Return to search

O trabalho docente na rede municipal de Cidreira/RS : limites e possibilidades de uma práxis emancipadora

Nesta dissertação estudamos o trabalho docente realizado pelos professores da Educação Infantil e do Ensino Fundamental na Rede Municipal de Cidreira/RS (RMC). Este estudo, de natureza qualitativa, inscreve-se sob orientação do método materialista-dialético. O principal objetivo consistiu em compreender e explicitar as contradições que movimentam o trabalho dos professores em Cidreira e como estas medeiam (porque não determinam) o fazer político pedagógico dos educadores no espaço escolar diante da precarização do trabalho imposta pelo capital flexibilizado, buscando entender os limites e as possibilidades à construção de uma práxis emancipadora. O pressuposto que rege nossas análises é que a reestruturação produtiva do capital, que provocou profundas mudanças estruturais, tecnológicas, produtivas e organizacionais na sociedade, tendo como uma de suas bases a reestruturação do mundo do trabalho, repercute diretamente na composição, estrutura, gestão e relações de trabalho na escola pública. Ou seja, as contradições entre capital e trabalho condicionam as relações educacionais vividas na RMC. Por um lado, as premissas da acumulação flexível interpelam as relações de trabalho dos professores, expondo os educadores a um intenso processo de exploração da sua força de trabalho por meio de estratégias como a intensificação, a precarização, a temporariedade do capital flexível, o adoecimento e exploração das emoções e sentimentos dos educadores. Estas formas de exploração, ao colocarem o professor em situação de vulnerabilidade, impõem limites concretos à constituição de uma práxis emancipadora. Por outro lado, ainda que, sob a égide do capital, práticas e relações de luta e resistência dos trabalhadores, desde o empenho em possibilitar uma formação teoricamente consistente e crítica aos alunos até uma organização de professores para reivindicarem seus direitos e/ou outras condições de trabalho e existência, se desenvolvem, em disputa. E representam a esperança e a consolidação de movimentos na e para a constituição de uma práxis emancipadora. A pesquisa revela a relação contraditória que o trabalho do professor na sociedade capitalista pressupõe, entre as determinações de desumanização e as possibilidades de emancipação, do professor enquanto classe trabalhadora e da escola enquanto espaço de formação. / En esta disertación estudiamos el trabajo docente realizado por los profesores de la educación infantil y de la educación primaria en la Red Municipal de Educación de la ciudad de Cidreira/RS (RMC). Este estudio, de naturaleza cualitativa, está sob orientación del método materialista-dialético. El principal objetivo constituye en comprender y explicitar las contradicciones que activan el trabajo de los profesores en la ciudad de Cidreira y como estas pueden mediar (porque no determinan) el hacer político pedagógico de los educadores en el espacio escolar delante de la precarización del trabajo impuesta por el capital flexibilizado, buscando entender los límites y las posibilidades a la construcción de una praxis emancipadora. El presupuesto que rige nuestros análisis es que la estructura productiva del capital, que provocó profundas mudanzas estructurales, tecnológicas, productivas y organizacionales en la sociedad, teniendo como una de sus bases la reestructuración del mundo del trabajo, repercute directamente en la composición, estructura, gestión y relaciones de trabajo en la escuela pública. O sea, las contradicciones entre capital y trabajo condicionan las relaciones educacionales vividas en la RMC. Por un lado las premisas de la acumulación flexible interpelan las relaciones de trabajo de los profesores, exponiendo los educadores a un intenso proceso de exploración de su fuerza de trabajo por medio de estrategias como la intensificación, la precarización, la temporalidad del capital flexible, la enfermedad y la exploración de las emociones y sentimientos de los educadores. Estas formas de exploración, al poner el profesor en una situación de vulnerabilidad, imponen límites concretos a la constitución de una praxis emancipadora. Por otro lado, todavía que sob la égida del capital, prácticas y relaciones de lucha y resistencia de los trabajadores, desde el empeño en posibilitar una formación en teoría consistente y crítica a los alumnos hasta una organización de profesores para reivindicaren sus derechos y/o otras condiciones de trabajo y existencia, se desarrollan, en disputa. Y representan la esperanza y la consolidación de movimientos en la y para la constitución de una praxis emancipadora. La investigación revela la relación contradictoria que el trabajo del profesor en la sociedad capitalista presupone, entre las determinaciones de deshumanización y las posibilidades de emancipación, del profesor en cuanto clase trabajadora y de la escuela en cuanto espacio de formación.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume.ufrgs.br:10183/32191
Date January 2011
CreatorsPurin, Paola Cardoso
ContributorsZitkoski, Jaime José
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0021 seconds