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Estudo de Práticas Sócio-espaciais a partir de um Conjunto Habitacional do BNH: reflexões acerca de práticas cotidianas atuais no Condomínio Residencial Ignêz Andreazza (CRIAZZA) em Recife PE

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Previous issue date: 2002 / A habitação constitui uma das condições elementares para a sobrevivência do indivíduo.
Enquanto mercadoria produzida segundo a lógica capitalista, a habitação integra
sucessivamente valor de uso e de troca. Um bem que se caracteriza tanto pelo papel que
desempenha no conjunto do sistema econômico, quanto por ser um produto que influencia os
papéis, os níveis e as filiações simbólicas dos seus habitantes. Essa lógica habitacional, bem
recepcionada nos países subdesenvolvidos, emerge no Brasil na década de 1960, enquanto
principal eixo da política urbana do regime ditatorial. Ao Banco Nacional da Habitação
(BNH), grande protagonista da produção de habitações, caberia plantar casas e dar um
arranjo aos casulos , em conjuntos, sob a forma financiamentos. Uma nova configuração
sócio-espacial se cristaliza nos espaços urbanos, marcando fronteiras nas periferias, criando
bairros. Em diferentes escalas, a concepção e a implementação dos grandes Conjuntos
habitacionais, produziram espaços rigorosos, segmentados e massificantes. A forma urbana
destes conjuntos cidades delimita e reduz as necessidades sociais e urbanas, impondo um
cotidiano organizado tanto aos seus habitantes, quanto à cidade. Emerge, assim, a necessidade
de refletir acerca das fissuras existentes entre as macroestruturas e o espaço vivido
cotidianamente, tendo em vista, acreditar-se que os moradores, a partir das suas práticas
cotidianas, estabelecem diferentes modos de viver, interpretar e representar a rigidez desses
espaços projetados, reinventando-os e adaptando-os à sua cultura. É nesse contexto que este
trabalho analisa as práticas cotidianas atuais e as representações dos moradores do
Condomínio Residencial Ignêz Andreazza (CRIAZZA) em Recife PE, numa área de
300.000 m2 e com uma população estimada em 10.000 habitantes. A partir da caracterização
dos espaços planejados deste Condomínio, observou-se a relação entre a previsão de um
consumo programado dos espaços coletivos e as práticas cotidianas atuais dos seus
moradores, assim como, através da análise do mundo vivido destes, identificou-se suas
representações quanto ao significado do lugar e do espaço. Decorridos, então, quase 20 (vinte)
anos da construção do CRIAZZA, emergem problemas e desafios de convivência e
sobrevivência e, até problemas sócio-ambientais, quer seja no seu âmbito interno, ou dele em
relação ao bairro e à cidade. A imagem deste conjunto se encontra comprometida, tanto do
ponto de vista estético, com implicações sócio-econômicas na Paisagem, desvalorizando-a e
depreciando-a, quanto das questões que interferem na qualidade de vida dos seus moradores

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/6655
Date January 2002
CreatorsCristiano dos Santos, Clélio
ContributorsTôrres Aguiar Gomes, Edvânia
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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