquisa.
Palavras-chave: Política Linguística, Educação indígena, Ensino do Tupi.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/3803
Date27 November 2015
CreatorsFIRMINO, F. S.
ContributorsCICCARONE, C., VIDON, L. N., Abrahão, Virginia Beatriz Baesse
PublisherUniversidade Federal do Espírito Santo, Mestrado em Estudos Linguísticos, Programa de Pós-Graduação em Linguística, UFES, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formattext
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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