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Epistemologia da Biblioteconomia

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Previous issue date: 1985-12-28 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Em 1981 apontei num breve artigo que entitulei
"Biblioteconomia e história: uma abordagem dialética", que a Biblioteconomia ao ser colocada quer como arte, quer como ciência, abria as portas para realizar o seu projeto de neutralidade científica, pois num e noutro caso ela era retirada da sua condição de trabalho socialmente condicionado. Fiz também nesse artigo algumas considerações sobre uma possível revirada
nos métodos da Biblioteconomia e como seria uma visão de ciência
dentro do materialismo histórico; hoje, relendo esse texto verifico que, embora suscinto ele foi um esforço de reflexão
que necessita ser retomado para colocar algumas questões metodológicas
para a área como um todo, pois tive nessa ocasião,
intenções explicitas de criticar apenas os estudos históricos
sobre bibliotecas e/ou Biblioteconomia, dada a caracterização
daqueles estudos sempre de cunho factográfico e historicizante. Como agora entendo que a historicidade é uma questão mais
ampla, não se esgotando apenas naquilo que explicitamente classificar-se-ia como "estudo histórico", retomo a questão metodológica para a área como um todo, tentando maior aprofundamento.
Como leciono Metodologia da Pesquisa para Bibliotecários no mestrado da PUCCAMP, participei, juntamente com outros professores de metodologia dos outros mestrados em Biblioteconomia de uma Jornada de Estudos sobre Metodologia em Brasília, onde apresentei uma reflexão sob re a "Produção de Conhecimento em Biblioteconomia",- agora já de uma maneira um pouco
mais abrangente; nessa segunda aproximação is questões metodológicas,
apontei o Idealismo a que estava submetida a relação
sujeito-objeto na biblioteconomia: ou têm-se reflexões epistemológicas
sobre o processo de comunicação, onde a biblioteconomia
~ o elo que contribui para maximizar a utilização social
dos registros gráficos para o bem da humanidade, como se a humanidade
não pudesse viver sem a biblioteconomia, e nesse caso,
ela é tão mais senhora quanto maior for a consciência
criadora do sujeito que a idealiza, ou têm-se trabalhos tão empiricamente bem construídos que o sujeito se sente intimidado
de no-los apresentar pois o seu trabalho lhe escapa como algo
estranho. Dizia também que a "atividade prático-sensível" tão
reclamada pelo filósofo não chega a impregnar o sujeito que a
pratica ficando esse alheio ao seu objeto e por ele dominado.
No primeiro projeto de doutorado apresentado a
PUC-SP, vislumbrei um estudo sobre a prática de biblioteconomia
no Brasil, significando por prática o conjunto das três
instâncias: saber, ensino e prática, embora sem ter muito claro
como se faria essa comparação. Percebia naquele momento
que havia um descolamento entre ensino e prática propriamente:
a comparação entre os ensinamentos obtidos no mestrado fundados
em treinamento intensivo sobre técnicas e tecnologias bibliotecárias
e o simples desempenho das bibliotecas brasileiras já assaltava como problemático

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/10705
Date28 December 1985
CreatorsMostafa, Solange Puntel
ContributorsCesar, Constanca Marcondes
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: História, Política Sociedade, PUC-SP, BR, Educação
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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