Return to search

Os impactos do agronegócio dos agrocombustíveis sobre o campesinato dem Goiás

Made available in DSpace on 2014-07-29T14:44:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Dissertacao Altacir texto final.pdf: 3869826 bytes, checksum: a4dc5b6f2c2d12bc0b090e9d9d458625 (MD5)
Previous issue date: 2011-06-03 / A presente pesquisa versa sobre os impactos causados pelo agronegócio dos agrocombustíveis sobre o campesinato no estado de Goiás. É na etapa agrícola, na produção da cana-de-açúcar, que são mais visíveis as características capitalistas desta atividade econômica, os danos sócio-ambientais que causa e suas contradições. O capitalismo, a partir de e devido a condições históricas e econômicas, se desenvolveu primeiramente no campo brasileiro no sistema de plantation. A evolução (modernização) do plantation chegou ao que se tem atualmente: o agronegócio, que, no período atual, mesmo impactando de forma brutal o campesinato, dada a violência posta e imposta sobre ele, não foi capaz de eliminá-lo. A luta e a resistência do campesinato determinaram a sua presença na história como sujeito social, nos dias atuais, em alguns locais com mais e em outros com menos força.
A expansão da área plantada de cana-de-açúcar em Goiás vem ocorrendo devido ao aumento da demanda do mercado externo e interno por açúcar, ao aumento do consumo interno de etanol e a sua adição na gasolina, em proporções que podem chegar a 25%. O discurso de defesa do aumento da produção de etanol tem se baseado em dois argumentos: substituir os combustíveis fósseis e reduzir as emissões de CO2 (dióxido de carbono) na atmosfera. Este setor vem passando por um processo de concentração e centralização de capital na produção e na comercialização que leva à formação de monopólios e oligopólios. O Brasil e o estado de Goiás, a fim de atrair o agronegócio dos agrocombustíveis, vêm afrouxando ao máximo a regulamentação e a fiscalização ambiental, trabalhista, social etc. e, ao mesmo tempo, vem blindando política e juridicamente empresas do setor, acobertando os crimes por elas cometidos contra as famílias camponesas com e/ou sem terras e sendo, em muitos casos, o próprio agente da violência. Comprova-se, assim, que o Estado é um dos principais fomentadores do setor. Para tanto, outra maneira de o Estado agir é com a transferência do erário público ao capital privado, nacional e internacional, na forma de incentivos e isenções fiscais.
Em Goiás, nas frações do território onde já se produz e para onde se expande a cana é que se desenvolvem os mais intensos conflitos. A produção da cana-de-açúcar em grande escala traz sérias consequências principalmente para as famílias camponesas que vivem nestes territórios, coloca-se em risco a produção de alimentos e degrada-se os recursos naturais e a biodiversidade do Cerrado.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.bc.ufg.br:tde/393
Date03 June 2011
CreatorsBUNDE, Altacir
ContributorsMENDONÇA, Marcelo Rodrigues
PublisherUniversidade Federal de Goiás, Mestrado em Geografia - Campus Catalão, UFG, BR, Ciências Humanas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFG, instname:Universidade Federal de Goiás, instacron:UFG
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0024 seconds