Comunicação, ética e assistência fisioterapêutica à criança queimada

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Previous issue date: 2005 / A queimadura é uma lesão grave e assustadora que apresenta alta incidência em
crianças na faixa etária de 0 a 12 anos. O tratamento fisioterapêutico, que é iniciado
na hospitalização e prossegue em nível ambulatorial, objetiva prevenir, minimizar ou
tratar a cicatrização patológica, causadora de distorções estéticas e
comprometimento das funções motoras do paciente. Dentre os vários recursos
fisioterapêuticos utilizados, a veste de compressão elástica tem sido considerada,
por muitos autores, como a forma mais eficaz de tratamento e prevenção dessas
seqüelas. Da dificuldade em conseguir a adesão das crianças queimadas, em
atendimento em um Ambulatório de Fisioterapia de um hospital da rede pública da
cidade do Recife -PE, ao uso das vestes compressivas, e considerando que o
processo de adesão ao tratamento está relacionado com o vínculo de confiança que
se estabelece entre o terapeuta, o paciente e a família, surgiu a idéia de realizar esta
pesquisa. Este vínculo se inicia no primeiro contato do profissional de saúde com o
paciente através de uma relação terapêutica respeitosa que, no contexto da
Bioética, compreende o agir eticamente correto visando à beneficência do ato
terapêutico sem agredir a autonomia do paciente. A comunicação, não entendida
como mero instrumento de transmissão de informações, mas como atividade
interativa, assume papel importante nesse processo. Partindo desses pressupostos,
buscou-se refletir sobre a comunicação na relação terapeuta-paciente-família e
compreender qual a sua relação com o processo de adesão dessas crianças ao
tratamento com as vestes compressivas. A pesquisa foi desenvolvida à luz do
método clínico-qualitativo proposto por Turato (2003), considerando ainda algumas
contribuições da Análise do Discurso. O instrumento de coleta de dados foi a entrevista semi-estruturada com as crianças e suas mães. Os resultados
demonstraram que a comunicação na relação terapeuta-criança queimada-família
favorece a adesão a este tratamento, uma vez que, é através do diálogo que o
profissional conhece o nível de satisfação dos pacientes e familiares com o
tratamento, os desconfortos que provoca e assim, pode buscar solucionar ou
minimizar os problemas que possam dificultar tal adesão. Conclui-se que o diálogo
deve ser considerado como a ponte que diminui a relação assimétrica entre o
profissional de saúde, o paciente e sua família e que a Bioética fornece vasto
referencial teórico sobre o tema para que o profissional possa refletir sua prática
cuidadora e aprimorar a qualidade da relação terapêutica

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/9760
Date January 2005
CreatorsFonsêca de Lima, Cláudia
ContributorsClara Feitosa de Albuquerque, Maria
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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