Return to search

Caraterização petrográfica, geoquímica e isotópica do sieníto de uruana e suas implicações sobre a gênese do magmatismo sin-tectônico da faixa Brasília

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Pós-Graduação em Geologia, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-12-12T19:13:17Z
No. of bitstreams: 1
2016_SergioAndresReyesSandoval.pdf: 6851217 bytes, checksum: 0297b704a01cf3c62db83bb1774e96c8 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2017-01-11T16:34:56Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2016_SergioAndresReyesSandoval.pdf: 6851217 bytes, checksum: 0297b704a01cf3c62db83bb1774e96c8 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-01-11T16:34:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2016_SergioAndresReyesSandoval.pdf: 6851217 bytes, checksum: 0297b704a01cf3c62db83bb1774e96c8 (MD5) / A Faixa Brasília é um grande cinturão Neoproterozóico que se localiza na parte central do Brasil e é constituído pelas seguintes unidades morfotectônicas (I) uma espessa sequência de rochas sedimentares e metassedimentares Neoproterozoicas, (II) O bloco arqueando Goiás (IV) complexo granulítico Anápolis-Itauçu, e (IV) Arco magmático Neoproterozóico de Goiás. A parte central e sul da Faixa Brasília se caracteriza pela presença de um extenso magmatismo sin- a pós-colisional. O sienito Uruana é um complexo intrusivo composto principalmente por um corpo quartzo sienítico elipsoidal que mede 20x7 quilômetros e está alongado na direção E-W, um corpo alongado na direção NW-SE e alguns stocks subordinados de composição álcali-feldspato sieníticas que afloram a norte do corpo principal e têm até 1 quilômetro de diâmetro, Todos os litotipos do sienito de Uruana apresentam deformação proto-milonítica a milonítica e uma paragênese metamórfica de xisto verde, Esses intrusivos preservam algumas texturas e minerais primários. Os quartzo sienitos representam a principal litologia do corpo principal e se caracterizam por ter uma textura porfirítica definida por fenocristais centimétricos de microclínio envolvidos por matriz fanerítica composta principalmente por edenita, flogopita, k-feldspato quartzo e plagioclásio. Os quartzo sienítos se caracterizam pela presença de enclaves microgranulares (EM) que têm composições que desde granodiorítica até quartzo sienítica e são representados por uma paragênese mineralógica de microclínio, edenita, pargasita, flogopita e em menores quantidades de diopsídio plagioclásio e quartzo. A parte norte do corpo principal é interceptada por diques sin-magmáticos de composições que variam desde ultramáficas a intermediarias. Os diques ultramáficos são principalmente constituídos por flogopita, diopsídio e menores conteúdos de álcali feldspato. Os diques intermediários apresentam uma paragênese mineral similar ao quartzo sienito hospedeiro que é representada minerais essências de álcali felsdpato, anfibólio, flogopita e menores quantidades de quartzo e plagioclásio. Os stocks subordinados são principalmente constituídos por álcali-feldspato sienitos. Mostram textura porfirítica definida por fenocristais de tamanhos centimétricos de microclínio e micro-fenocristais de diopsídio e augita imersos em matriz microfanerítica de k-feldspato, biotita e em menor conteúdo de quartzo e plagioclásio. O sienito de Uruana se caracteriza geoquimicamente por ter ampla variação em SiO2 (45.08 -67.12%) alto conteúdo de K2O (2.25 -8.62 %), altas razões de K2O/Na2O (1.42-4.46), altos enriquecimentos em LIlLE (Ba=270-5897 ppm; Sr=294-2185 ppm) e em terras raras leves (LREE). Características geoquímicas indicam que as rochas do sienito de Uruana têm afinidade potássica a ultrapotásica. Os quartzo sienítos têm assinatura potássica, os diques ultramáficos têm assinatura lamproítica, enquanto os álcali-feldspato sienito têm assinatura minettica e os diques e MMes são rochas ultrapotássicas transicionais. Os quartzo sienitos e os EM tem valores de εNd que variam entre 9.06 -+0.22. Características geoquímicas e isotópicas do Sienito Uruana sugerem que os magmas geradores destas rochas, foram derivados da fusão parcial do manto litosférico heterogêneo metassomatizado com pequenos aportes do manto astenosférico. Idades de U-Pb em zircão indicam que o sienito de Uruana se cristalizou em 614.7±3.1 Ma, essa idade é contemporânea ou pouco mais jovem com o do pico metamórfico da orogenia Brasiliana na porção central da Faixa Brasília, sugerindo que a fusão parcial do manto continental litosférico metassomatizado e o manto astenosférico ocorreu num contexto sin a pós colisional associado a delaminação litosferica. Este processo permitiu a ascensão do manto astenosférico que causou a fusão parcial de pequenas porções do manto astenosférico, por descompressão adiabática e ao mesmo tempo gerou uma anomalia térmica que deu origem a uma fusão extensiva do manto continental heterogêneo metassomatizado. ___________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The Brasília Belt is a large Neoproterozoic orogenic belt in central Brazil consisting of different morphotectonic units: (i) Neoproterozoic supracrustal sequences (ii) the Goiás Archean block (iii) the Anápolis-Itauçu granulite complex and iv) the Neoproterozoic Goiás Magmatic Arc. An extensive syn- to post-collisonal magmatism is present in the central and southern parts of the Brasilia belt. The Uruana syenite represents a complex intrusive composed by a main ellipsoidal body of quartz syenites with dimension of approximately 20x7 km to the west, an elongated body to the east and some peripheral stocks of alkali feldspar granites.of approximately 1 km in diameter located to the NW of the main body, all intrusives body show a green schist metamorphic paragenesis and a proto-mylonitic to mylonitic deformation, preserving primary magmatic textures. Porhyritic quartz syenites represents the most abundant lithology of the main ellipsoidal body. Their texture is characterized by cm-size phenocrysts of microcline in a faneritic matrix composed of edenite, biotite, microcline, and minor quartz diopside, augite and plagioclase. The quartz syenite is characterized by the presence of microgranular enclaves (Mes) with granodioritic to quartz syenitic composition and is represented by microcline, edenite, pargasite, phlogopite, and minor diopside plagioclase and quartz. Syn-magmatic dykes, of ultramafic to intermediate composition cropout in the northern sector of the main body. The ultramafic dykes are mainly constituted of phlogopite, diopside and minor k-feldspar, whereas intermediate dikes have paragenesis similar to the quartz syenitic host. The peripheral stocks are represented by porphyritic alkali feldspar syenite with cm-size microcline phenocrysts and clinopyrexene microphenocryst in a microfaneritic matrix of k-feldspar, phlogopite, and minor quartz and plagioclase. The geochemical composition of the Uruana syenite rocks show wide variation in SiO2 (45.08 to 67.12 wt. %), high K2O content (2.25 to 8.62 wt. %), high K2O/Na2O ratios (1.42 to 4.46), display strong enrichment in LILE (e.g., Ba=270-5897 ppm; Sr=294-2185 ppm) and rare earth elements (LREE). The Uruana syenite rocks have potassic to ultrapotassic affinit i) ultramafic dykes show lamproitic signature, ii) felsic dike and the Mes have transitional ultrapotassic characteristics iii) Alkali feldspar syenite present minette-type signature and iv) syenite have potassic signature. The quartz syenite and the Mes show variable Nd isotopic compositions with εNd values varying from −9.06 to +0.22. Geochemical and isotopic characteristics suggest that the different lithotypes of the Uruana syenite represent magmas derived by partial melting of a heterogeneous Metasomatized Continental Lithospheric Mantle (MCLM) and in minor part of the asthenospheric mantle. The crystallization age of the Uruana syenite of 614.7 ± 3.1 Ma similar to the age of the metamorphic peak in the central part of the Brasilia belt suggesting that the partial melting processes could be related to lithospheric delamination. This mechanism permitted the ascent of hot astenospheric mantle that underwent to small scale partial melting by adiabatic descompresssion and at the same time generated a thermal anomaly that generated a more extensive partial melting of the MCLM.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/22158
Date29 July 2016
CreatorsSandoval, Sergio Andres Reyes
ContributorsMatteini, Mássimo
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB
RightsA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data., info:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0026 seconds