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Educação Infantil: um estudo das relações entre diferentes práticas de ensino e conhecimentos das crianças sobre a notação alfabética

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Previous issue date: 2013-08-30 / Nossa pesquisa teve como objetivo investigar a prática de professoras da
Educação Infantil (crianças de 5 anos), a fim de compreender as relações entre
prática de ensino e os conhecimentos infantis sobre a notação alfabética, em
função de diferentes metodologias de ensino. Especificamente, nos interessava
identificar e analisar quais atividades as professoras investigadas diziam
priorizar para que seus alunos refletissem sobre o Sistema de Escrita
Alfabética; compreender a prática das professoras, o cotidiano de suas salas
de aula e entender por que as docentes realizaram determinadas atividades,
por que elas agiram de tal forma; identificar e analisar quais atividades as
professoras investigadas utilizavam de fato, para que seus alunos refletissem
sobre o Sistema de Escrita Alfabética; identificar os conhecimentos das
crianças quanto à notação alfabética, e qual a possível relação de tais
conhecimentos com o tipo de ensino recebido. Selecionamos duas escolas do
município do Recife que priorizavam o ensino da língua numa perspectiva de
reflexão sobre a escrita alfabética e de ampliação do letramento, uma
atendendo a um grupo sociocultural médio (escola particular) e outra
atendendo a alunos de meio popular (escola pública); duas escolas no
município de Garanhuns, que priorizavam a leitura, produção de textos e
reflexão sobre o sistema alfabético de escrita, ensinados de maneira
convencional, sendo também uma particular e outra pública, que atendiam a
grupos socioculturais equivalentes aos do Recife. Utilizamos três
procedimentos metodológicos: a) Observações participantes das aulas
ministradas pelas professoras (15 observações em cada turma), no início, no
meio e no final do ano letivo; b) Entrevista semi-estruturada, no final do ano, a
fim de examinar quais concepções permeavam a prática das professoras sobre
o ensino do sistema de escrita alfabética e da linguagem escrita e identificar e
analisar quais atividades as professoras investigadas diziam priorizar para que
seus alunos refletissem sobre o Sistema de Escrita Alfabética e sobre os usos
e funções da escrita. c) Aplicação de Sondagens com os alunos, também no
início, no meio e no final do ano. As crianças, nesses momentos, foram
solicitadas a fazer 6 tarefas. Realizamos, inicialmente, um “ditado de palavras”,
a fim de avaliar as hipóteses de escrita. Em seguida, solicitamos a “escrita de
letras e palavras que existem e não existem”, a fim de identificar como as
crianças compreendiam certas propriedades ou restrições do sistema de
escrita alfabético e o nível de explicitação do aprendiz sobre esse
conhecimento. Por fim, realizamos três tarefas de consciência fonológica
(identificação de palavras que começam com a mesma sílaba, identificação de
palavras que rimam e identificação de palavras maiores), a fim de avaliar a
evolução dos alunos nessas habilidades metalinguísticas. Os dados revelaram
que as turmas que mais avançaram foram aquelas em que as professoras
realizaram um trabalho sistemático, envolvendo o ensino da notação escrita, a
partir de diferentes atividades de reflexão sobre o SEA, de forma lúdica e
articulado às práticas de letramento. No entanto observamos que, apesar de as
professoras considerarem o ensino da produção de texto importante, as
mestras não consideravam esse eixo como foco da educação infantil. Ao longo
deste estudo, também percebemos a necessidade de repensar e reinventar as
metodologias para ensinar a escrita alfabética na educação infantil. Dessa maneira, defendemos que não podemos eliminar o ensino da escrita dentro das
turmas de educação infantil, com o argumento de que as crianças dessa faixa
etária devem viver em um ambiente lúdico, distantes de qualquer relação com
o ensino da linguagem escrita, estando de acordo com Brandão e Leal (2010),
Morais (2012), Ferreiro (1993). Nosso objetivo é o de defender que as crianças
da Educação Infantil, das redes públicas de ensino, de grupos socioculturais
menos privilegiados também têm o direito de refletir sobre a notação escrita, de
iniciar a compreensão sobre o funcionamento do sistema de escrita alfabética,
aprender o que a escrita nota e como a escrita cria notações. Nosso estudo
revelou que, desde o final da educação infantil, as crianças demonstram
interesse em compreender como a escrita funciona e podem ser ajudadas a
desenvolver uma série de conhecimentos, tanto relativos aos aspectos
conceituais quanto aos convencionais da escrita alfabética. No que diz respeito
à relação entre o tipo de ensino recebido e o desenvolvimento das habilidades
metafonológicas, identificamos que o que determinou o alto desempenho dos
alunos nas diferentes tarefas propostas não foi o nível sociocultural, mas a
didática das professoras. As turmas que realizaram um trabalho sistemático
envolvendo a reflexão sobre as unidades que compõem a palavra, a partir de
textos que exploram o extrato sonoro da língua, foram as que mais avançaram.
Nosso estudo sugere que o desenvolvimento das habilidades fonológicas na
educação infantil favorece que as crianças, desde cedo, iniciem o processo de
compreensão do SEA e deve urgentemente ser encarado como um dos eixos
centrais de ensino da notação escrita nessa etapa da educação.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/13381
Date30 August 2013
CreatorsCABRAL, Ana Catarina dos Santos Pereira
ContributorsMORAIS, Artur Gomes de
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguageBreton
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
RightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess

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