Return to search

Passado, presente e futuro: o tempo da consciência e a consciência do tempo no pensamento de Santo Agostinho

Made available in DSpace on 2014-06-12T18:04:10Z (GMT). No. of bitstreams: 2
arquivo6763_1.pdf: 1071972 bytes, checksum: 998774ec89ac593bbf0826211f5ae328 (MD5)
license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5)
Previous issue date: 2003 / Santo Agostinho teoriza sobre o tempo partindo de dois pontos específicos. O
primeiro é aquele que considera o tempo em suas modalidades de presente, passado e futuro
como existente apenas na consciência: é o tempo subjetivo. O segundo momento é aquele em
que sua teoria sobre o tempo toma um direcionamento epistemológico: o filósofo explora o
tempo objetivo, o tempo exterior à consciência. Em ambos os momentos, o filósofo determina
a validade da realidade do tempo tanto em seu aspecto subjetivo, quanto em seu aspecto
objetivo sempre com base no primado do presente. O presente é, para ele, o próprio
fundamento do tempo, determinando, inclusive, as duas outras modalidades: o passado é
validado pela visão presente das coisas passadas e o futuro pela visão presente das coisas
futuras. A base criacionista da tradição hebraico-cristã, da qual parte o filósofo para
desenvolver sua teoria, é primordial na construção do tempo objetivo. O tempo, como
criatura, desvincula-se da consciência do homem e, platonicamente, vincula-se à mente de
Deus, criador do tempo. É por isso que o tempo pode ser visto em sua condição de um
elemento exterior e anterior à consciência, pois, como criatura, tem seu princípio ligado ao
próprio princípio do mundo e está vinculado, apenas, à mente de Deus. Agostinho é levado à
pesquisa sobre o princípio do tempo por conta da controvérsia maniquéia. Os maniqueus
queriam saber o que é que um Deus criador fazia antes de criar o tempo. O filósofo rechaça a
idéia como carente de fundamento, uma vez que não se pode falar de um antes antes do
tempo. Finalmente, ao relacionar o tempo com a eternidade, Agostinho também parte do
presente, que lhe fornece vestígios da eternidade vestigium aeternitatis , através do que ele
mesmo denomina de partículas fugitivas . A mutabilidade, própria do tempo e do mundo,
contrasta com a imutabilidade, própria da eternidade e destino final do homem

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/6313
Date January 2003
CreatorsRenivaldo Rufino, José
ContributorsMarkenson, Roberto
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.002 seconds