Return to search

Justiça desportiva: o Estado Novo entra em campo (1941 1945)

Made available in DSpace on 2016-04-27T19:31:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Jorge Miguel Acosta Soares.pdf: 1650469 bytes, checksum: 9acd831d9b3c07456553450caece4ac1 (MD5)
Previous issue date: 2016-03-11 / The article‟s main focus is to analyze football‟s regulatory process
during the Estado Novo, between 1942 and 1945, aimed at conforming the
sport to the official ideology. Football icons didn‟t fit to the traditional Vargas‟s
model which defined man as a disciplined, law-abiding member of the Nation.
Sports offered resistance to the project. Facing the inability to effectively control
insubordination during the matches, the sports system resorted to the
implementation of a legal system that brought into the sport Criminal Law‟s
main ideologies and basic structural principles. According to the government,
international rules were not enough to contain violence and indiscipline inside
the football field. For the sport‟s leaders, supporters of the regime, the football
player poor, ignorant and illiterate, and the criminal alike, would only
understand the language of punishment. The 1945‟s Disciplinary Code, based
on oppressive norms similar to the ones in the Penal Code, was imbued with
the notion that a punitive strategy was necessary and sufficient necessary to
correct the players‟ instincts, which, according to its ideologists, were almost
criminal; and sufficient to suit football to government models / O trabalho tem como foco central o processo de disciplinarização do
futebol no Estado Novo, entre 1942 e 1945, que buscou enquadrar as práticas
desportivas às formulações ideológicas oficiais. Os ídolos das massas
torcedoras não se encaixavam no modelo varguista de homem: ordeiro e
disciplinado, cumpridor das regras e das leis, e membro do coletivo, da Nação.
A prática desportiva resistia ao projeto. Ante a incapacidade de o sistema
esportivo dar respostas eficazes para a chamada indisciplina em campo,
recorreu-se à construção de um sistema jurídico, que reproduzia para o futebol
as bases, os princípios ideológicos e estruturais do Direito Penal. Aos olhos do
regime, as regras internacionais do esporte não bastavam para conter a
violência e a indisciplina dentro de campo. Para os dirigentes do esporte,
afinados com o regime, o jogador, pobre, ignorante e analfabeto, assim como o
criminoso, somente entenderia a pedagogia do castigo. O código disciplinar de
1945, baseado em normas repressivas similares às do Código Penal, trazia em
si a crença de que os procedimentos punitivos eram necessários e suficientes.
Necessários para corrigir os instintos dos jogadores, que, segundo seus
ideólogos, beiravam a marginalidade, e suficientes para adequar o futebol aos
modelos governamentais

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/12915
Date11 March 2016
CreatorsSoares, Jorge Miguel Acosta
ContributorsFraga, Estefânia Knotz Canguçu
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em História, PUC-SP, BR, História
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0025 seconds