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O entrelaçamento das identidades étnicas e nacionais : reflexões sobre o campo político e a formação de lideranças Ticuna na fronteira do Brasil e da Colômbia

Souza, Liliana Vignoli de Salvo 17 June 2015 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Centro de Pesquisa e Pós-Graduação sobre as Américas, Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados sobre as Américas, 2015. / Submitted by Raquel Viana (raquelviana@bce.unb.br) on 2015-11-20T19:46:55Z No. of bitstreams: 1 2015_LilianaVignolideSalvoSouza.pdf: 16788277 bytes, checksum: 1a8ba57055488bf6124af9d7e3fe5c36 (MD5) / Approved for entry into archive by Marília Freitas(marilia@bce.unb.br) on 2016-01-23T11:10:18Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2015_LilianaVignolideSalvoSouza.pdf: 16788277 bytes, checksum: 1a8ba57055488bf6124af9d7e3fe5c36 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-01-23T11:10:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2015_LilianaVignolideSalvoSouza.pdf: 16788277 bytes, checksum: 1a8ba57055488bf6124af9d7e3fe5c36 (MD5) / Esse trabalho examina o campo político do povo indígena Ticuna e a formação de suas lideranças políticas, nas cidades fronteiriças de Tabatinga, no Estado do Amazonas, no Brasil e de Leticia, no Departamento do Amazonas, na Colômbia. Investigou-se o campo político no qual atuam as lideranças indígenas nas duas esferas que o compõem: tanto “dentro”, nas relações internas de autogoverno, como “fora”, nas relações com os Estados nacionais. A pesquisa busca compreender o que significa ser uma liderança política Ticuna no alto Amazonas e no alto Solimões nos tempos atuais; como se forma, o que a constitui, que conflitos estão subjacentes a esse papel, como congrega o saber político tradicional e o saber político interétnico. Afinado com as perspectivas teóricas de Cardoso de Oliveira (2000; 2006), Silva (2009) e Baines (2009), este estudo aponta para o reconhecimento de que a nacionalidade e a etnicidade se interseccionam em área de fronteira. As políticas indigenistas do Brasil e da Colômbia e os direitos indígenas constitucionalmente instituídos nos dois países influenciam a expressão política do povo Ticuna. / This paper examines the political field of indigenous people Ticuna besides the formation of their political leaders in the border towns of Tabatinga, in Amazonas State, Brazil and Leticia, Amazonas Department, Colombia. Investigates the political field of indigenous leaders acting in two spheres that comprise it: both "inside", in the internal relations of self-government, as "outside", in relations with national states. The research seeks to understand what it means to be a Ticuna political leadership in the upper Amazon and upper Solimões in modern times; how it forms, what constitutes it, the conflicts that underlie this role, how it gathers traditional political knowledge and interethnic political knowledge. In tune with the theoretical perspectives of Cardoso de Oliveira (2006), Silva (2009) and Baines (2009), this study points to the recognition of the intersection of nationality and ethnicity in the border area. The indigenous policies of Brazil and Colombia and the indigenous rights constitutionally instituted in both countries influences the political expression of the Ticuna people.
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O lago dos espelhos : um estudo antropologico das concepções de fronteira a partir do movimento dos indios em Tefe /AM

Faulhaber, Priscila 02 December 1992 (has links)
Orientador : Roberto Cardoso de Oliveira / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-07-17T09:34:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Faulhaber_Priscila_D.pdf: 8177882 bytes, checksum: 92bf1eabef61d79e826e2f65644f5d05 (MD5) Previous issue date: 1992 / Resumo: Nos propusemos a examinar, nesta tese, a concepção ,de fronteira étnica, definida a partir da manifestação da territorialidade indígena na situação produzida com ademarcação das áreas indígenas (A. I. ) no Médio Solimões. Estabelecemos um exame de diferentes momentos ao longo do tempo, .1985, 1989 e 1991 da organização territorial da A.I. da Barreira da Missão, onde vivem Cocamas, Cambebas e Ticunas Procuramos, a seguir, discutir as concepções, de fronteira nas ciências sociais no Brasil, e identificar como a noção de fronteira aparece no discurso dos atores sociais envolvidos na situação analisada. Considerando os discursos como engendrados em um campo de relações que se transforma historicamente, voltamos nossa reflexão aos documentos históricos e etnológicos que falam das fronteiras e das relações interétnicas na, região estudada, bem como para os relatos indígenas, que focalizamos construindo o nosso problema a partir de uma perspectiva de estudo histórico da antropologia no Brasil / Abstract: In this thesis we propose to examine the concept of ethnical frontier, defined on the basis of the manifestation of the indigenous territoriality as observed in the situation. Produced by the demarcation of the indigenous areas (A.I.) in the middle Solimões. We established an examination of the territorial organization of the A.I. of Barreira da Missão, where Cocamas, Cambebas and Ticunas live. Following we try to discuss the concepts of frontier in the social sciences in Brasil, and to identify how the notion of frontier appears in the speech of social actors involved in the situation analysed. Considering, the speeches as built up in a field of relations that transforms itself historically, we directed our considerations toward the historical and and ethnological documents that talk about frontiers and interethnical relations in the region studied, as wel as on the indigenous reports. These were used to analyse our problem from a perspective of the historical study of anthropology in Brazil / Doutorado / Doutor em Ciências Sociais
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A arqueologia Guarani : construção e desconstrução da identidade indigena

Oliveira, Solange Nunes de 02 July 2002 (has links)
Orientador : Pedro Paulo Abreu Funari / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-07-31T15:00:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Oliveira_SolangeNunesde_M.pdf: 8125442 bytes, checksum: a641ad3e8cf46c01ed3ed05bf1f1767c (MD5) Previous issue date: 2002 / Resumo: A Arqueologia Brasileira voltada para os povos ceramistas tem prevalecido, desde a implementação do PRONAPA, nos anos 1960,como uma metodologia voltada para o apefeiçoamento do trabalho de campo, fortemente influenciada por teorias advindas dos E.U.A, nas figuras de Betty Meggers e Clifford Evans. Com uma grande atenção voltada para as escavações,a partir daquela data houve um considerável crescimento no número de sítios prospectados e escavados. A enorme quantidade de material arqueológico depositado em acervos passou a ser sistematizada e, a partir de então, surgiram as fases e tradições na Arqueologia Brasileira. Este tratamento metodológico dado ao material arqueológico tem prevalecido até nossos dias e, no decorrer de sua história, tem obedecido a um ideal de neutralidade e objetividade, que veio contribuir para o conturbado cenário político brasileiro. Àquela época, os cientistas julgavam-se desvinculados das questões políticas e, conseqüentemente, da sociedade e seus problemas. Atualmente, inseridos em épocas mais engajadas, os cientistas sociais, e arqueólogos, em particular, não devem negligenciar o seu papel na sociedade e a força de suas disciplinas na construção de discursos sobre o social. É neste contexto de reivindicação de mudanças e busca pela auto-consciência, por parte de alguns segmentos cientÍficos,que se insere este trabalho, procurando fazer uma análise crítica da Arqueologia Brasileira, sobretudo aquela que se ocupa do estudo da cultura guarani. Para tanto, as teorias e conceitos utilizados a-criticamente pelos arqueólogos brasileiros, no tocante à cultura indígena, são analisados e, sua adesão a modelos rígidos (como Tradição Tupiguarani e, posterionnente, subtradições Tupi e Guarani) é debatida, fazendo uma crítica à venente da Arqueologia Brasileira que considera válida a equação uma cultura = uma lingua = uma etnia. Seguindo-se a esta crítica, definições de etnicidade, identidade étnica e grupo étnico são apresentadas, ressaltando algumas das teorias que nortearam as pesquisas de taxonomia humana com o passar do tempo, nas Ciências Humanas, em geral, e na Arqueologia, em específico. A dissenação finaliza defendendo a importância de um exame crítico sobre as fundações teórico-metodológicas da Arqueologia, em escala mundial e local, evidenciando a relevância de uma Arqueologia auto-crítica e o seu papel frente aos povos do presente / Abstract: Brazilian archaeology has paid special attention to pottery study since the introduction of the National Programme of Archaeological Research, in the 1960s, mainly concerned with fieldwork This programme was the result of American activities in Brazil carried out by Betty Meggers and Oifford Evans. The main aim was to survey and dig prehistoric archaeological sites and the result was a that the number of know Ilsites increased exponentially. The huge amount of archaeological material stored in museums enabIed these practitioners to propose phases and traditions in Brazilian archaeology. This approach has been in use up to the present and it has always aimed at scientific neutrality and objectivity, a paradoxical goal in the Brazilian political context. Such scholars considered outside politics and society, far from social and political issues. Nowadays, however, social scientists in general and archaeologists in particular cannot escape social engagement and the social implications of their scholarly discourses. In this context, aiming at an engaged scholarship, this dissertation aims at a critical analysis of Brazilian archaeology, paying particular attention to the study of the Guaranis. I study in a critical way theories and concepts used by Brazilian archaeologists dealing with Indigenous cultures and debate why they adopt such monolithic concepts such as Tupiguarani tradition and subtraditions Tupi and Guarani, criticising their equation culture = Ianguage= ethnic group. In this vein, ethnicity, ethnic identity and ethnic groups are discussed, emphasising taxonomic researches carried out in the Iast decades of the twentieth century in the Humanities and in archaeological studies. This dissenation concludes by stressing the importance of a critical exam of the theoretical and methodological bases of archaeology, in Brazil and world wide, and pIedging for a critica larchaeology engaged with the people / Mestrado / Mestre em História
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Mulheres indígenas xerentes : narrativas culturais e construção dialógica da identidade

Sifuentes, Thirza Reis 25 June 2007 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, 2007. / Submitted by Fabrícia da Silva Costa Feitosa (fabriciascf@gmail.com) on 2010-01-14T22:48:24Z No. of bitstreams: 1 2007_ThirzaReisSifuentes.pdf: 1131641 bytes, checksum: 132d8511931eb222b924339f848d11c1 (MD5) / Approved for entry into archive by Lucila Saraiva(lucilasaraiva1@gmail.com) on 2010-01-15T23:40:36Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2007_ThirzaReisSifuentes.pdf: 1131641 bytes, checksum: 132d8511931eb222b924339f848d11c1 (MD5) / Made available in DSpace on 2010-01-15T23:40:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2007_ThirzaReisSifuentes.pdf: 1131641 bytes, checksum: 132d8511931eb222b924339f848d11c1 (MD5) Previous issue date: 2007-06-25 / Grande parte dos estudos hoje disponíveis, que abordam a relação entre gênero, identidade e cultura, refere-se às sociedades urbanizadas. Grupamentos que se caracterizam por outro de tipo de organização e contexto de vida, como os indígenas, permanecem praticamente fora do escopo das investigações, especialmente na Psicologia. Sendo o presente estudo apoiado na abordagem dialógica dos fenômenos psicológicos, concebe-se o desenvolvimento do self e da identidade como fenômeno relacional que apresenta uma face intrapessoal e outra interpessoal, entendendo que essas faces concorrem para a construção de um senso de si coerente, ao longo do tempo. Este trabalho busca contribuir para reverter o cenário acima delineado, investigando como mulheres da comunidade indígena xerente, situada ao norte de Tocantins, posicionam-se sobre a construção de sua identidade e condição feminina, em narrativas sobre suas histórias pessoais e acerca das transformações da cultura de seu povo. Os xerentes passaram a ter contato com elementos da cultura "branca", trazidos especialmente por missões evangelizadoras, há cerca de 200 anos. Hoje, os sistemas semióticos em que se inserem as atividades e valores sociais do grupo aglutinam elementos das duas esferas culturais, caracterizando a cultura xerente como cultura híbrida, em transformação. Participaram da pesquisa, de modo particular, seis mulheres dessa comunidade, com idades de 34 a 48 anos. Foram realizadas observações em contexto e entrevistas narrativas episódicas, que exploraram temas relativos à história cultural (mitos e ritos), ao casamento, ao trabalho, à educação, ao consumo e às perspectivas futuras do grupo a partir das vozes das mulheres. As narrativas das mulheres e os registros de observação foram analisados a partir das "zonas de sentido" identificadas e das vozes que emergiram do diálogo entre pesquisadora e participantes de pesquisa. Os resultados apontam que o processo de construção das identidades e posicionamentos de self das mulheres xerentes assume contornos particulares, no limiar entre as marcas culturais a que estão expostas. De um lado, fatores como a maior escolarização e a assunção de novos papéis políticos, no trabalho, na economia familiar e na relação com o consumo abrem novas zonas de possibilidades para a condição feminina, ao mesmo tempo em que a condição masculina se fragiliza, quando problemas como o desemprego e o alcoolismo passam a afetar os homens do grupo. Essas novas possibilidades, por outro lado, convivem com a reafirmação de posições de gênero bastante tradicionais no discurso das mulheres, no qual os papéis masculinos mais tradicionais são reafirmados, na mesma proporção em que a crescente importância das mulheres na organização social e política presente do grupo tende a ser minorada. Identificam-se potencialidades e desdobramentos futuros deste trabalho, que fornecem uma contribuição à compreensão mais acurada da relação entre aspectos sociais e subjetivos da identidade, das questões de gênero e dos posicionamentos de self em culturas não-hegemônicas; para a maior aproximação entre a psicologia e o contexto sociocultural indígena brasileiro; e a ampliação da compreensão acerca das questões de gênero fora dos centros urbanos. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Great part of the available studies that approach the relationship between gender, identity and culture refer solely to urban societies. Groups characterized by other forms of organization and life context, such as the indigenous societies, remain nearly out of the target of researchers, especially in Psychology. The present study is grounded on the dialogical perspective in the approach of psychological phenomena. In this perspective, the development of the self and identity is conceived as a relational construction in which intra and interpersonal aspects are involved. These aspects concur for the construction of a coherent sense of self, throughout lifetime. This work aims to contribute to overlap some of the inquiries above described. It investigates how women from the Sherente indigenous community – situated in the north of Tocantins – position themselves regard to the construction of their identity and feminine condition, while narrating their personal stories and stories about the cultural transformations that they took part of. The Sherente has been in touch with elements of “the white” culture for more than 200 years, especially by means of Christian missions. Now, the semiotic systems where the activities and social values of the group are inserted agglutinate elements of the two cultural spheres, characterizing the Sherente culture as a transitional hybrid culture. Specifically, six women of the Sherente community from 34 to 48 years old were participants of the research. Observations in context and narrative episodic interviews were the used methods. Through the interviews, this research explored topics related to cultural history (myths and rites), marriage, work, education, and consumption and future perspectives of the group voiced by women. The narratives of the women and the field notes (observations) were analyzed according to the “meaning zones” identified, as well as by the voices emerged in the dialogue between the researcher and the participants. The results lead to the comprehension of the Sherente women process of identity construction and self positioning as assuming particular contours in the threshold of the cultural marks they are exposed to. On one hand, factors as increasing exposure to formal education, as well as the assumption of new political and economical roles in work and family; and the relation with the consumption culture open new zones of possibilities for the feminine condition. At the same time, masculine condition tends to become weaker, when problems as unemployment and alcoholism start to affect the men of the group. These changes, on the other hand, coexist with some of the most traditional gender positions that are now and then reaffirmed in women speeches. Despite the increasing importance of women in social political organization, their positions tend to be less valued than men’s. Potentialities and future possible unfolding were identified in this work: it contributes to the understanding of the relationship between social and subjective aspects of identity, gender issues and self positioning in nonhegemonic cultures, as well as a more intimate link between psychology and Brazilian indigenous social cultural context; and lastly, it stakes for a broader comprehension of gender issues in other contexts than urban centers.
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Identidades fluidas : ser e perceber-se como Baré (Aruak) na Manaus contemporânea

Melo, Juliana Gonçalves 01 1900 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, Programa de Pós-graduação em Antropologia Social, 2009. / Submitted by Elna Araújo (elna@bce.unb.br) on 2010-05-18T19:18:02Z No. of bitstreams: 1 2009_JulianaGoncalvesMelo.pdf: 1368437 bytes, checksum: 0fd7d5e6fa3fdf529a619c752218e9f0 (MD5) / Approved for entry into archive by Daniel Ribeiro(daniel@bce.unb.br) on 2010-05-19T16:56:37Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2009_JulianaGoncalvesMelo.pdf: 1368437 bytes, checksum: 0fd7d5e6fa3fdf529a619c752218e9f0 (MD5) / Made available in DSpace on 2010-05-19T16:56:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2009_JulianaGoncalvesMelo.pdf: 1368437 bytes, checksum: 0fd7d5e6fa3fdf529a619c752218e9f0 (MD5) Previous issue date: 2009-01 / A tese apresenta um panorama sobre a recente retomada da identidade Baré (Aruak), índios originários do rio Negro, Amazonas. Busco responder às seguintes questões: Afinal quem são os Baré? Ainda existe como um coletivo indígena? Estas questões interessam aos próprios Baré, grupo bastante invisibilizado na Etnologia brasileira e considerado extinto em 1979 e, para respondê-las, apoio-me na literatura sobre o grupo, dando ênfase às suas próprias narrativas. Como metodologia, opto pela análise de histórias de vida de um pequeno grupo Baré, hoje inserido na cidade de Manaus. O que têm a dizer sobre o debate? O que pensam sobre sua identidade? Sobre sua condição de índios da cidade? Ao escutálos, revela-se uma noção de identidade essencialmente fluida e dada a transformações constantes já que construída na interação com o outro e transformação do outro em identidade, fato que, inclusive, os transformou nos índios brancos. A intenção da pesquisa, justamente, é descrever o processo. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This thesis paper presents an outlook of the recent recovery of Baré (Aruak) identity, an indigenous group originating from the Negro River, in Amazonas state. An attempt is made to answer the following questions: Who are the Baré after all? Do they still exist as an indigenous group? While addressing these issues, literature about the Baré, who have faded from Brazilian Ethnology, to the point of being considered extinct in 1979, is discussed, with emphasis placed on their own narratives. The chosen methodology is an analysis of accounts of the lives of individuals in a small Baré group, which is currently located in the city of Manaus. What is their opinion in the debate? What do they think about their own identity? What about their status of city-dwelling indigenous people? Lastly, do any of these questions make sense to them? While listening to them, an essentially fluid and constantly changing notion of identity is revealed, since it is built from interaction with the other and transformation of the other into their own identity, a fact which has reached the point of turning them into white indigenous people. The goal of this study is precisely to describe how this process has taken place.
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“Os índios da Serra do Arapauá” : identidade, território e conflito no sertão de Pernambuco

MENDONÇA, Caroline Farias Leal 16 April 2003 (has links)
Submitted by Isaac Francisco de Souza Dias (isaac.souzadias@ufpe.br) on 2016-07-19T18:16:40Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) dissertacao_CarolineFariasLeal_PPGAntrop_2003.pdf: 1993205 bytes, checksum: 353d19881a284d6504bc03f39fa1e6aa (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-19T18:16:40Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) dissertacao_CarolineFariasLeal_PPGAntrop_2003.pdf: 1993205 bytes, checksum: 353d19881a284d6504bc03f39fa1e6aa (MD5) Previous issue date: 2003-04-16 / CAPES / Esta dissertação de mestrado trata de um estudo sobre os processos de construção e afirmação da identidade étnica de um grupo que se autodenomina indígena, espoliado do seu território e inserido num contexto regional marcado pela concentração de terras por famílias que historicamente dominam o cenário político na macrorregião do Sertão do São Francisco e também pela presença do plantio e tráfico da maconha. Estes índios estão localizados na Serra do Arapuá, município de Carnaubeira da Penha, há aproximadamente 500 quilômetros de Recife. Os “índios da Serra do Arapuá”, como chamamos esse grupo étnico para efeito deste estudo, possuem uma relação histórica e de parentesco com os Atikum-Umã (Carnaubeira da Penha) permeada por conflitos e instabilidades expressos nas políticas de aliança, no período do reconhecimento da aldeia Atikum na década de 1940 pelo Serviço de Proteção ao Índio (SPI). E, de ruptura, no período da delimitação e demarcação do território indígena pela Fundação Nacional do Índio (Funai) na década de 1990, que se restringiu à Serra Umã. A análise desse estudo se debruça sobre os mecanismos acionados pelos índios da Serra do Arapuá para a manutenção das fronteiras que os distinguem de seus vizinhos e legitima o direito ao território por eles ocupado tradicionalmente, no qual resistem trabalhando com rendeiros e mantendo vivas suas expressões culturais como a dança do Toré. A pesquisa antropológica realizada possibilitou compreender como o grupo da Serra do Arapuá (re)constrói sua organização sociopolítica, reelabora sua cultura e ressignifica seus valores e signos, considerando os processos de emergência étnica e territorialização vividos no grupo indígena Atikum e o contexto intersocietário no qual estão inseridos. / Esta disertación es un estudio de los procesos de construcción y afirmación de la identidad étnica de un grupo que se hace llamar indigenas, despojado de su territorio y insertado en un contexto regional marcado por la concentración de de tierra por las familias que dominan la escena histórica político en la macro-región del Sertão do São Francisco y también mediante la plantación de tráfico presencia y marihuana. Estos indigenas se encuentran en la Serra do Arapuá, municipio Carnaubeira de la Peña, hay aproximadamente 500 kilómetros de Recife. El "indios de la Sierra Arapuá", como lo llamamos este grupo étnico a los efectos de este estudio, tienen una relación histórica y de afinidad con el Atikum-Umã (Carnaubeira da Penha) marcada por el conflictos e inestabilidades expresadas en la política de alianzas, el período de reconocimiento de la Atikum pueblo en la década de 1940 por el Servicio de Protección a los Indios (SPI). Y, del rotura en el período de la delimitación y demarcación de las tierras indígenas por la Fundación Nacional del Indio (FUNAI) en la década de 1990, que fue restringida a la Sierra Umã. El análisis de este estudio se centra en los mecanismos desencadenados por los indios de la Sierra Arapuá para mantener las fronteras que los distinguen de sus vecinos y legitima el derecho de lo territorio que han ocupado tradicionalmente, en los que se resisten a trabajar como agricultores del alquiler y mantener sus expresiones culturales vivas como la danza Toré. La investigación antropológica realizada nos permite comprender cómo el grupo de la Sierra Arapuá reconstruye su organización socio-política, vuelve a trabajar su cultura y replantea sus valores y signos, teniendo en cuenta los procesos de etnogénesis y territorialización experimentados en grupo indígena Atikum y el contexto intersocietário en la que se insertan.
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Os indios aldeados no Rio de Janeiro colonial : novos suditos cristãos do Imperio Portugues

Almeida, Maria Regina Celestino de 20 December 2000 (has links)
Orientador: John Manuel Monteiro / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-07-27T02:59:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Almeida_MariaReginaCelestinode_D.pdf: 30419106 bytes, checksum: 12f4224092eb5ae92fe13e23cc1d0cc3 (MD5) Previous issue date: 2000 / Resumo: Este trabalho pretende analisar o papel dos índios integrados à colonização, entendendo-os como grupo étnico-social específico construído no interior das aldeias através da experiência compartilhada com grupos étnicos e sociais diversos. Insere-se numa linha de pesquisa interdisciplinar que partindo da concepção de cultura histórica tem repensado as relações de contato entre os índios e os colonizadores. A partir dessa concepção é possível entender que colaborar com os europeus e aldear-se podia significar uma forma de resistência adaptativa, através da qual os povos indígenas re-socializavamse, reelaborando valores, culturas e tradições no contato cotidiano das aldeias repleto de tensões, negociações e conflitos entre todos os agentes sociais ali envolvidos. Sem negar a violência da colonização sobre os povos indígenas, a pesquisa visa a enfatizar o papel das aldeias no processo de re-socialização dos índios, entendendo-as, pois, como espaço que além de português e cristão foi também dos índios, no qual encontraram as possibilidades de recriar suas histórias, culturas e identidades. Uma vez aldeados, os índios tornavam-se súditos cristãos do Rei, adquiriam direitos e deveres e passavam a vivenciar uma nova situação na qual aprendiam novas práticas culturais e políticas que manejavam com considerável habilidade. As evidências empíricas sobre as aldeias e os índios no Rio de Janeiro colonial permitem afirmar que, apesar de terem softido imensas perdas e prejuízos, nos quais se incluem altíssima mortalidade e várias etnias extinta&,os povos indígenas reunidos nas aldeias foram capazes de rearticularam-se social e culturalmente, entre si e com outros grupos, assumindo a nova identidade que lhes havia sido dada ou imposta pelos colonizadores: a de índios aldeados, súditos cristãos de Sua Majestade. Nessa condição, identificavam-se e eram identificados até o início do século XIX, quando ainda lutavam para garantir o mínimo de direitos que a legislação lhes permitia / Abstract: This thesis analyzes the role of Indians in colonial society in Portuguese America, showing how they comprised a specific ethnic and social group that emerged within the Indian villages (aldeias) through a process of shared experience between themselves and other ethnic and social groups. The study adopts an interdisciplinary focus that considers culture as an historical product, an approach which has ieldedencouraging results in the study of relations between Indians and colonizers throughout the Americas. Based on these new insights, it becomes possible to rethink the Indians' acts of "collaborating" with Europeans and of participating in missionary villages as forms of adaptive resistance, in which they could reconstitute their values, cultures and traditions through a process of resocialization. This process can be identified in the daily life of the villages and it included a great deal of tension, conflict and negotiation between the different social agents it involved. While this study does not seek to diminish the violence and harm that colonization inflicted upon the Indians, it seeks to emphasize that the Indian villages were not only Christian and Portuguese spaces, but also Indian ones, where they faced the challenge of rebuilding their histories, memories and identities. Once assigned to the villages, the Indians became the King's Christian vassals with specific rights and duties and they began to perform new cultural and polítical activities, which they were able to manage with great ability. The evidence on Indians and their villages in colonial Rio de Janeiro demonstrates that despite the great losses, which included high mortality and the disappearance of several ethnic groups, the various indigenous polities that were grouped together within the villages were able to rearticulate themselves with others in both social and cultural terms. In doing so, they adopted the new identity that the colonizers had imposed upon them: the identity of "índios aldeados" (village Indians), Christian vassals of Ris Majesty. That was the way they would identify themselves and also be identified by others until the beginning ofthe nineteenth century, when they were still fighting for the few rights coloniallegislation had given them / Doutorado / Doutor em Antropologia
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Milho massa, koshma e caiçuma : um percusso etnográfico no desenvolvimento sustentável dos Manxineru : do passado ao presente

Manchineri, Lucas Artur Brasil 26 May 2017 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Centro de Desenvolvimento Sustentável, 2017. / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2017-12-05T19:36:03Z No. of bitstreams: 1 2017_LucasArturBrasilManchineri.pdf: 5054953 bytes, checksum: 9d8fc49c0c31a9322aab2d86c717732c (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana (raquelviana@bce.unb.br) on 2018-02-07T16:27:42Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2017_LucasArturBrasilManchineri.pdf: 5054953 bytes, checksum: 9d8fc49c0c31a9322aab2d86c717732c (MD5) / Made available in DSpace on 2018-02-07T16:27:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2017_LucasArturBrasilManchineri.pdf: 5054953 bytes, checksum: 9d8fc49c0c31a9322aab2d86c717732c (MD5) Previous issue date: 2018-02-07 / Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR). / Nesta dissertação apresento uma descrição do desenvolvimento sustentável tradicional do povo Manxineru, que é um povo de origem Aruák, cujo habitat situa-se no sudeste do Estado do Acre, na fronteira do Brasil com o Peru e a Bolívia. Os dados que compõem esta dissertação vêm sendo coletados, organizados, analisados e sistematizados desde minha pesquisa realizada durante a minha formação no Ensino Médio, realizado na Comissão Pro-índio do Acre. A pesquisa continuou durante a minha graduação, na Universidade Federal do Acre, Campus de Cruzeiro do Sul, concluído em 2014, e foi aprofundada durante meus estudos no Mestrado em Sustentabilidade de Povos Tradicionais. Traço um panorama da sustentabilidade do meu povo, mostrando que ela já era vivenciada nas raízes da nossa história mais antiga, como parte indissociável de nossa organização social, do nosso modo de ver e viver nossa cultura, se perpetuando em uma perspectiva coletiva, através de um processo de transmissão em que o que vem pelas palavras é alimentado pela prática, em que prevalece o respeito pela natureza que nos dá a água e a vida. Mostro que os animais foram os grandes mestres do ensinamento de nossa cultura e que as fronteiras entre homem e animal muitas vezes se fundem. Finalmente, argumento que, na atualidade, preocupados com o futuro das novas gerações e com a continuidade da sobrevivência física e cultural, nós, os Manxineru, buscamos associar o nosso conhecimento milenar a novas estratégias de sustentabilidade para assegurarmos o nosso futuro. / In this dissertation I present a description of the traditional sustainable development of the Manxineru people, from Aruák origin, whose present day habitat is located at the southeast of the State of Acre, on the borders of Brazil, Peru and Bolivia. The data that compose this dissertation have been collected, organized, analyzed and systematized since my research conducted during my training in High School, held at the Pro-Indian Commission of Acre. The research continued during my graduation, at the Federal University of Acre, Campus of Cruzeiro do Sul, completed in 2014, and was deepened during my studies in the Master in Sustainability of Traditional People. I draw a panorama of the sustainability of my people, showing that it was already lived in the roots of our earliest history, as an inseparable part of our social organization, of our way of seeing and living our culture, perpetuating itself in a collective perspective, through a process of transmission in which what comes from words is nourished by practice. The Manxineru respect for nature prevails, since it gives us water and life. I show that animals were the great masters of the teaching of our culture and that the boundaries between man and animal are often fused. Finally, I argue that, currently, concerned with the future of the new generations and with the continuity of our physical and cultural survival, we, the Manxineru, seek to associate our millenary knowledge with new sustainability strategies to ensure our future. / HKAYAHOXIKOWAKA: Xiye nyonatanru pnete yakaklewatatshri hiwekaklewatatshri wyehiko hwatshrikaka manxinerune hixanukakako, klutshinanu halikaka wuyakaxyawaka harawakwu, há hkanipretshijnekajyawaka hakri tshijne, pero há polihya. Pahixanune halukaluru piranakaka xye yonawahlomta hikakalurupa há rapatjepiranatka, ruhlepokotka, hetjetka hiyrunu ruhle potuktalexikowaka waleni netjepiranaxinitkalu papkoni nyimaka kanatkoklunutka payrine yimaklewleya, Comissão Pro-índio do Acre kamhalerukaka. Há pnute hyapiranaxywaka netjepiranaxywaklu kratowasawo nkamhakanaxinitka honiwesutaxi weterawo hakriya, kampo krosuyro to soya, nikatlu 2014 hwalapni, há hipnute pnutpotu netjexinitkalu nimatkalewaxyawaka meshtratoya pnute yakaklewatatshriya hepixlewatatshri hosha hwatshineya. Nuhlepokpiranatlu hyikhixyawakaplu pnute hyiywakapna nonerune, rekakhitanru wkamhajejekanatanru wutsrukatenni kamhajekanatanru hyinuwaklekawaya runkakletpiranatanruna mitshikawa, psojikaka wkamahjekanatanru wipotshi ptohkakaya, wixannu psojite hiwekle mitshikawni, ralpokokanaxikowakpatka satu kamhapiratkaluru ptowrueneko ptohiya, há hkamhajexikowakaka hakakhitanru wenejikolu há klunerukta wimwa há klunerukta tokantshi hinikatshri há mixkotko hkamhikowakaya halikakpotuko, há hmixkoxikowakapa ho hkahwakpiraxikowakapa hosha honha weneksatjerukaka hiyrunu hiwekluni. Rekakhitanru hosha hwatshine hejnunkaka tsru jimatkalerune rixyawakna há hyimaklewaxyawakna hixa wixannuyako há hejnune yoptoxyawaklu hejnune himatkalu ho yine há hejnune rupalaxyawaka wipoktshikakaya. Hmahlemutka, nixkoxyaplu tshinanu klue, há xawakni , kojwawaktshikakapa xyepnuthohnepatka hinamtshineya maklujine poktshirkakaya reweklekakayapna riwekleyna há rixannuynakaka, wixanuko, manxinerunwu wapanru, wapaxjexyaplu wixako wimatkale mitshikawalutu herotu shinikantshi kamhakalurupa wimwanruko wimiwekanrupa hakashixyawakaplu xye pnute wiwejinrupa.
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O reordenamento político e cultural do povo kokama : a reconquista da língua e do território além das fronteiras entre o Brasil e o Peru

Rubim, Altaci Corrêa 22 April 2016 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-06-28T16:32:23Z No. of bitstreams: 1 2016_AltaciCorrêaRubim.pdf: 14418514 bytes, checksum: dda44f71d19f682242cfeb00b2d42016 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2016-07-25T18:57:10Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2016_AltaciCorrêaRubim.pdf: 14418514 bytes, checksum: dda44f71d19f682242cfeb00b2d42016 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-25T18:57:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2016_AltaciCorrêaRubim.pdf: 14418514 bytes, checksum: dda44f71d19f682242cfeb00b2d42016 (MD5) / O conteúdo desta tese se insere na linha de pesquisa de Política Linguística, desenvolvida no Centro de Estudos Lexicais e Terminológicos (Centro Lexterm), da Universidade de Brasília (UnB). O objeto de estudo é a língua Kokama. A meta da pesquisa é apresentar o reordenamento político e cultural do povo Kokama: a reconquista da língua e do território além das fronteiras entre o Brasil e o Peru. O campo empírico é o povo Kokama além das fronteiras. Nesse reordenamento, os agentes sociais se reorganizam formando um movimento coletivo em prol da reafirmação da identidade, da reconquista, do território e da vitalização da língua. Nesse sentido, o principal objetivo foi analisar os diferentes processos de territorialização da língua Kokama na Amazônia e seus efeitos sobre as formas organizativas consolidadas, primordialmente sobre a língua, a partir de mobilizações étnicas do seu povo. A pesquisa de campo foi realizada em três etapas, nos períodos de 2013, 2014 e 2015 na Amazônia brasileira e peruana. A metodologia seguida considerou princípios de etnografia, segundo Almeida (2014), que retrata o mapeamento situacional, em vista de uma nova cartografia, que rompe com as formas de mapear os territórios realizados pela geografia; também Calvet (2007), Morello (2015) e Oliveira (2015) que assentam seus pensamentos na Política Linguística. Hinton (2007) nos direciona para o método de revitalização de línguas em perigo de extinção, pelo método denominado Mestre-Aprendiz e o de Vallejos Yopán e Yuyarima Chota (2002) nos forneceu ricas informações sobre a elaboração de materiais elaborados pelo Formabiap que focam a metodologia de ensino da língua Kokama como L2. Nessa perspectiva, essas metodologias nortearam a elaboração dos materiais didáticos da língua Kokama que consta nesta Tese bem como as decisões políticas tomadas. O resultado foi a criação da coletânea composta de três volumes, denominada de “Yawati Tinin”, de oito histórias em quadrinhos e dois livros paradidáticos. Além da proposta metodológica para o ensino e a aprendizagem da língua Kokama, desenvolvemos um aplicativo para celular android denominado “Kokama Tradutor”. Os materiais produzidos nesta pesquisa preenchem parte da lacuna de uma política linguística voltada para uma língua em vitalização e ainda contribuem para incentivar outros povos a uma tomada de decisão em ter suas línguas de volta ao cotidiano, assim como chamar a atenção à falta de Políticas Linguísticas para línguas em perigo de extinção. _______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The content of this thesis is included in the Language Policy research line, developed in the Lexical and Terminological Studies Center (Lexterm Center), from the University of Brasilia (UnB). The object of study is the Kokama language. The goal of the research is to present the political and cultural reordering of Kokama people: the reconquest of the language and the territory beyond the borders between Brazil and Peru. The empirical field is Kokama people across borders. In this reordering, social actors organize themselves to form a collective movement for reaffirmation of identity, reconquest of the territory and vitalization of the language. In this sense, the main objective was to analyze the different processes of territorialization of Kokama language in the Amazon and its effects on the consolidated organizational forms primarily on the language, from ethnic mobilization of its people. The field research was carried out in three stages, in the periods 2013, 2014 and 2015 in the Brazilian and Peruvian Amazon. The methodology considered principles of ethnography, according to Almeida (2014), who depicts the situational mapping, in view of a new cartography, which breaks with the ways of mapping the territories held by geography; also Calvet (2007), Morello (2015) and Oliveira (2015) who based his thoughts on Language Policy. Hinton (2007) directs us to the language revitalization endangered method, by the method called Master- Apprentice; and that one by Vallejos Yopán and Yuyarimam Chota (2002) provided us with rich information about the preparation of materials prepared by Formabiap that focus on teaching methodology of Kokama language as a second Language (L2). From this perspective, these methodologies guided the preparation of teaching materials of Kokama language contained in this thesis and the political decisions taken. The result was the creation of the collection with three volumes, called "Yawati Tinín", with eight comic books and two paradidactic books. In addition to the methodological approach to Kokama language teaching and learning, we have developed an android mobile application called “Kokama translator”. The materials produced in this research fill part of the gap of a language policy focused on a language in vitalization and also helps to encourage other people to a decision-making to have their languages back to daily life, as well as draw attention to the lack of Language Policy for languages in danger of extinction. _______________________________________________________________________________________________ IKUAKƗRATUPA / Ajanka ikuatupakɨra Wɨkan Kumitsa Kokama, ajanka Centro de Estudos Lexicais e Terminológicos (Centro Lexterm) Ikua Uka Brasiliakuara. Aipuka Kumitsa mama katupe. Ajanka Kuatiaran Ikuatupa Kokama: Mutsapɨrɨka kuatiaran ya chira Yawati Tinin wepe, Yawati Tinin mukuika eay Yawati Tinin mutsapɨrɨka. Ajanka tsa kuatiaraka ɨmɨnan ɨmɨntsaranua, putsa kuatiaran ɨmɨntsaraka: Karuara-ajan kakɨrɨ unikuara ya chirara Karuara unikuara kakɨrɨ tɨma ya umanu yapetsui ya uri tsa kakɨrɨ enemuki tuyukakuara yapetsui utsu unikuara yara kakɨrɨ yeai utsu; Kutipa-ajan tɨma ya kutipa era ya tsukuara tserakuara tɨma ya ikua ajan tɨma ya era tɨma yeai aikua tsukuara erakari tɨma ya aikua tsukuara; ɨtsɨwatsu yawatimuki-wepe ɨtsɨwatsu purara yawatiui, yaepe tana ɨmɨntsaraka yapetsui ɨtsɨwatsu kumitsaui: ima yawati, yapai tsanikaka. Yapai yapana, ta enemuki; Kururu waina-wepe kuarachi wepe waina yawachima uka awa kamatataraminu wepe uka awanu kamatataraminu; Puka waina-wepe kuarachi wepe waina yawachima wepe ritamakuara; Yawati Tinin-wepe kuarachi wepe waina tipiri ya ukakuara tɨma ya umi wepe yawati ya yuti (mukuika) ɨwɨrakuara; Kunumi umari eay yatsɨkɨra- tsa chikari kanatamuki penu ajanka kuara tsa umitsen, tsa umitsen animareminu tsaminu tsura ajan tsa chikari animareminu era penu ipurkaratsen. Amua mukuika kuatiaran ya chirara Ta/Etse Kumitsa Kokama eay wepe Kumitsatata kuatiaraka kumitsa Kokama. Aipuka penu ritama Kokama katupe, aipuka penu kumitsa Kokama kakɨrɨ. Aipuka yapai utsu wata yumitawarakanamuki yapai yumi ajan awakana eretse yapai ini mainani ini tuyuka. Ajan ini ɨwɨrati ini ɨpatsu, ini penu mata etse kakɨrɨtsen. Ya ini mainani ini tuyuka. Ini tuyuka awɨrana aruka umanuta. Ini ɨpatsu ini timata ini unikuara. Ini ɨwɨraminu, animareminu. Ajan awanu uri umanutatara ini tuyukakuara, ini mama, ini animareminu, nimare emete uparumanuta, ini animare upi ya tseta tuyuka.
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Transformações Karajá : os “antigos” e o “pessoal de hoje” no mundo dos brancos

Nunes, Eduardo Soares 13 May 2016 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, Programa de Pós-graduação em Antropologia Social, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-09-01T19:14:04Z No. of bitstreams: 1 2016_EduardoSoaresNunes.pdf: 17184721 bytes, checksum: 1ce391cd356c6a2f5891bb20619a2f0e (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2016-10-03T22:36:09Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2016_EduardoSoaresNunes.pdf: 17184721 bytes, checksum: 1ce391cd356c6a2f5891bb20619a2f0e (MD5) / Made available in DSpace on 2016-10-03T22:36:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2016_EduardoSoaresNunes.pdf: 17184721 bytes, checksum: 1ce391cd356c6a2f5891bb20619a2f0e (MD5) / Essa tese trata da transformação no e do universo inỹ por meio do intercruzamento de dois contrastes, quais sejam, aquele entre o espaço residencial feminino (ix ỹ) e o pátio ritual masculino (ijoina), e aquele entre o “tempo dos antigos” e o “tempo do pessoal de hoje”. Guiado pelo primeiro contraste, desenvolvo uma etnografia sobre produção de parentesco – que tem lugar fundamentalmente no espaço residencial – e transformação ritual masculina como modos de ações voltados em sentidos opostos. A partir desse material, apresento uma série de elementos que apontam para uma associação entre feminino e humanidade, de um lado, e masculino e alteridade, de outro. O segundo contraste se faz presente ao longo de todo o texto e, em alguns lugares, experimento com certas possibilidades de transformação estrutural que alguns de seus elementos específicos colocam – como entre aldeias circulares (jê-bororo) e lineares (Inỹ), e do “virar branco” como uma transformação análoga àquela que, para uma pessoa viva, a morte implica. _________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This thesis deals with transformation in e of the Inỹ world by the intersecting of two contrasts, namely that between female residential space (ixỹ) and male ritual plaza (ijoina) and that between “the time of the ancient people ” and “the time of today’s people”. Guided by the first contrast, I develop an ethnography of both the making of kinship – which has residential space as its ground – and male ritual transformation as modes of actions that work in opposite directions. I extract from that material a series of evidence that point to an association between femaleness and humanity, by the one side, and maleness and alterity, by the other. The second contrast makes itself present all the way through the text, and in some places I experiment with certain possibilities of structural transformation that some of its specific elements bring forth – as that between circular villages (jê-bororo) e linear villages (Inỹ) and that of “white becoming” as a transformation analogous to that which death implies to a living person.

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