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Competição, irreflexão, conformismo

Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T04:49:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1
289383.pdf: 5035358 bytes, checksum: ac19c9f091cd6e9cc1dec479ebd35dbd (MD5) / Competir e vencer, derrotar o adversário - o outro, liderar, mostrar força e poder. A idéia de competição, tão comum e tão presente nas relações pessoais, sob o capitalismo ganhou força, atingindo progressivamente os mais diversos cenários, solapando o mundo do trabalho através de "revolucionários" programas gerenciais de eliminação do desperdício (mão-de-obra e benefícios) e aumento de eficiência (lucro). Extrapolou também para o universo educativo, como uma espécie de orientador pedagógico para elevar o desempenho individual ou do grupo um "formador de caráter" na preparação para a "dura realidade" do mundo lá fora. Essa competitividade, aparentemente restrita ao esforço e comprometimento individual, cada vez mais louvada pela informação industrializada, carrega em si, como diriam os frankfurtianos, elementos da barbárie. Ao supervalorizar a vitória, despreza o "derrotado" o perdedor tão comum no xingamento depreciativo da cultura norte-americana - e abre espaço para a desvalorização do "outro", para o discurso intolerante. A competitividade exacerbada pela lógica de mercado e reverenciada pela indústria cultural degenera-se em um individualismo egoísta e ambicioso, avesso a qualquer projeto solidário, trazendo à superfície algo de preconceituoso e xenófobo na medida em que cria ou exaspera rivalidades e eterniza hierarquias. A adaptação a isto tudo é a exigência feita aos mais jovens. Rapidamente, sem tempo para pensar. / Compete and win, defeat the enemy - lead, show strength and power. The idea of competition, so common and widespread in personal relations, gained strength under the capitalist system. It has reached progressively different scenarios and undermined the world of work through "revolutionary" management programs which remove manpower and benefits, all taken as waste, and increase the efficiency - that means profit. It also extended into the educational universe, as a kind of instructional designer that helps to raise the individual or group performance and to build the character of people in order to face the "hard reality" of the outside world. This competition apparently restricted to individual effort and commitment, more and more exalted by large scale information, carries within itself elements of barbarism, as the members of the Frankfurt School would say. By overvaluing victory, it despises the "defeated" - the commonly known loser in the North American culture - and opens up to the devaluation of "the other" and to the intolerant speech. The competition, exacerbated by market logic and revered by the cultural industry, degenerates into a selfish and ambitious individualism, opposed to any project of solidarity. Moreover, it brings to the surface something of prejudice and xenophobia while creating or exasperating rivalries and perpetuating hierarchies. Adapting him/herself to this is the demand made to the young people. Quickly, without time to think about it.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/93934
Date25 October 2012
CreatorsSaneh, Giuliano
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Sousa, Janice Tirelli Ponte de
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format1 v.| il.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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