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Estudo etnofarmacológico de plantas medicinais utilizadas por usuárias gestantes do IV Distrito Sanitário do Recife PE

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Previous issue date: 2011 / As plantas medicinais sempre contribuíram para a cura ou melhoria das enfermidades que
atingem a população, principalmente em países em desenvolvimento. São amplamente
utilizadas no meio familiar, principalmente pelas mulheres, que podem deter um maior
conhecimento, visto que são responsáveis pela saúde e alimentação da família. Este uso pode
se dá no período gestacional para combater, auxiliar e aliviar os sintomas inerentes a gestação,
sendo necessários estudos etnofarmacológicos para compreender esses usos. O objetivo deste
estudo foi, principalmente, analisar o saber popular das gestantes que freqüentam as Unidades
de Saúde da Família (USF), do IV Distrito Sanitário da Cidade do Recife/PE, sobre os riscos e
efeitos tóxicos que pode haver ao utilizarem as plantas medicinais. Os dados foram coletados
por meio de entrevistas estruturadas a partir de uma abordagem intencional. Participaram do
estudo, 214 gestantes, maiores de 18 anos, com idade média de 25,5 anos, a grande maioria
casadas com ensino médio completo, que não exercem atividades remuneradas e renda
familiar abaixo de um salário mínimo (R$ 530,00 ou U$ 321,21). São gestantes multíparas,
com 02 a 03 filhos em média, nascidos de parto normal e baixa taxa de aborto. Evidenciou-se
que apesar da maioria conhecer alguma planta medicinal pouco menos da metade as utiliza.
As plantas indicadas no uso em geral e que obtiveram os maiores valores de saliência foram:
boldo (0,336), capim-santo (0,233), camomila (0,12), erva-cidreira (0,136), aroeira (0,136),
erva-doce (0,114) e canela (0,107), onde as ervas medicinais se sobressaíram. Enquanto que
no período gestacional, as principais plantas citadas, por percentual de indicação, foram:
camomila (17,54%), erva doce (15,79%), boldo (14,04%), erva-cidreira (12,28%), canela
(10,50%), capim-santo (7,02%), e hortelã (5,26%). As principais indicações para o uso em
geral: calmante, dor de barriga, inflamação, cólica, tosse e febre e no período gestacional foi
calmante, enjôo, dor na barriga, disenteria, dor, flatulência e inflamação. A parte das plantas
mais utilizadas foi à folha no preparo dos chás, no qual a administração foi por via oral com
uma freqüência de duas vezes ao dia. As contra-indicações no uso das plantas medicinais para
a grande maioria das gestantes parece não existir. Em 1/3 das gestantes entrevistadas
verificou-se que o uso de plantas não faz mal ao feto. Dentre as plantas contra-indicadas no
período gestacional, as mais citadas foram: quebra-pedra, cabacinho, boldo, erva cidreira e
espirradeira, podendo causar aborto, cólicas no bebê e até levar a morte. O repasse do
conhecimento e a forma de adquirir a planta medicinal continuam sendo através da família, e
num percentual muito pequeno pelo profissional de saúde, não tendo como saber a sua
procedência e se está em condições favoráveis de uso, podendo levar a reações adversas.
Ocorre a substituição da receita médica pela planta medicinal por um quantitativo
significativo de gestantes, evidenciando o processo de automedicação. Observamos uma
postura de risco quando mais da metade das gestantes disseram que as plantas medicinais não
trazem risco à saúde, uma vez que nenhuma planta é isenta de toxicidade. As reações
desagradáveis relatadas por uma minoria das gestantes no uso das plantas medicinais foram:
sangramento, vômitos, aborto, diarréias e até reações que levaram a uma entrevistada a ir para
uma unidade de tratamento intensivo. Há uma necessidade de maiores esclarecimentos às
gestantes quanto à nocividade de algumas plantas no período gestacional

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/3667
Date31 January 2011
CreatorsRodrigues de Oliveira, Jenifer
ContributorsLúcia Cavalcanti de Amorim, Elba
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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