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Cenas do cotidiano escolar... O “savoir-faire” dos professores dos anos iniciais no ensino da língua escrita e nos usos do escrito no Brasil e na França

Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2017-10-30T13:49:50Z
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Previous issue date: 2016-08-24 / A pesquisa pretendeu investigar as práticas pedagógicas de professoras que
lecionavam em turmas dos anos iniciais do Ensino Fundamental, com o
objetivo de conhecer como elas estavam “fabricando” as suas práticas de
ensino da língua escrita e os usos que faziam do escrito nas suas salas de
aula. Nessa proposição, buscamos refletir sobre os movimentos, os saberes e
os conhecimentos por elas mobilizados na “construção” e na “condução” de
suas aulas, bem como os fatores internos e externos à escola que
influenciavam e, por vezes, determinavam o seu “fazer-docente”. No tocante
ao ensino da língua escrita, mais especificamente, refletimos sobre as
atividades que as mestras propunham para os seus alunos que oportunizavam
aos mesmos aprenderem as finalidades e funcionalidades da língua escrita, a
partir das relações que buscavam estabelecer com os diferentes usos que os
indivíduos fazem dela em contextos extraescolares. Participaram do nosso
estudo duas professoras que lecionavam em duas escolas distintas da rede
pública de ensino da cidade do Recife/PE, no Brasil, e uma professora da
cidade de Clermont-Ferrand, na França, perfazendo um total de três docentes
investigadas. Adotando uma abordagem metodológica qualitativa e etnográfica,
para coletar os dados fizemos uso dos seguintes procedimentos: observações
nas classes das docentes com gravações em áudio e registros no diário de
campo durante o período compreendido entre os anos de 2013 a 2015,
entrevistas semiestruturadas e minientrevistas inspiradas nas entrevistas de
autoconfrontação desenvolvidas por Goigoux (2002). Os dados apontaram que,
embora todas as professoras comungassem dos mesmos objetivos – levar os
seus alunos a se tornarem leitores e escritores proficientes – elas recorriam a
diferentes caminhos metodológicos para atingi-los e que as suas escolhas
sobre “o quê” e “como” ensinar estavam pautadas nas suas vivências enquanto
alunas (suas trajetórias pessoais), nas suas experiências no exercício do
magistério (os saberes da prática docente) e, ainda, nos saberes construídos
nos encontros de formação inicial e continuada dos quais haviam participado. A
análise dos dados também evidenciou que dentro das salas de aula quase não
existiram momentos em que a língua escrita não se fizesse presente e que as
docentes promoveram vários eventos e práticas de letramento revelando,
assim, os esforços constantes dessas profissionais em aproximar as práticas
de leitura e de escrita escolares daquelas vistas, vividas e praticadas pelos
seus aprendizes fora dessa instituição, oportunizando-lhes adentrarem, de
forma mais efetiva e ativa, nos diferentes espaços marcados pelo escrito. Por
fim, os dados chamaram a atenção para a necessidade de os pesquisadores
que desejam conhecer como se dá a fabricação das práticas docentes, irem
em “lócus” e mergulhar no universo da escola e da sala de aula onde,
cotidianamente, os professores constroem e reconstroem as suas táticas de
sobrevivência, em um cotidiano marcado por muitas contradições. / La recherche visait à enquêter sur les pratiques pédagogiques des professeurs
qui enseignaient dans des classes de premières années de l’École Primaire,
dans le but de savoir comment elles « élaboraient » leurs pratiques
d’enseignement de la langue écrite et les usages, elles faisaient de l’écriture
dans leurs salles de classe. Pour cela , nous avons réfléchi sur les
mouvements, les savoirs et les connaissances qu’elles ont déployés lors de la
« construction » et de la « conduite » de leurs classes, ainsi que les facteurs
internes et externes à l’école qui influençaient et parfois, déterminaient leur
« faire-professeur». Lors de l’enseignement de la langue écrite, mais surtout,
nous avons réflêchi sur les activités que les maîtresses proposaient à leurs
élèves qui leur donnaient l’opportunité d’apprendre les finalités et les
caractéristiques de la langue écrite à partir des relations qu’ils cherchaient à
établir avec les différentes utilisations que les individus en font dans des
contextes extrascolaires Ont participé à notre étude deux enseignantes de
deux écoles distinctes du réseau d’écoles publiques de la ville de Recife-PE au
Brésil et une enseignante de la ville de Clermont-Ferrand en France, soit un
total de trois enseignantes accompagnées. Nous avons adopté une approche
méthodologique qualitative et ethnographique, pour collecter les données nous
avons utilisé ce qui suit : des observations des classes des enseignantes avec
des enregistrements audios et écrits dans le journal de bord, pendant la période
2013-2015, des entretiens semi-structurés et des minis entretiens inspirés par
les interviews d’autoconfrontation développées par Goigoux (2002). Les
données ont montré que, même si toutes les enseignantes avaient les mêmes
objectifs – faire de leurs élèves des lecteurs et des écrivains qualifiés – elles
utilisaient différents chemins méthodologiques pour les atteindre et leurs choix
concernant le « quoi » et « comment » enseigner reposaient sur leurs
expériences en tant qu’étudiantes (leurs trajectoires personnelles), leurs
expériences dans l’exercice du magistère (les savoirs de la pratique
d’enseignant) et aussi sur les connaissances acquises lors des réunions de
formation initiale et continue auxquelles elles avaient participé. L’analyse des
données a aussi montré que dans les salles de classe il n’existait pratiquement
pas de moments où la langue écrite n’était pas présente et que les
enseignantes réalisaient diverses activités et pratiques d’alphabétisation,
montrant ainsi les efforts constants de ces professionnelles à rapprocher les
pratiques de lecture et d’écriture scolaires de celles vues, vécues et pratiquées
par leurs apprentis hors de cette institution, leur possibilitant d’entrer de forme
plus effectives et actives dan les différents espaces marqués par l’écrit. Enfin
les données ont attiré l’attention sur la nécessité pour les chercheurs qui
voudraient savoir comment se fait la fabrication des pratiques d’enseignement,
d’aller sur « le terrain » et de chercher dans le monde de l’école et de la salle
de classe où, quotidiennement, les enseignants construisent et reconstruisent
leurs tactiques de survie dans un quotidien marqué par plusieurs contradictions

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/22198
Date24 August 2016
CreatorsSOUZA, Sirlene Barbosa de
Contributorshttp://lattes.cnpq.br/2247700805465174, FERREIRA, Andréa Tereza Brito
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco, Programa de Pos Graduacao em Educacao, UFPE, Brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguageBreton
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
RightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess

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