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"Quero poder existir"

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2016-04-19T04:15:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / Os estudos acerca da violência têm figurado de maneira privilegiada entre as pautas acadêmicas e da mídia diante da sua forte presença na sociedade. Aspecto aparentemente ignorado, a violência simbólica é elemento constante na vida das pessoas LGBT, pelas sanções da heteronormatividade e suas imposições aos não binários, com variadas formas de manifestação em diversos ambientes. O presente estudo buscou identificar quais são e como se manifestam as experiências de violência simbólica entre estudantes universitários LGBT, aqueles identificados e os que não como militantes do movimento, a partir de suas narrativas. Com estas, tratou-se ainda de levantar as formas de enfrentamento da violência simbólica desenvolvidas para a existência dentro de um habitus heteronormativo. Utilizando o arcabouço teórico de Bourdieu acerca da violência simbólica e do capital social para análise, fez-se uso de entrevistas não estruturadas sobre a história de vida dos entrevistados, buscando experiências de violência simbólica e as formas de enfrentamento desenvolvidas diante delas, como desenvolvimento de capital social. A violência se mostrou como elemento cotidiano na vida dos dois grupos de LGBT, manifesta em diversos ambientes e instituições, com primazia na família e escola, desde  coisas pequenas do dia-a-dia até formas mais diretas de preconceito e discriminação cujo conteúdo heteronormativo ridiculariza as orientações sexuais não binárias, além de reprimir ou deslegitimizar as expressões das sexualidades frente aos heterossexuais. Diante dessa determinações do habitus heteronormativo, os indivíduos desenvolvem recursos para seu enfrentamento, cuja aquisição de capital social apareceu como elemento central em sua vontade de criar meio de existir além do binarismo, como pessoas.<br> / Abstract : Studies about violence have figured in a privileged way between academic agendas and the media because of its strong presence in society. As an aspect apparently ignored, symbolic violence is a constant element in the lives of LGBT people, by sanctions of heteronormativity and its charging of non-binary, with several manifestations in different environments. This study sought to identify the manifestations of symbolic violence experiences between LGBT college students, those identified and not as militants of the movement starting from their narratives. With these, We also attempted to gather the means of fighting symbolic violence developed to exist within a heteronormative habitus. Using Bourdieu s theoretical framework about symbolic violence and social capital for analysis, unstructured interviews were used on the life story of respondents, seeking experiences of symbolic violence and ways of standing up to against them developed , as social capital development. Violence showed up as a daily element in the life of both LGBT groups, manifested in different environments and institutions, with primacy in the family and school, since from the "little things of day-by-day" to even more direct forms of prejudice and discrimination which heteronormative content ridicules non-binary sexual orientations, and repress or delegitimize the expressions of sexualities in front of heterosexuals. Given these determinations of heteronormative habitus, individuals develop resources for their confrontation, the development of social capital appeared as a central element in their desire to create means to exist beyond the binary, as persons.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/160738
Date January 2015
CreatorsVieira, Marcelo
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Pires, Rodrigo Otávio Moretti
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format106 p.| il.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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