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Por uma perspectiva social dialógica da linguagem

Tese (doutorado) - Universidade federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-Graduação em Linguística. / Made available in DSpace on 2012-10-23T02:25:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1
241708.pdf: 1458198 bytes, checksum: aec9abaee1d0436c5ad4f6ed426f081f (MD5) / Esta tese trata da relação entre indivíduo, sociedade e linguagem, com o objetivo de discutir e propor algumas bases epistemológicas (éticas e políticas) para uma perspectiva social dialógica da linguagem. Para tanto, são descritas e analisadas duas abordagens sociais da linguagem, uma de natureza filosófica, representada por Bakhtin, e outra de natureza empírica, representada por Labov, as quais são previamente contextualizadas a partir de três séries históricas - o subjetivismo idealista (Humboldt), o objetivismo abstrato (neogramáticos, Saussure e Meillet) e a perspectiva ideológica (Marx e Iakubinskii). Em Bakhtin e Labov, rastreio o tratamento dispensado ao indivíduo, bem como a relação que os dois teóricos estabelecem entre o indivíduo, a sociedade e a linguagem. Também exponho alguns escritos filosóficos de Arendt, Foucault e de Giddens, para contrapor as reflexões de Bakhtin e Labov ao pensamento desses teóricos. Por fim, faço um balanço das explanações analíticas desenvolvidas na tese, apontando aspectos que julgo pertinentes e relevantes, e que devem ser considerados como basilares em uma teoria social dialógica da linguagem, tais como: uma definição de linguagem que envolva a questão da identidade e das práticas sociais, sendo aquela vista como heterogênea e "relativamente estável"; uma concepção dialética de língua (ela reflete e produz o mundo e as identidades); uma visão de sujeitos reflexivos, políticos e eticamente responsáveis, que se constituem na relação com a alteridade e que desempenham seus papéis - fazendo uso da linguagem - enquanto inscritos em contextos sociais de interação; a existência da relação forte entre a questão da identidade e variação/mudança lingüística; a consideração de que mudanças sociais (e lingüísticas) podem ser iniciadas nas margens (grupos ou linguagens marginalizadas); um modelo de pesquisa em que ambos o pesquisador e o seu objeto de pesquisa se implicam mutuamente, um gerando efeitos sobre o outro; um compromisso político do pesquisador com suas teorias e pesquisa, uma vez que elas promovem ações no mundo; e o entendimento de que a relação dialógica com o objeto de estudo pode produzir mudanças constantes no processo de pesquisa.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/89758
Date January 2007
CreatorsSevero, Cristine Görski
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Silva, Fábio Luiz Lopes da
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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