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Avaliação da atividade tripanocida de compostos fenólicos

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia. / Made available in DSpace on 2013-07-16T01:39:15Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / A doença de Chagas, causada pelo Trypanosoma cruzi, atinge cerca de 18 milhões de indivíduos, principalmente em países da América Latina. O benznidazol (Rochagan), único fármaco comercialmente disponível no Brasil para o tratamento da infecção, apresenta baixa atividade, principalmente na fase crônica da doença. Neste estudo a atividade tripanocida in vitro de 28 compostos fenólicos sintéticos foi avaliadada contra diferentes formas evolutivas da cepa Y do T. cruzi. Os ensaios foram realizados em triplicata, em microplacas de 96 orifícios, adicionando-se 180 µl da suspensão de epimastigotas de cultura (5x106 parasitas/mL), ou de tripomastigotas sanguíneos (1x106 tripomastigotas/ml), com 20 µl dos compostos em diferentes concentrações. Como controles foram utilizados o benznidazol ou o cristal violeta. As formas epimastigotas foram mantidas por 72h a 27°C e a atividade determinada pela contagem em câmara de Neubauer. Tripomastigotas foram mantidos por 48h a 4°C e a atividade avaliada pela técnica de Brener. O sangue de camundongo, adicionado aos compostos ativos (500 e 250 µM) por 72h a 4°C, foi inoculado em camundongos Swiss para comprovar sua esterilidade. A parasitemia dos animais foi acompanhada semanalmente por 30 dias e o sangue dos camundongos negativos submetidos à hemocultura e sorologia para pesquisa de anticorpos anti-T. cruzi. Foi avaliada também a atividade hemolítica dos compostos pelo método da cianometahemoglobina. A citotoxicidade celular foi ensaiada pelo método do MTT e pela avaliação microscópica da integridade do tapete celular. A atividade contra formas amastigotas intracelulares foi ensaiada em células Vero. Após 24h de infecção as monocamadas foram tratadas com os compostos ativos e com benznidazol em diferentes concentrações por 72h. O porcentual de células infectadas e o número de parasitas por célula foram determinados em 300 células contadas randomicamente, após coloração pelo Giemsa lento. Dos 28 compostos testados, seis galatos (galatos de heptia, de octila, de decila, de undecila, de dodecila e de tetradecila) foram ativos contra epimastigotas (CI50 de 0,47 a 33,9µM). Quatro compostos (galatos de decila, de undecila, de dodecila e de tetradecila) foram também ativos contra tripomastigotas sanguíneos e amastigotas intracelulares CI50 de 23,39 a 74,40 µM e CI50 de 1,80 a 16,30 µM, respectivamente. Efeitos de citotoxicidade celular foram observados acima de 50 µM dos compostos. O composto galato de undecila foi o mais ativo contra todas as formas do parasita e sua capacidade de esterilização do sangue infectado foi semelhante ao do cristal violeta. Estes resultados demonstram que os galatos podem ser compostos promissores para a quimioterapia ou quimioprofilaxia da doença de Chagas.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/102691
Date January 2005
CreatorsAlbino, Danielle Bibas Legat
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Steindel, Mario, Grisard, Edmundo C.
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format74 f.| il., tabs., grafs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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