Return to search

Desigualdades socioeconômicas no uso de consultas médicas no sudoeste e nordeste do Brasil

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2013. / Made available in DSpace on 2014-08-06T17:49:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1
324005.pdf: 1470957 bytes, checksum: 8bea4ef39a1d684905c42796186b85df (MD5)
Previous issue date: 2013 / O Brasil nas suas proporções continentais apresenta uma distribuição desequilibrada dos serviços de saúde. O conhecimento destas desigualdades é fundamental para o desenvolvimento de políticas públicas mais equânimes e eficazes à sociedade. Dentre os inúmeros determinantes, as questões socioeconômicas ainda carecem de estudos, principalmente no que tange relacionar a sua influência em diferentes regiões brasileiras. Objetivou-se com esta dissertação investigar as desigualdades socioeconômicas na utilização de consultas médicas nas regiões Sudeste e Nordeste do Brasil. Para isso, em um primeiro momento foi realizada uma busca sistemática nas bases de dados do Medline (National Library of Medicine, USA) e do LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde). No segundo momento foram analisados os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2003 e 2008. A variável de desfecho investiga o uso de consulta médica no último ano, sendo analisada a sua prevalência em adultos (maiores de 20 anos), segundo o primeiro (D1) e último (D10) decil de renda familiar per capita, nas regiões Sudeste e Nordeste do Brasil. As análises consideraram o desenho amostral complexo. Na região Nordeste a prevalência encontrada foi de 61,2% em 2003, tendo aumentado para 66,9% em 2008. No Sudeste a prevalência foi de 67,9% em 2003, subindo para 73,5% em 2008. A diferença absoluta na utilização de consultas médicas, segundo D1 e D10 no período analisado, mostrou na região Nordeste uma importante redução das desigualdades entre os homens (87% para 61%); naqueles sem doenças crônicas (67% para 41%); naqueles que tinham uma percepção positiva da sua saúde (75%
para 48%) e naqueles sem plano de saúde com direito a consulta médica (39% para 25%). Na região Sudeste destaque para a diminuição da desigualdade nas consultas médicas entre os homens (39% para 25%); entre os indivíduos sem doenças crônicas (34% para 23%) e com uma doença crônica (21% para 13%); naqueles que tinham uma percepção positiva da saúde (39% para 27%) e os que tinham percepção negativa da saúde (21% para 15%); e naqueles sem plano de saúde com direito a consulta médica (22% para 15%). Foi verificado um aumento na prevalência de consultas médicas além de uma significativa redução da desigualdade entre os mais pobres e os mais ricos, de 2003 para 2008, nas duas macrorregiões analisadas. Ainda assim, foram apresentados marcantes traços de desigualdade socioeconômica na utilização de consultas médicas nos diferentes grupos, com destaque para o Nordeste brasileiro <br> / The Brazil on its continental proportions presents an unbalanced distribution of health services. Knowledge of these inequalities is fundamental for the development of public policies more effective and equitable to society. Among the many determinants, the socioeconomic issues still need studies, especially with regard relate their influence in different regions. The aim of this study was compare socioeconomic inequalities in medical consultation in the Southeast and Northeast of Brazil. For this, at first we performed a systematic research in the databases of Medline (National Library of Medicine, USA) and LILACS (Latin American and Caribbean Health Sciences). In the second stage we analyzed the dataset from the Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), 2003 and 2008. The outcome variable investigates the use of medical visits in the last year, and analyzed their prevalence in adults (aged 20 years), according to the first (D1) and last (D10) decile of household income per capita, in the Southeast and northeast of Brazil. The proportion of people who consulted a physician in the last year increased in the Northeast (61.2% in 2003 to 66.9% in 2008) and Southeast (67.9% in 2003 to 73.5% in 2008). The absolute difference in the use of medical consultation, according to D1 and D10 in the analyzed period, in the Northeast showed a significant reduction of inequalities between men (87% to 61%), those without chronic diseases (67% to 41%), those who had a positive perception of their health (75% to 48%) and those without health insurance with the right medical consultation (39% to 25%). Featured in the Southeast for the reduction of inequality in medical consultations among men (39% to 25%), among individuals without chronic disease (34% to 23%) and with a chronic disease (21% to 13%),
those who had a positive perception of health (39% to 27%) and those who had a negative perception of health (21% to 15%) and those without health insurance with right to medical consultation (22% to 15%). We found an increased prevalence of medical consultation as well as a significant reduction in inequality between the poorest and the richest, from 2003 to 2008 in the two macro-regions analyzed. Still, was presented striking traits of socioeconomic inequality in the use of medical consultations in the different groups, with emphasis on the Brazilian Northeast.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/123112
Date January 2013
CreatorsSilva, Paulo Sérgio Cardoso da
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Peres, Karen Glazer de Anselmo, Boing, Antonio Fernando
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format114 p.| graf., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0055 seconds