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Efeitos do estresse e da qualidade de sono sobre o reconhecimento de emoções em jovens universitários : um estudo eletroencefalográfico

Dissertação (mestrado)—Fundação Universidade de Brasília, Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal, 2018. / Submitted by Raquel Viana (raquelviana@bce.unb.br) on 2018-07-18T21:20:32Z
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Previous issue date: 2018-07-18 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). / O estresse é definido como qualquer condição externa ou interna que desafia a homeostase de um organismo. Dessa forma, os seus sintomas podem ser observados em diferentes intensidades e estágios de vida (como no âmbito acadêmico), podendo resultar em um impacto tanto físico (fisiológico) quanto psíquico e emocional, afetando, por exemplo, a qualidade de sono, a qualidade de vida e o reconhecimento de emoções. O presente estudo teve por objetivo verificar a autopercepção de estresse, a qualidade de sono, a autopercepção da qualidade de vida, e o objetivos e preocupações pessoais em uma amostra de jovens universitários disposta em dois grupos (“alto estresse e qualidade de sono ruim”, e “baixo estresse e boa qualidade de sono”), bem como comparar o padrão de ativação cortical e o desempenho comportamental em um teste de reconhecimento emocional. Participaram do estudo 31 voluntários (17 do sexo feminino). Com relação às variáveis estresse, sono e qualidade de vida, verificou-se uma correlação significativa, em que altos níveis de percepção de estresse estariam associados a uma piora na qualidade de sono e qualidade de vida. Os resultados também apresentaram diferença significativa (p<0,05) quanto à autopercepção da qualidade de vida geral entre os grupos, bem como uma menor sensação de controle sobre os objetivos pessoais no grupo Alto Estresse Sono Ruim. Os mapas topográficos de ativação cortical para o Teste de Reconhecimento Emocional apresentaram um maior espectro de ativação geral para o grupo com alto nível de estresse e baixa qualidade de sono. Diferenças estatisticamente significativas (p<0,05) para a ativação cortical foram observadas para as frequências (i) teta para as emoções “alegria”, “raiva”, “medo” e “tristeza” entre os grupos, (ii) alfa para as emoções “raiva” e “tristeza”, (iii) beta para a emoção “raiva”. Não foram identificadas diferenças para o ritmo gama. Em relação ao desempenho comportamental quanto ao reconhecimento emocional, foram observadas diferenças no tempo de reconhecimento da emoção “alegria” em relação à todas as outras para o grupo com alto estresse e baixa qualidade de sono, e entre “alegria” e “tristeza”, e “alegria” e “medo” para o grupo baixo estresse sono bom. Não foram encontradas diferenças quanto à porcentagem de acertos (identificação) e ao tempo de reconhecimento entre os grupos. Em relação à valência dos estímulos, a emoção “alegria” foi avaliada como a mais positiva por ambos os grupos, enquanto “raiva”, “tristeza” e “medo” foram avaliadas como mais negativas. Já em relação ao grau de alertamento, “raiva” e “medo” foram avaliadas com maior grau de alertamento, seguidas de “tristeza” e “alegria”. Os resultados eletrofisiológicos permitiram observar diferenças significativas entre os grupos, que eram esperados principalmente pelo prejuízo que pode haver na cognição em decorrência de altos níveis de estresse e da baixa qualidade de sono. O desempenho comportamental no teste não apresentou diferenças significativas entre os grupos, mas sim entre as emoções, sendo a “alegria” a mais rapidamente identificada. Estes resultados complementam os estudos recentes a respeito dos efeitos negativos sobre o reconhecimento emocional em decorrência de variáveis como o estresse e o sono. / Stress is defined as any external or internal condition that challenges the homeostasis of an organism. It symptoms can be observed at different intensities and stages of life (as in the academic period), which can result in a physical (physiological), psychic and/or emotional impact, affecting, for example, sleep quality, quality of life and emotion recognition. The present study aimed to verify perceived stress, sleep quality, self-perception of quality of life, and personal goals and concerns in a sample of university students (arranged in two groups: high stress and poor sleep quality, and low stress and good sleep quality) as well as compare the cortical activation and behavioral performance in an emotional recognition test. Thirty-one volunteers (17 females) participated in the study. Among the variables stress, sleep and quality of life, there was a significant correlation, in which high levels of perceived stress were associated with worsening of sleep quality and quality of life. The results also showed a significant difference (p<0,05) regarding the self-perception of the general quality of life between the groups, as well as a lower sense of control over the personal goals in the group “High Stress and Poor Sleep Quality”. Topographic cortical activation maps for the Emotional Recognition Test presented a broader spectrum of general activation for the group “high level of stress and low quality of sleep”. Statistically significant differences (p <0,05) for cortical activation were observed for frequencies (i) theta for happiness, anger, fear and sadness between the groups, (ii) alpha for “anger and sadness”, (iii) beta for “anger”. No differences were identified for the gamma rhythm. Regarding the behavioral performance during the emotional recognition task, there were differences between the time required to identify "happiness" and all the other emotions for the group “High Stress and Poor Sleep Quality”, and between "happiness" and "sadness", and "happiness" and "fear" for the group “Low Stress Good Sleep Quality”. No differences were found regarding the percentage of correct answers (identification) and the time of recognition between the groups. In relation to the valence of the stimuli, “happiness” was assessed as the most positive by both groups, while “anger”, “sadness” and “fear” were assessed as more negative. Regarding the arousal, “anger” and “fear” were evaluated with a greater degree of arousal, followed by “sadness” and “joy”. The electrophysiological results showed significant differences between the groups, which were expected mainly due to the impairment of cognition due to high levels of stress and poor sleep quality. The behavioral performance in the test did not present significant differences between the groups, but between emotions, with “happiness” being more quickly identified. These results complement recent studies regarding the negative effects of stress and sleep quality in emotional recognition.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/32303
Date28 February 2018
CreatorsBarbosa, Marcos Vinícius Costa
ContributorsTavares, Maria Clotilde Henriques
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB
RightsA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data., info:eu-repo/semantics/openAccess

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