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Mudanças nas transações entre produtores de verduras e grandes empresas supermercadistas: um estudo de caso

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Previous issue date: 2011-02-28 / Financiadora de Estudos e Projetos / Leading supermarkets have developed the category of Fruits, Vegetables and Greens (FVG) as a strategy of differentiation. Some companies are promoting changes in the way they source, decreasing the spot market purchase and seeking greater proximity to the productive sector. In operational terms, is highlighted by the use of own distribution centers and tools for performance evaluation. Commercially, the strategy turns to direct relationships with farmers. This process has brought new demands for rural production: economies of scale and scope, regularity and quality of products, adoption of more efficient technologies of production, reorganization of suppliers, etc., especially for small and medium farmers. This process of change has been supported by an expansion of areas of contact, encouraging communication and exchange information, underpinned by the adoption of information systems. Existing studies of transactions between supermarket companies and producers don´t explore the dynamics of changes in transactions and governance relating them to advantages and disadvantages that they entail. Thus, the present work describes the changes in the supply of a large supermarket company, the reflections on the transactions and adjustments made in the structure of governance, while also addressing the advantages and disadvantages for the greens producers and for the company. Primary data were collected from interviews with the company and the suppliers of supermarket responsible for supply stores in São Paulo with fresh greens. Data were analyzed qualitatively. As a result, it was found that changes in the supply structure altered transactions and the organizational form adopted to coordinate them. The approach of the supermarket sector has enabled control over production, driving actions for improvement. For this, the company made use of training programs, auditing and performance tracking tools, elements necessary to supplement the contract that formalizes the transaction. Were found elements of hybrid governances, with predominance of strong leadership from the supermarket company in the adequacy of the productive sector, providing greater adaptability to the agents facing the demands of market. The adoption of a hybrid structure has brought advantages and disadvantages for agents. Access to market information and training programs were among the highlights advantages to the producer. The weakening of the supplier's trademark was a disadvantage identified. For the supermarket company, advantage in controlling the supply was identified. On the other hand, high cost of the control structure was the greater disadvantage. In the perception of agents, advantages outweigh disadvantages. The process of change involved selection of suppliers, excluding those who could not meet minimum requirements. However, informal organizational arrangements have been building among producers and have enabled the inclusion of other actors in the transactions. The study contradicts assumptions that the requirements imposed by supermarket companies are factors of exclusion of suppliers, and highlights its importance in driving positive change in the supply chain of fresh greens. / Empresas supermercadistas líderes vêm desenvolvendo a categoria de Frutas, Legumes e Verduras (FLV) como estratégia de diferenciação. Para isso, algumas empresas vêm promovendo mudanças no modo como se abastecem, diminuindo a compra do mercado spot e buscando maior proximidade com o setor produtivo. Em termos operacionais, ganha destaque o uso de centrais de distribuição próprias e de ferramentas de avaliação de desempenho. Comercialmente, a estratégia volta-se para relações diretas com produtores rurais. Este processo trouxe novas exigências para a produção rural: economias de escala e de escopo, regularidade na disponibilidade e na qualidade dos produtos, adoção de tecnologias mais eficientes de produção, reorganizações entre fornecedores, etc., especialmente para pequenos e médios produtores de verduras. Na condução deste processo de mudanças, houve uma expansão das áreas de contato com o produtor, favorecendo a comunicação e a troca de informações, sustentadas pela adoção de sistemas de informação. Os estudos existentes sobre transações entre empresas supermercadistas e produtores de verduras não abordam suficientemente a dinâmica das mudanças nas transações e na governança adotada para coordená-las, nem as vantagens e desvantagens que delas decorrem. Assim, o presente trabalho descreveu as mudanças na estrutura de abastecimento de uma grande empresa supermercadista, os reflexos sobre as transações e as adequações feitas na estrutura de governança, abordando também as vantagens e desvantagens para os produtores de verduras e para a empresa. Dados primários sobre as transações foram coletados a partir de entrevistas junto à empresa supermercadista e os fornecedores de verduras responsáveis pelo abastecimento das lojas da Grande São Paulo, sendo analisados de forma qualitativa. Como resultado, foi constatado que as mudanças no modelo de abastecimento alteraram as transações e a forma organizacional adotada para coordená-las. A aproximação do setor supermercadista do produtor rural permitiu maior controle sobre a produção, direcionando ações de melhoria. Para isto, a empresa fez uso de programas de capacitação, auditorias e de ferramentas de controle de desempenho, elementos necessários para complementar o contrato que formaliza a transação. Foram encontrados elementos característicos das governanças híbridas, com predominância de forte liderança da empresa supermercadista na adequação do setor produtivo, conferindo maior capacidade de adaptação aos agentes frente às exigências do mercado. A adoção de uma estrutura híbrida trouxe vantagens e desvantagens para os agentes. Acesso às informações de mercado e aos programas de capacitação foram destaques entre as vantagens ao produtor. Já o enfraquecimento da marca do fornecedor foi uma desvantagem identificada. Para a empresa supermercadista, houve vantagens no controle sobre o abastecimento, com desvantagens pelos elevados custos da estrutura de controle. Na percepção dos agentes, as vantagens se sobrepõem às desvantagens. O processo de mudança no abastecimento envolveu seleção inicial de fornecedores, com exclusão daqueles que não conseguiam atender requisitos mínimos. Entretanto, arranjos organizacionais informais vêm se formando entre produtores e têm viabilizado a inserção de outros agentes nas transações. O estudo contraria as suposições de que as exigências impostas por empresas supermercadistas são fatores de exclusão de fornecedores, e valoriza sua importância no direcionamento de mudanças positivas na cadeia produtiva de verduras.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufscar.br:ufscar/3373
Date28 February 2011
CreatorsBonfim, Renato Manzini
ContributorsSouza Filho, Hildo Meirelles de
PublisherUniversidade Federal de São Carlos, Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção, UFSCar, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSCAR, instname:Universidade Federal de São Carlos, instacron:UFSCAR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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