Return to search

Bullying : auto-estima e diferenças de gênero

O presente estudo teve por objetivo pesquisar a ocorrência de bullying em adolescentes de três escolas, públicas e privadas, da cidade de Porto Alegre, RS. Investigou os tipos mais utilizados de bullying e a freqüência com que ocorrem. Objetivou, também, verificar se existe diferença na auto-estima de adolescentes envolvidos no bullying, enquanto vítimas, agressores, vítimas/agressores e testemunhas, por sexo. A amostra foi composta por 465 adolescentes, de ambos os sexos, estudantes de quartas a oitavas séries do ensino fundamental. Dentre estas crianças, 52,7% pertenciam ao sexo masculino e a idade dos participantes variou entre nove e dezoito anos (M= 13,4 anos; dp = 1,47). Os instrumentos utilizados foram um questionário sobre bullying, com 15 questões de múltipla escolha e a Escala de Auto-Estima de Rosenberg. Os dados foram coletados de forma coletiva nas escolas, após autorização das mesmas e consentimento dos adolescentes e pais. Os resultados mostraram que 67,5% foram vítimas, 54,7% foram agressores, 43,6% foram vítimas/agressores e 83,9% foram testemunhas de bullying. Uma ANOVA apontou uma interação entre sexo e papéis de bullying em relação à auto-estima. Testes Post Hoc demonstraram que meninos no grupo de vítimas/agressores apresentaram média superior de auto-estima em relação às meninas. Verificou-se que meninos no grupo de testemunhas apresentaram maior média de auto-estima que no grupo das vítimas. Verificou-se que as meninas no grupo de agressoras apresentaram média mais alta que o grupo das vítimas/agressoras. Concluiu-se que o bullying é um fenômeno de ocorrência muito comum e que apresenta diferentes implicações na auto-estima das meninas e dos meninos envolvidos em diferentes papéis. Novos estudos para esclarecer algumas dessas questões são propostos. / This study examined the occurrence of bullying in adolescents registered in elementary schools of the city of Porto Alegre, Brazil. It investigated the most common types of bullying and its prevalence. It aimed also to verify possible sex differences in the selfesteem of participant as a function of their roles in bullying as victims, aggressors, victims/ aggressors, or witnesses. The participants were 465 adolescents (52.7% males), nine to 18 years old (M= 13.4 years; sd = 1.47). The participants answered the Rosenberg Self-Esteem Scale and a bullying questionnaire consisting of 15 multiple choices questions. Results showed that 67.5% of the adolescents were victims, 54.7%, aggressors, 43.6%, victims/ aggressors, and 83.9%, witnesses. An ANOVA showed an interaction between sex and the participants’ bullying roles in relation to self-esteem. Post-hoc analyses demonstrated that boys in the victims/aggressors group were higher than girls in self-esteem. Male witnesses presented higher self-esteem than victims. Female aggressors presented higher self-esteem than the victims/aggressors group. The results showed that bullying is a very common phenomenon of frequent occurrence which presents different implications for girls and boys self-esteem as a function of the roles they play. New studies to clarify some of these questions are suggested.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume.ufrgs.br:10183/23014
Date January 2009
CreatorsBandeira, Cláudia de Moraes
ContributorsHutz, Claudio Simon
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0019 seconds