Return to search

A arqueologia Guarani : construção e desconstrução da identidade indigena

Orientador : Pedro Paulo Abreu Funari / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-07-31T15:00:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Oliveira_SolangeNunesde_M.pdf: 8125442 bytes, checksum: a641ad3e8cf46c01ed3ed05bf1f1767c (MD5)
Previous issue date: 2002 / Resumo: A Arqueologia Brasileira voltada para os povos ceramistas tem prevalecido, desde a implementação do PRONAPA, nos anos 1960,como uma metodologia voltada para o apefeiçoamento do trabalho de campo, fortemente influenciada por teorias advindas dos E.U.A, nas figuras de Betty Meggers e Clifford Evans. Com uma grande atenção voltada para as escavações,a partir daquela data houve um considerável crescimento no número de sítios prospectados e escavados. A enorme quantidade de material arqueológico depositado em acervos passou a ser sistematizada e, a partir de então, surgiram as fases e tradições na Arqueologia Brasileira. Este tratamento metodológico dado ao material arqueológico tem prevalecido até nossos dias e, no decorrer de sua história, tem obedecido a um ideal de neutralidade e objetividade, que veio contribuir para o conturbado cenário político brasileiro. Àquela época, os cientistas julgavam-se desvinculados das questões políticas e, conseqüentemente, da sociedade e seus problemas. Atualmente, inseridos em épocas mais engajadas, os cientistas sociais, e arqueólogos, em particular, não devem negligenciar o seu papel na sociedade e a força de suas disciplinas na construção de discursos sobre o social. É neste contexto de reivindicação de mudanças e busca pela auto-consciência, por parte de alguns segmentos cientÍficos,que se insere este trabalho, procurando fazer uma análise crítica da Arqueologia Brasileira, sobretudo aquela que se ocupa do estudo da cultura guarani. Para tanto, as teorias e conceitos utilizados a-criticamente pelos arqueólogos brasileiros, no tocante à cultura indígena, são analisados e, sua adesão a modelos rígidos (como Tradição Tupiguarani e, posterionnente, subtradições Tupi e Guarani) é debatida, fazendo uma crítica à venente da Arqueologia Brasileira que considera válida a equação uma cultura = uma lingua = uma etnia. Seguindo-se a esta crítica, definições de etnicidade, identidade étnica e grupo étnico são apresentadas, ressaltando algumas das teorias que nortearam as pesquisas de taxonomia humana com o passar do tempo, nas Ciências Humanas, em geral, e na Arqueologia, em específico. A dissenação finaliza defendendo a importância de um exame crítico sobre as fundações teórico-metodológicas da Arqueologia, em escala mundial e local, evidenciando a relevância de uma Arqueologia auto-crítica e o seu papel frente aos povos do presente / Abstract: Brazilian archaeology has paid special attention to pottery study since the introduction of the National Programme of Archaeological Research, in the 1960s, mainly concerned with fieldwork This programme was the result of American activities in Brazil carried out by Betty Meggers and Oifford Evans. The main aim was to survey and dig prehistoric archaeological sites and the result was a that the number of know Ilsites increased exponentially. The huge amount
of archaeological material stored in museums enabIed these practitioners to propose phases and traditions in Brazilian archaeology. This approach has been in use up to the present and it has always aimed at scientific neutrality and objectivity, a paradoxical goal in the Brazilian political context. Such scholars considered outside politics and society, far from social and political issues. Nowadays, however, social scientists in general and archaeologists in particular cannot escape social engagement and the social implications of their scholarly discourses. In this context, aiming at an engaged scholarship, this dissertation aims at a critical analysis of Brazilian archaeology, paying particular attention to the study of the Guaranis. I study in a critical way theories and concepts used by Brazilian archaeologists dealing with Indigenous cultures and debate why they adopt such monolithic concepts such as Tupiguarani tradition and subtraditions Tupi and Guarani, criticising their equation culture = Ianguage= ethnic group. In this vein, ethnicity, ethnic identity and ethnic groups are discussed, emphasising taxonomic researches carried out in the Iast decades of the twentieth century in the Humanities and in archaeological studies. This dissenation concludes by stressing the importance of a critical exam of the theoretical and methodological bases of archaeology, in Brazil and world wide, and pIedging for a critica larchaeology engaged with the people / Mestrado / Mestre em História

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/279197
Date02 July 2002
CreatorsOliveira, Solange Nunes de
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Funari, Pedro Paulo Abreu, 1959-, Chevitarese, Andre Leonardo, Martins, Gilson Rodolfo
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format135p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0026 seconds