Return to search

Fluxo da informação na prática clínica dos médicos residentes

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação, Florianópolis, 2008 / Made available in DSpace on 2012-10-23T21:46:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1
260443.pdf: 1437606 bytes, checksum: 51cc238bbf46cd854172d40feb517e92 (MD5) / Pesquisa que identifica o fluxo da informação na prática clínica do médico residente, sob a perspectiva de seleção, acesso, recuperação e uso das fontes de informação a partir dos preceitos indicados pela medicina baseada em evidências (MBE), na etapa de "acesso à informação". Analisa o fluxo informacional considerando o contexto da medicina baseada em evidências; os canais e fontes de informação utilizadas e as necessidades informacionais dos médicos residentes. O local de aplicação foi o Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina, com o universo de pesquisa constituído por 41 médicos residentes que atuam nos ambulatórios. A pesquisa se caracteriza como exploratória descritiva, do ponto de vista de seus objetivos, e como quanti-qualitativa com relação à abordagem do problema. Do ponto de vista dos procedimentos técnicos, se caracteriza como levantamento (survey). Os instrumentos de coleta de dados foram: questionário e entrevista semi-estruturada, que utilizou a técnica do incidente crítico. A pesquisa mostra que os médicos residentes são profissionais jovens, entre 24 e 32 anos, com supremacia do sexo feminino, graduados recentemente. Trabalham em média 10 horas/dia, sendo 4 horas no atendimento ambulatorial e 2 horas em atividades teóricas. No atendimento ambulatorial atendem aproximadamente 7 pacientes por dia, dedicando, em média, 34 minutos para cada paciente. Formulam, diariamente, a média de 5,25 questões clínicas, que estão mais ligadas a tratamento, resultando em 0,75 questão por paciente, sendo que 79% destas questões clínicas são respondidas. Tendem a resolver as questões clínicas quase todos os dias, gastando um tempo médio de 20 minutos com cada questão. A grande maioria se vale da Internet para acessar a informação, seguida do acervo particular. A consulta aos preceptores e pares apareceu em um segundo momento, quando os médicos residentes se deparam com dificuldades para encontrar a informação. Quando realizada a consulta aos pares, existe uma busca de certificação na literatura. Dentre as fontes de informação utilizadas com mais freqüência pelos médicos residentes temos os periódicos, com pequena vantagem sobre os textbooks e handbooks, os guidelines e os preceptores. Em relação aos sistemas informatizados, verifica-se a preferência pelo UptoDate, Portal de Periódicos da CAPES e PubMed, prevalecendo a preferência por informação já selecionada e analisada. As bases de dados nacionais, como as da BIREME e a SciELO são utilizadas com mais cautela. A confiabilidade das fontes de informação e a acessibilidade de forma gratuita são determinantes na seleção das bases de dados. Utilizam parcialmente as ferramentas de busca das bases de dados, prevalecendo a busca por termos livres. Em relação à infra-estrutura para acesso à informação, foi identificada a necessidade de melhorias na infra-estrutura dos ambulatórios, particularmente a disponibilidade de computadores com acesso à Internet. A pouca indicação das bibliotecas, como agentes envolvidos no processo de busca de informação para responder a uma questão clínica, demonstra a necessidade de sua integração neste processo. O fluxo informacional observado na prática clínica dos médicos residentes apresenta uma estrutura que se reporta a alguns preceitos recomendados pela medicina baseada em evidências, na etapa referente ao uso das fontes de informação, porém ainda está aquém do indicado e, por isso, apresenta-se um fluxo otimizado, com indicações de ações que poderiam maximizar o uso da informação disponível e acessível para a prática clínica. / This study analyses information flow in the clinical practice of resident medics; it encompasses the selection, access, retrieval and utilization of information sources using precepts indicated by evidence-based medicine (EBM) at the stage of #information access#. It analyses informational flow in the context of evidence-based medicine, the information channels and sources used and the informational needs of the resident medics. The study was undertaken at the University Hospital at the Santa Catarina Federal University and the research group was made up of 41 resident medics working in the outpatients# clinic. The examination is descriptive in regard to its objectives and quanti-qualitative in its approach to the problem. Its technical procedures are those of a survey with the tools for data collection being a questionnaire and a semi-structured interview using the critical incident technique. The study shows that the resident medics are young professionals between 24 and 32 years old, the majority female and recently qualified. They work for 10 hours a day on average, 4 of which are spent with outpatients, and 2 of which are spent on theoretical activities. They attend approximately 7 patients a day in the outpatients# clinic, spending on average 34 minutes per patient. They formulate an average of 5.25 clinical questions directly connected to treatment per day, resulting in 0.75 questions per patient. They find answers to 70% of these clinical queries. These problems are normally solved everyday and take on average 20 minutes. The great majority use the Internet to search for information in conjunction with their own materials. If the resident medics have difficulties in accessing the information required only then do they consult superiors and colleagues. If colleagues are consulted, the findings are then checked with the relevant literature. The sources most commonly accessed by the resident medics are periodicals, these are then followed by textbooks and handbooks, guidelines and finally superiors. In relation to the information systems used there is a marked preference for UptoDate, Portal de Periódicos da CAPES and PubMed, implying a preference for information that has been already selected and analysed. National databases like BIREME and SciELO are used with more caution. The reliability of the information sources and free access determine the choice of database. The database search tools are only partially used as there is a prevalence of key term searches. A need for improvements in clinic infrastructure allowing access to information was identified, and particularly a need to increase the availability of computers with access to the Internet. The low incidence of libraries used as agents in information search processes to answer clinical questions also indicates a need for their integration in this process. The informational flow seen in the clinical practices of the resident medics in the study shows a structure that meets some of the precepts recommended by evidence-based medicine in the stage of information source use, however it is still below that indicated. Therefore this paper outlines a fully optimised flow and indicates actions to maximize the use of information available and accessible for clinical practice.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/91345
Date January 2008
CreatorsSavi, Maria Gorete Monteguti
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Silva, Edna Lucia da
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format148 f.| grafs., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.003 seconds