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Previous issue date: 2011-10-07 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This master thesis aims to investigate the female subject and its issues concerning femininity. In this sense, it discusses the traits that could enhance or contribute to the creation of a network of obstacles or impediments to femininity. The theoretical framework of the dissertation is based on psychoanalysis, especially the work of Sigmund Freud and Jacques Lacan. This study aims to address questions arising from clinical practice, since it was a combination of clinical facts that raised the questions which led to the beginning of this path of study. Therefore, this research has clinical experience as a starting point, being conducted on a clinical case specifically chosen for demonstrating the drama of a young woman faced with the issues involving the loss of virginity and the non-recognition of this experience as a mark of the process of becoming a woman before society. The path taken by the young woman toward womanhood marks the psychic nature of this process and shows that on the issues surrounding femininity the logic of recognition may be in check. Psychoanalysis, through Lacan, states that "Woman does not exist," concluding that in the constitution of female sexuality there is something enigmatic and unique, beyond the Oedipal and castration complexes, making it impossible for a single and universal path to be established in the process of becoming a woman. Becoming man or woman is a matter of sexualization, a matter of choice of jouissance. The consequence of this choice is that masculine and feminine are divided according to the castration mode of jouissance in relation to the Other sex: one phallic and the other not-all. The phallus is the signifier of phallic jouissance, which inscribes the logic of phallic signification. The Other jouissance, the feminine one, has to do with a kind of paradox of recognition, unlike the male position. For there is no significant determining the woman in the unconscious and, therefore, every woman is a construction. Women, without a symbolic feature defining them, are required to construct, and create piece by piece, their own version of femininity. Obstacles to femininity can be accentuated if the woman does not accept that this trait is absent, condemning her to an eternal quest for recognition which would point to hysteria / O tema desta pesquisa de mestrado é o sujeito feminino e suas questões em torno da feminilidade. Neste sentido, ela discute os traços que poderiam acentuar ou ajudar a criar uma rede de obstáculos ou de impedimento à feminilidade. Isso é feito a partir do referencial teórico da psicanálise, utilizando prioritariamente a obra de Sigmund Freud e de Jacques Lacan. A pesquisa tem como objetivo pôr em discussão interrogações advindas da clínica, pois foi uma conjunção de fatos clínicos que suscitou os questionamentos que levaram ao início dessa jornada de estudos e de investigação. Portanto, a pesquisa tem como ponto de partida uma experiência clínica, isto é, será direcionada por um caso clínico, cuja escolha se deu, sobretudo, porque ele evidencia o drama de uma jovem frente às questões que envolvem a perda da virgindade e o não reconhecimento desta experiência como uma marca do tornar-se mulher perante o social. O caminho trilhado pela jovem rumo à feminilidade marca a natureza psíquica desse processo e evidencia que nas questões em torno do feminino pode estar em xeque uma lógica do reconhecimento. A psicanálise através de Lacan define que A Mulher não existe conclui daí que na constituição da sexualidade feminina existe algo de enigmático e singular, que se encontra mais além da problemática edípica e da castração, impossibilitando que seja instituído um caminho único e universal no processo de tornar-se mulher. Inscrever-se como homem ou mulher é uma questão de sexuação, quer dizer de escolha de gozo. A consequência desta escolha é que masculino e feminino se repartem segundo o modo de gozar da castração na relação com o Outro sexo: um modo fálico e outro não-todo. O falo é o significante do gozo fálico, que inscreve a lógica da significação fálica. O Outro gozo, o próprio do feminino, tem a ver com uma espécie de paradoxo do reconhecimento, ao contrário da posição masculina. Isso porque não há um significante que determine a mulher no inconsciente e que, portanto, toda mulher é construída. As mulheres, por não contarem com um traço simbólico que as definem, são obrigadas a construir, inventar uma a uma sua própria versão da feminilidade. Os obstáculos à feminilidade podem ser acentuados caso a mulher não aceite que tal traço inexiste, condenando-a a uma eterna busca pelo reconhecimento o que apontaria para a histeria
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/15050 |
Date | 07 October 2011 |
Creators | Pontes, Lusimar de Melo |
Contributors | Mezan, Renato |
Publisher | Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia: Psicologia Clínica, PUC-SP, BR, Psicologia |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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