Efeitos da reabilitação pulmonar em pacientes com DPOC : comparação entre teste de caminhada de 6 minutos e teste de exercício cardiopulmonar

Objetivos: a) Investigar os efeitos de um programa de reabilitação pulmonar (RP) sobre os sintomas, a qualidade de vida relacionada à saúde (QV) e a capacidade de exercício medida pelo teste de caminhada de seis minutos (TC6m) e pelo teste de esforço cardiopulmonar (TECP) e b) estudar a associação entre estes efeitos em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Pacientes e Métodos: Estudamos 28 pacientes com DPOC moderada a grave, estáveis (idade 63,9±6,8 anos; volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) 0,97±0,28L) antes e depois da RP. As alterações nos desfechos clínicos como o questionário Saint George (Saint George’s Respiratory Questionnaire, SGRQ), a dispneia, o desconforto de membros inferiores (escala de BORG) e a capacidade de exercício com a RP foram examinados. A associação entre as mudanças nos parâmetros fisiológicos do TC6m e do TECP e as demais variáveis foram investigadas. Resultados: Observamos uma melhora significativa em parâmetros fisiológicos após a RP. Houve aumento da distância caminhada no TC6m (366±104 vs 442±78 m, p<0,0001), do consumo de oxigênio (VO2) de pico no TECP (857± 366 vs 1001±360 ml/min, p=0,02) e da carga máxima de trabalho (51±27 vs 79±38 Watts, p<0,0001) com a RP. Também foi observada melhora do desconforto em membros inferiores, da dispneia no final do TC6m (4 – 1,5 Borg, p<0,001) e durante o TECP (5 – 4 Borg, p<0,001), do escore total (56±20 vs 45±18, p<0,001) e dos domínios do SGRQ após a RP. A melhora nos escores de QV com a RP esteve associada com a variação da intensidade da dispneia no exercício durante a caminhada (r=0,43, p=0,025) e não se associou com a variação na capacidade de exercício. Não houve relação entre o incremento da distância percorrida e o aumento do VO2 com a RP. Conclusões: Houve melhora de todos os desfechos estudados com a RP. Apenas a variação da dispneia durante o TC6m se relacionou com as mudança da QV após a reabilitação em pacientes com DPOC. Não houve relação entre a variação da distância caminhada e do VO2 com a RP. Estes resultados sugerem que o TC6m e o TECP podem ter funções complementares na avaliação dos efeitos da RP. / Aims: a) To investigate the effects of a pulmonary rehabilitation (PR) program on the symptoms, health related quality of life (HRQL) and exercise capacity as measured by a six-minute walk test (6MWT) and a cardiopulmonary exercise test (CPET) and b) to study the association between these effects in patients with chronic obstructive pulmonary disease (COPD). Patients and Methods: We studied 28 patients with stable moderate to severe COPD (mean age, 63.9±6.8 years; forced expiratory volume in the first second (FEV1; 0.97±0.28 L) before and after PR. The changes in HRQL (Saint George's Respiratory Questionnaire scores, SGRQ), dyspnea, lower limb discomfort (Borg scale) and exercise capacity induced by PR were examined. The association between changes in physiological parameters of 6MWT and CPET and the other variables was also investigated. Results: We found an improvement in physiological variables after PR. There was an increase in 6MWT distance (366±104 vs 442±78 m, p<0.0001), peak oxygen uptake (VO2) measured by CPET (857±366 vs 1001±360 ml/min, p=0.02) and maximal work load (51±27 vs 79±38 Watts, p<0.0001). Improvement in leg fatigue and dyspnea at the end of the 6MWT (4 vs 1.5, p<0.001) and CPET (5 vs 4, p<0.001), in SGRQ total score (56±20 vs 45±18, p<0.001) and domains were also observed after PR. The improvement in HRQL scores after PR was related to the variation in the intensity of dyspnea at the end of the 6MWT (r=0.43, p=0.025) and was not associated with changes in exercise capacity. There was no relationship between the increase in walked distance and in VO2 after PR. Conclusions: PR induced an improvement in all outcomes studied. Only the change in dyspnea at the end of the 6MWT was associated with the change in HRQL induced by PR in COPD patients. There was no relationship between walked distance and peak VO2 changes. The results suggest that 6MWT and CPET can have complementary functions in the evaluation of PR outcomes.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume.ufrgs.br:10183/70406
Date January 2009
CreatorsRodrigues, Roger Pirath
ContributorsKnorst, Marli Maria
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0073 seconds