Return to search

A perda da auréola

Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Florianópolis, 2017. / Made available in DSpace on 2018-01-23T03:22:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1
349690.pdf: 1501145 bytes, checksum: 2440bfe8d1dbc9a3d0fb9a064d835ec7 (MD5)
Previous issue date: 2017 / O texto a seguir defende a tese de que em espaços de sociabilidade virtual como o Facebook podem ser observadas tensões que revelam uma dessacralização da imagem de professor. Esta dessacralização é produzida a partir de dois deslocamentos (social e sociológico) que servem de hipóteses principais. O deslocamento social é produzido pela estrutura de comunicação do Facebook, possibilitando interações localmente dessituadas entre os professores e seus públicos escolares. Estas interações deixam de contar com marcadores nítidos que definem hierarquias ou relações de proximidade e de distância. O segundo deslocamento é resultado de três etapas do pensamento sociológico. É a partir da obra de Durkheim, Bourdieu e Dubet que se pode compreender, através da elaboração de uma narrativa sociológica, o deslocamento da imagem de professor do sagrado ao profano. Esse duplo deslocamento é que condiciona formas particulares de gestão da imagem de professor no Facebook. Essa gestão é identificada a partir de seis ?momentos? que servem como marcadores de realidades coletivamente provadas pelos professores ? sendo eles ? ?compromissos?, ?policiamentos?, ?espertezas?, ?despojamentos?, ?reivindicações? e ?esgotamentos?. Parte-se assim do princípio de que não existem objetivamente professores no Facebook: existem momentos pelos quais eles fazem uso para definirem a si mesmos em um espaço não nitidamente educacional. Os seis momentos permitem observar os meios pelos quais uma imagem sagrada da imagem de professor é tanto mantida quanto vulnerabilizada em virtude do tipo de comunicação do Facebook, onde circulam conteúdos às vezes julgados como socialmente inapropriados. Trata-se enfim de uma crise institucional cujo Facebook se torna expressão, ocupando e preocupando professores sujeitos à apreciação pública. 22 professores atuando principalmente em colégios de Ensino Médio público e privado serviram à análise. Erving Goffman (1922-1983) oferece conceitos em benefício de uma sociologia do cotidiano ? em outros termos ? uma sociologia não da desmistificação, mas da elucidação de experiências coletivas. / Abstract : The text below defends the thesis that in spaces of virtual sociability such as Facebook, tensions can be observed that reveal a desacralization of the image of teachers. This desacralization is produced through two shifts (social and sociological) that serve as the main hypotheses of the study. The social shift is produced by Facebook?s communication structure, which allows locally desituated interactions between teachers and their school publics. These interactions do not take place with clear definitions of hierarchies or relations of proximity and distance. The second shift is the result of three steps of sociological thinking. Based on the works of Durkheim, Bourdieu and Dubet a sociological narrative is developed to understand the shift of the image of teachers from the sacred to the profane. This dual shift is what conditions particular forms of management of the image of teachers on Facebook. This management is identified through six ?moments? that serve as markers of realities that are collectively experienced by teachers ? which are ?commitments?, policings?, ?artifices?, ?deprivations, ?demands? and ?depletions?. I thus begin with the principle that teachers do not objectively exist on Facebook: but there are moments when they make use of it to define themselves in a space that is not clearly educational. The six moments allow observing the means by which a sacred image of teachers is both maintained and made vulnerable due to the type of communication on Facebook, on which circulate contents that are at times judged to be socially inappropriate. I will thus address an institutional crisis manifest by Facebook, which has been occupying the time and raising the concern of teachers who are subject to public appreciation. The analysis looks at twenty-two teachers who work mainly at public and private high schools. It works with concepts offered by Erving Goffman (1922-1983) that support a sociology of daily life ? in other terms ? a sociology not of demystification, but of elucidation of collective experiences.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/182827
Date January 2017
CreatorsSantos, Tiago Ribeiro
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Valle, Ione Ribeiro, Daros, Maria das Dores
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format152 p.| il.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0018 seconds