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Depressão em diabéticos tipo 2

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-graduação em Ciências Médicas, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T13:34:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1
282096.pdf: 516533 bytes, checksum: 1b826006bfb5692f5d9363b9abe67b0b (MD5) / Objetivos: Verificar, em diabéticos tipo 2 atendidos em um ambulatório de endocrinologia, a prevalência de depressão, e comparar nos diabéticos com e sem depressão os fatores sociodemográficos e clínicos, a aderência ao tratamento e as complicações do diabetes. Uma vez que não existem instrumentos validados para avaliar a aderência ao tratamento do diabetes no Brasil, foi necessária a tradução e adaptação de um questionário, o SDSCA (Summary of Diabetes Self-Care Activities Questionnaire) para esta avaliação.
Métodos: Realizou-se um estudo transversal, com 126 sujeitos, adultos (idade 30 anos), com diagnóstico de Diabetes mellitus tipo 2 atendidos no ambulatório de endocrinologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC). Para as avaliações foram utilizados os seguintes instrumentos: um questionário de variáveis sociodemográficas e clínicas; Índice Charlson de Comorbidade; Mini-International Neuropsychiatric Interview (MINI); Questionário de Atividades de Autocuidado com o Diabetes (QAD), avaliação do controle metabólico (colesterol total e frações, triglicerídeos e hemoglobina glicada) e avaliação de complicações do diabetes (microalbuminúria, exame de fundo de olho e teste do monofilamento de 10g). A tradução e adaptação do SDSCA seguiu as normas internacionais estabelecidas para este processo. As propriedades psicométricas foram testadas com a aplicação do questionário em 98 pacientes atendidos no mesmo ambulatório.
Resultados: O processo de validação resultou no Questionário de Atividades de Autocuidado (QAD), um questionário válido e confiável para avaliar a aderência ao tratamento do diabetes. Nos diabéticos tipo 2, a prevalência de depressão foi de 22,2%. Houve associação entre depressão e ter história pessoal de depressão (p<0,001). Os diabéticos deprimidos tiveram menor aderência à atitude de examinar os pés que os não deprimidos (2,5 3,2 vs 4,0 3,2 dias por semana; p=0,04) e maior proporção de testes alterados do monofilamento, com perda da sensibilidade protetora plantar. Na regressão logística, ter história pessoal de depressão (OR = 14,68; IC 95% = 3,88 a 55,81; p<0,001) e perda da sensibilidade protetora plantar (OR = 4,65; IC 95% = 1,46 a 20,34; p = 0,01) mostraram associação independente com depressão.
Conclusão: Cerca de 1/4 dos diabéticos tipo 2 atendidos em um ambulatório apresentaram depressão maior. Os deprimidos tiveram maiores taxas de história pessoal de depressão, menor frequência da atitude de examinar os pés e um risco quatro vezes maior de apresentar perda da sensibilidade protetora plantar. Embora o desenho do estudo não permita determinar relações de causa e efeito, esses achados sugerem que esses pacientes possuem um risco maior para uma pior evolução do diabetes.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/94613
Date25 October 2012
CreatorsMichels, Murilo José
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Furlanetto, Leticia Maria
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format76 f.| tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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