Return to search

Análise de fatores relacionados à resistência ao tratamento com drogas anti-epilepticas em epilepsia de lobo temporal mesial / Analysis of factors related to anti-epileptic drug resistance in mesial temporal lobe epilepsy

Orientadores: Fernando Cendes, Íscia Lopes-Cendes / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-18T00:02:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Bilevicius_Elizabeth_D.pdf: 3815616 bytes, checksum: 984636c562a41b059889857b7a8b2037 (MD5)
Previous issue date: 2011 / Resumo: O objetivo foi realizar uma análise multifatorial dos aspectos clínicos e de ressonância magnética (quantitativos e qualitativos) relacionados à resistência ao tratamento com drogas anti-epilépticas (DAES) em pacientes com epilepsia de lobo temporal mesial e melhor caracterizar o grupo de resposta intermediário a DAES, aqui denominado remitente-recorrente. Foram incluídos 165 pacientes e divididos em 3 grupos de acordo com a resposta medicamentosa: 50 respondedores (31 mulheres) , 87 não respondedores ao uso de DAES (53 mulheres) e 28 remitentes-recorrentes (17 mulheres) . Estes foram avaliados quanto à idade, freqüência de crises e idade no início destas, presença de crises febris, presença e lateralidade da atrofia hipocampal à análise visual, fatores precipitantes e DAES utilizadas. A quantificação dos volumes hipocampais foi realizada através de volumetria manual pelo software DISPLAY e as comparações dos volumes médios de ambos os hipocampos foi realizada entre os 3 grupos e 30 controles sadios por ANOVA. As imagens de ressonância magnética também foram avaliadas através da técnica de Morfometria Baseada em Voxel (VBM) com o software SPM 5 (Statistical Parametric Mapping)/MATLAB 7.7.0, comparando os três grupos com 75 indivíduos normais e entre si através de Teste -T. Observamos que idade de início das crises foi menor (p=0,005) e a freqüência das crises ao início foi maior (p=0,018) em farmacorresistentes quando comparado aos outros 2 grupos. As DAES mais utilizadas foram a carbamazepina e o clobazam (em associação) em todos os grupos. As doses de carbamazepina utilizadas foram maiores em farmacorresistentes (p<0,001) e remitentes-recorrentes (p=0,02) em comparação aos responsivos. Em relação ao clobazam, observamos dose significativamente maior somente nos farmacorresistentes em comparação aos outros dois grupos (p=0,017). A comparação da média dos volumes hipocampais entre os 3 grupos e controle evidenciou diferenças somente entre farmacorresistentes e controles bilateralmente (esquerda ,p = 0,004; direita, p=0,02). A análise por VBM evidenciou atrofia de substância cinzenta em todos os grupos. No grupo farmacorresponsivo tal atrofia foi mais restrita a áreas ipsilaterais ao foco epileptigênico, ao passo que nos grupos farmacorresistente e remitente-recorrente esta atrofia apresentou-se mais difusa. A comparação entre os grupos evidenciou as seguintes áreas com maior redução de substância cinzenta nos grupos farmacorresistente e remitenterecorrente quando comparados aos farmacorresponsivos: frontal periorbital bilateral (p<0,01), cíngulo (p<0,05) e temporal contralateral ao foco epileptogênico (p<0,05). Desta forma, observamos que embora as características clínicas demonstrassem mais similaridades entre os grupos respondedor e remitente-recorrente, a análise de VBM mostrou redução de substância cinzenta mais difusa em farmacorresistentes e remitentesrecorrentes. Assim pudemos observar que as variáveis clínicas relacionadas ao pior prognóstico foram idade e freqüência de início de crises. Em relação às variáveis estruturais, embora a atrofia de substância cinzenta (SC) se apresentasse mais difusamente em pacientes de pior resposta medicamentosa, também ocorre em áreas extra-hipocampais e mesmo extratemporais em pacientes considerados farmacorresponsivos mesmo que ipsilateralmente ao foco epileptogênico. Por último, conseguimos caracterizar clínica e estruturalmente o grupo remitente-recorrente, observado na prática clínica, porém até então muito pouco reconhecido na literatura / Abstract: The objective of the present work was to investigate the relationship between brain MRI and clinical characteristics and patterns of antiepileptic drug (AED) response in patients with mesial temporal lobe epilepsy (MTLE).In order to do that,one hundred sixty five MTLE patients were divided into seizure-free with AED (50 AEDresponders, 31 women), 87 pharmacoresistants (53 women), and 28 remitting-relapsing seizure control group (17 women). All groups were evaluated regarding age, frequency of seizures and age at epilepsy onset, duration of epilepsy, febrile seizures (FS), presence and side of hippocampal atrophy on visual inspection (HA), initial precipitating injuries (IPIs), type and quantity of AEDS used. The right and left hipoccampi from 99 patients belonging to all three groups (43 pharmacoresistants, 31 pharmacoresponsive and 25 remitting-relapsing subjects). were submitted to manual morphometry by DISPLAY software (Brain Imaging Centre, Montreal, Canada) as well as hipoccampi selected from 30 healthy controls. The calculated mean from those hipoccampi were compared within subjects and with controls. For gray matter (GM) MRI voxel-based morphometry (VBM) we selected only patients with unilateral HA on visual MRI analysis (n=100). Comparisons were made between all groups and 75 healthy controls. Age at epilepsy onset was lower (p=0,005) and initial frequency of seizures was higher in pharmacoresistants compared with the other two groups (p=0,018). The most used AEDS were carbamazepine and clobazam (always in association). The highest carbamazepine dose was observed in pharmacorresistants (p<0,001) and remitting-relapsing group (p=0,02). The highest dose of clobazam occurred only in pharmacoresistant group (p=0,017). The comparison between the mean hippocampi volumes from three groups and controls showed differences only on the pharmacoresistants left (p=0,004) and right(p=0,02) hippocampus comparing to controls. All groups showed GM atrophy compared to controls in ipsilateral hippocampus, bilateral parahippocampal gyri, frontal, occipital, parietal and cerebellar areas. In the AED-responders group such findings were more restricted to areas ipsilateral to the epileptic focus and more widespread in pharmacoresistants and remitting-relapsing groups. VBM pairwise comparisons showed areas with GM volume reduction in pharmacoresistants and remitting-relapsing compared with AED-responders in bilateral periorbital frontal (p< 0,01), cingulum (p<0,05), and temporal lobe contralateral to the epileptic focus (p< 0,05). We may conclude that, pharmacoresistants and remittingrelapsing patients presented a similar pattern of GM atrophy which was more widespread compared with AED-responders on VBM. We could also observe that age at epilepsy onset was lower (p=0,005) and initial seizure frequency was higher in pharmacoresistants / Doutorado / Neurociencias / Doutor em Ciências

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/309306
Date02 September 2011
CreatorsBilevicius, Elizabeth
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Lopes-Cendes, Íscia Teresinha, 1964-, Cendes, Fernando, 1962-, Betting, Luiz Eduardo Gomes Garcia, Guerreiro, Marilisa Mantovani, Sakamoto, Americo Ceiki, Júnio, Veriano Alexandre
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Médica
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format155 p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0027 seconds