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Efeito da dexmedetomidina ou do remifentanil na função renal de pacientes submetidos à  cirúrgia bariátrica.

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Previous issue date: 2008-08-01 / The objective of the present research was to study the comparative effects of dexmedetomidine and remifentanil on the renal function of morbidly obese patients submitted to bariatric surgery. Casuistic and Method: After approval by the local Ethics Council, in the period from August 2004 to August 2005, 61 patients were studied prospectively independent of race; ages ranged from 19 to 63 years (35.6 ± 9.9 years); 17 (27.8%) were males and 44 (72.2%) female. The individuals were divided randomly into two groups: remifentanil (group R = 0,1 µg.kg-1.min-1) and dexmedetomidine (group D = 1 ug.kg-1 during 10 min and after 0,5 ug.kg-1.h-1). Isoflurane was used to maintenance BIS around 50 in both groups. The study monitored hemodynamic and ventilatory parameters and anesthesia depth. Renal function was evaluated at moments in each of three phases: before anesthesia (M0), after anesthetic induction (M1) and after surgical incision (M2). Plasma concentrations were determined for glucose, antidiuretic hormone, creatinine, urea, sodium, potassium and osmolarity and urinary concentrations for creatinine, urea, sodium, potassium and osmolarity. Results: The plasma concentration values of sodium, creatinine, urea and antidiuretic hormone at MO, M1 and M2 did not present differences between groups R and D. Significant differences were found between groups for potassium at M1 (p < 0.05), osmolarity at M2 (p < 0.05) and glucose at M1 and M2 (p < 0.01 and p < 0.001, respectively). The urinary volume was significantly different between groups only at moment M2 (p < 0.001). Mean clearance values did not present significant difference between groups at M0. At the moment M1, the differences were significant between groups for potassium (p < 0.001), creatinine (p < 0.05) and urea (p < 0.01). At M2 there was a difference between groups only for potassium and urea (p < 0.05 in both). In group R there was a drop in mean clearance values from M0 to M1 for sodium, potassium, urea, creatinine and osmolarity; in group D the mean clearance values of sodium and osmolarity rose while values for potassium, creatinine and urea fell. There was a reduction in both groups for all variables between moments M1 and M2 and from M0 to M2. Conclusions: In both groups, the clearance values fell from moments M0 to M2. This result indicates that renal function of obese patients submitted to bariatric surgery presented a physiological response compatible with the effect of anesthetic-surgical stress. In group R, all clearances were reduced at M1, indicating a response compatible with anesthetic-surgical stress. In the dexmedetomidine group (D), creatinine and sodium clearances were elevated at M1. Urinary volume was greater at M2. These results are suggestive of better preservation of renal function. / Obesidade mórbida ocorre quando o IMC>40 kg/m2, acarretando significativa redução da expectativa de vida para os indivíduos que se apresentam nessa situaço e não alcançam tratamento. Dentre os anestésicos utilizados em cirurgias bariátricas, o remifentanil apresenta meia vida de eliminação de 9 a 10 minutos, enquanto a dexmedetomidina possui efeito analgésico, hipnótico e sedativo com a peculiaridade de não causar depressão respiratória, mesmo em doses elevadas. Objetivo: O objetivo desta pesquisa foi estudar comparativamente o efeito da dexmedetomidina e remifentanil sobre a função renal de obesos mórbidos submetidos à cirurgia bariátrica. Casuística e Método: No período de agosto/2004 a agosto/2005, foram estudados prospectivamente 61 pacientes portadores de obesidade mórbida submetidos à cirurgia bariátrica, com idade entre 19 e 63 anos (35,6 ± 9,9 anos), sendo 17 (27,8%) do sexo masculino e 44 (72,2%) do feminino, independentemente de raça. Os pacientes foram divididos aleatoriamente em dois grupos: remifentanil (grupo R = 0,1 µg.kg-1.min-1) e dexmedetomidina (grupo D =1 µg.kg-1 durante 10 min e após 0,5 µg.kg-1.h-1). Em ambos os grupos associou isoflurano em concentração variável para manter o BIS em torno de 50. Foram monitorados parâmetros hemodinâmicos, ventilatórios e da profundidade da anestesia. A avaliação da função renal foi feita em três fases: antes da anestesia (M0), após indução anestésica (M1) e após incisão cirúrgica (M2). Foram determinadas a concentração plasmática de glicose, hormônio antidiurético, creatinina, uréia, sódio, potássio e osmolaridade, e a concentrações urinárias de creatinina, uréia, sódio, potássio e osmolaridade. Resultados: Os valores médios da concentração plasmática de sódio, creatinina, uréia e hormônio antidiurético em MO, M1 e M2 não apresentaram diferenças entre os grupos R e D. Foram encontradas diferenças significativas entre os grupos para potássio em M1 (p<0,05), osmolaridade em M2 (p<0,05) e glicose em M1 e M2 (p<0,01 e p<0,001, respectivamente). O volume urinário foi significativamente diferente entre os grupos apenas no momento M2 (p<0,001). Os valores médios dos clearances não houve diferença significativa entre os grupos em M0. No momento M1, as diferenças foram significativas entre os grupos para potássio (p<0,001), creatinina (p<0,05) e uréia (p<0,01). Em M2 houve diferença entre os grupos apenas para potássio e uréia (p<0,05 em ambos). De M0 para M1 houve redução no grupo R em todas as variáveis, enquanto no grupo D os valores médios do clearance de sódio e osmolar aumentaram enquanto houve redução nos valores de potássio, creatinina e uréia. Dos momentos M1 para M2 e M0 para M2 houve redução em ambos os grupos para todas as variáveis. Conclusões: Em ambos os grupos, houve redução nos valores de clearances de M0 a M2, indicando que a função renal do paciente obeso submetido à  cirurgia bariátrica apresentou resposta fisiológica compatí­vel com o efeito do estresse anestésico-cirúrgico. No grupo R, houve redução em todos os clearances de M0 a M1, indicando resposta compatí­vel com o estresse anestésico-cirúrgico. No grupo D, o clearance de creatinina em M1, aumento dos clearances de sódio e osmolar de M0 para M1 e volume urinário em M2, sugerem melhor preservação da função renal nessa fase da cirurgia bariatrica.

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Date01 August 2008
CreatorsMeinberg, Antonio Carlos
ContributorsVianna, Pedro Tadeu Galvão, Vieira, Eneida Maria, Klamt, Jyrson Guilherme, Souza, Dulcimar Donizete de, Hirata, Eunice Sizue
PublisherFaculdade de Medicina de São José do Rio Preto, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, FAMERP, BR, Medicina Interna; Medicina e Ciências Correlatas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da FAMERP, instname:Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, instacron:FAMERP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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