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Ecologia da polinização de Fragaria x ananassa Duchesne CV aromas (rosaceae) em sistemas de produção orgânico e convencional, sob proteção de túneis baixos, em Rancho Queimado, SC, Brasil

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais, Florianópolis, 2009. / Made available in DSpace on 2012-10-24T19:20:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1
273121.pdf: 624945 bytes, checksum: 40cfde13002bfb98922796a6a36d9f17 (MD5) / O sistema de produção agrícola convencional, geralmente, é considerado como fator importante no declínio da biodiversidade em paisagens agrícolas, e na tentativa de diminuir osefeitos adversos desse sistema a produção orgânica esta sendo uma opção para várias culturas, entre elas, a do morangueiro. O morangueiro, Fragaria (Rosaceae), é caracterizado como uma herbácea perene, prostrada e estolonífera. Devido suas características morfológicas e fisiológicas, suas flores podem se autopolinizar, porém, raramente o pólen atinge espontaneamente a totalidade dos estigmas, e se o óvulo não for fecundado não há crescimento local do receptáculo, gerando morangos deformados. Os diversos cultivares apresentam variações em sua capacidade de autopolinização. O objetivo desse trabalho, dividido em dois capítulos, foi estudar a ecologia da polinização de Fragaria x ananassa cv Aromas cultivado sob túneis baixos em sistema de produção convencional e orgânico no município de Rancho Queimado no Estado de Santa Catarina. No primeiro capítulo considerase a biologia floral e reprodutiva deste cultivar mediante estudo da longevidade floral, oferta de recursos florais, receptividade dos estigmas e viabilidade do pólen, além da aplicação de tratamentos de autopolinização manual, autopolinização espontânea, polinização cruzada manual e polinização livre. O segundo capítulo refere-se aos visitantes florais de F. x ananassa cv Aromas, cultivados sob túneis baixos, assim como da identificação dos principais polinizadores, tanto na área de cultivo convencional quanto no orgânico. Também foram amostradas as espécies de abelhas que visitaram as flores da vegetação de entorno, com o objetivo de avaliar e comparar a diversidade entre as áreas. Os insetos foram capturados através de caminhadas entre os canteiros e a vegetação de entorno com o uso de rede entomológica. No capitulo um os resultados obtidos demonstraram que, embora autocompatíveis, as flores deste cultivar necessitam de insetos polinizadores para uma boa produção de morangos não deformados. A contribuição percentual dos agentes naturais de polinização, sobre o peso resultante dos morangos, foi a seguinte: autopolinização espontânea com 18,42%, vento com 44,17% e polinização livre com 37,42%. Dessa forma observa-se que tanto a polinização abiótica quanto àquela realizada pelos visitantes florais contribuem para o bom desenvolvimento dos morangos, e apenas aqueles provenientes de polinização livre ou manual puderam ser direcionados para a venda in natura. Nos tratamentos de polinização livre não foram observadas diferenças significativas entre os dois sistemas de produção. No capítulo dois observa-se que, em ambos os sistemas de produção, Apis mellifera (Hymenoptera, Apidae) e espécies de Syrphinae (Syrphidae, Diptera) foram os visitantes predominantes. Embora tenha se observado maior riqueza de espécies de abelhas no sistema de produção orgânico, a abundância da maioria das espécies foi baixa, resultando em grande similaridade entre as áreas. Essa similaridade pode estar relacionada com o efeito dos túneis baixos que, quando fechados, impedem o contato visual dos polinizadores com as flores, diminuindo a abundância de visitantes. Devido à sua característica de forrageamento e abundância de indivíduos, A. mellifera pode ser considerado o polinizador mais importante dessa cultura, sendo as moscas Syrphinae os polinizadores secundários, devido sua grande abundância, embora não apresentem comportamento adequado a polinização dessa cultura. Na vegetação de entorno foram amostradas 38 espécies de abelhas na área de produção convencional e 36 na área de produção orgânica. Os índices de diversidade não apresentaram grande diferença entre as áreas, e o teste de Morisita, que incorpora a abundância de indivíduos coletados, apresentou altos níveis de similaridade. Nota-se que algumas espécies de abelhas, como Trigona spinipes, que estavam presentes na área em grande abundância não visitaram os morangueiros.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/93258
Date24 October 2012
CreatorsBarbosa, José Felinto
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Orth, Afonso Inacio
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format70 f.| il., grafs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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