Return to search

Tradução e construção da alteridade : um estudo sobre o monstro Grendel, em Beowulf

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução, 2015. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2015-11-10T15:07:42Z
No. of bitstreams: 1
2015_CandidaLanerRodrigues.pdf: 4046849 bytes, checksum: 9097fc469c1ce76dc49d3c0154357923 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2015-11-19T12:27:58Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2015_CandidaLanerRodrigues.pdf: 4046849 bytes, checksum: 9097fc469c1ce76dc49d3c0154357923 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-11-19T12:27:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2015_CandidaLanerRodrigues.pdf: 4046849 bytes, checksum: 9097fc469c1ce76dc49d3c0154357923 (MD5) / As traduções de um poema medieval como Beowulf podem produzir as mais variadas
interpretações, especialmente quando consideramos a figura da personagem monstruosa de Grendel. Nossa indagação principal, nesta pesquisa, dá-se por estas diferentes perspectivas e abordagens tradutórias que, de realçadas ou sutis divergências demonstradas pelas escolhas
lexicais dos tradutores, poderiam construir, na personagem Grendel, uma alteridade monstruosa diferente a cada versão. Nosso trabalho parte da análise de três traduções do poema para a língua inglesa moderna, a saber: a de Burton Raffel (1963), a de Michael J. Alexander (1973) e a de Seamus Heaney (2000).
A tarefa de comparar a figura monstruosa por meio do vocabulário selecionado pelos
tradutores requer uma análise crítica da construção da identidade monstruosa de Grendel, isto é, sua alteridade. Em nossa pesquisa, tal caminho se deu, inicialmente, a partir de considerações sobre o monstruoso e de como a sociedade da narrativa expõe este atributo da
personagem Grendel. Noutro momento, por tratarmos do léxico apresentado nas sobrevidas do poema, partimos de perspectivas da filosofia da linguagem e de estudos sociais. Tomando a linguagem enquanto forma estrutural, constituída e constituidora do indivíduo em sociedade, é
possível interpretarmos o monstro como um ser-Outro, cuja existência demonstra um desvio por excelência daquilo que o Mesmo elabora sobre e para si. A partir da análise do vocabulário em torno do monstro e do monstruoso, interessamonos pelo uso de nomes (próprio e substantivos) – mais especificamente, os epítetos direcionados à personagem Grendel que são exclusivos a cada uma das três traduções supracitadas, dado o fato de que a nomeação, enquanto uma das diversas funções da linguagem, corroboraria com a organização e a classificação da suposta realidade que rege determinada cultura. Nesse contexto, as escolhas lexicais dos tradutores com relação à criatura Grendel apresentam ao leitor perspectivas diferentes de um mesmo monstro. Enquanto objeto de estudo literário, as disparidades entre traduções poderiam desvelar a escrita subjetiva que construiria distintamente a personagem em foco. Através desse estudo comparativo de traduções, pretende-se também desenvolver uma análise crítica da monstruosidade de Grendel, em Beowulf, que possa, futuramente, ser utilizada para fomentar e auxiliar novas pesquisas, traduções e recriações da obra, uma vez que as leituras e as interpretações nunca se esgotam. Nosso estudo visa, ainda, abordar a literatura no que tange a inter e a multidisciplinaridade, fazendo-a dialogar com outras áreas, como estudos de tradução, filosofia da linguagem e sociologia. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Translations of medieval poems, like Beowulf, may produce various interpretations, specially when the monstrous character's figure is to be considered. This research main inquiry is on these different perspectives and translational approaches which could build on Grendel's character, from heightened or subtle divergences expressed through the translator's lexical choices, a different monstrous alterity for each version of the text. This work analyzes three different translations of the poem into modern English: Burton Raffel's (1963), Michael
J. Alexander's (1973) and Seamus Heaney's (2000). The task of comparing the monstrous figure by means of the translators' selected vocabulary requires a critical analysis on the construction of Grendel's monstrous identity, that is, his alterity. Initially the approach taken in this research was through considerations on the monstrous and how it is perceived and exposed by the society of the narrative. Later on, because the translations' vocabulary is analyzed, perspectives by the philosophy of language
and social studies are introduced. Perceiving language as a structured form, constituted by and constituted of individuals in society, it is possible to interpret the monstrous as an Other being,
whose existence stands for a deviation by excellence of that which the Self elaborates on and to itself.
From the analysis of the vocabulary surrounding the monster and the monstrous, this research focused on the usage of proper, and common nouns. More specifically the epithets directed to Grendel that are exclusive to each of the three translations aforementioned given
the fact that naming, as one of the functions of language, would corroborate with the organization and classification of the supposed reality that conducts certain culture. In this context, the translators' lexical choices regarding creature Grendel present different
perspectives of the same monster. As an object of literary studies, the disparities between translations could unveil the singular creative writing that could build monster Grendel in
distinctive ways. Throughout this comparative study of translations, this work aims to develop a critical
analysis of the monstrosity in Grendel, from Beowulf, that may be utilized in the future to foment and assist new researches, translations and recreations of the poem, since readings and
interpretations are never depleted. Such study aims also to implement the literary approach in regard of inter and multidisciplinary perspectives, making it dialogue with other areas such as
translation studies, philosophy of language, and sociology.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/18775
Date03 August 2015
CreatorsRodrigues, Cândida Laner
ContributorsBarreto, Júnia Regina de Faria
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB
RightsA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data., info:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0021 seconds