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Consultas em seis centros de controle de intoxicações do Brasil : analise dos casos, hospitalizações e obitos

Orientador: Flavio Ailton Duque Zambrone / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-07-26T04:55:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2000 / Resumo: Nos últimos anos, o aumento na disponibilidade e uso de substâncias químicas têm acarretado riscos para a saúde humana. No mundo são utilizadas em tomo de 100.000 substâncias químicas na composição de, aproximadamente, um milhão de produtos comerciais. Em geral, as pessoas estão expostas a doses pequenas como conseqüência do uso cotidiano, contaminação ambiental e dos alimentos ou, às vezes, de exposições maciças, inclusive mortais, por intoxicação acidental ou intencional ou em catástrofes com produtos químicos. No Brasil, como nos demais países, a magnitude do problema das intoxicações é desconhecida e constitui um desafio para os responsáveis da toxicovigilância. Um banco de dados foi criado a partir do registro padronizado nos CCls dos Hospitais Universitários de Belo Horizonte (MG), Campinas (SP), Florianópolis (SC), Londrina (PR), Maringá (PR) e Ribeirão Preto (SP) no período de 1994 a 1997. Foram estudados os casos, hospitalizações e óbitos por intoxicação ou envenenamento envolvendo medicamentos, animais peçonhentos, praguicidas, produtos de uso doméstico, produtos de uso industrial, drogas e plantas. Das 75.717 consultas realizadas, foram estudados 64.453 casos, 10.862 hospitalizações e 367 óbitos. O coeficiente de casos de intoxicação nos municípios é de 161,4 por 100 000 habitantes, sendo que o maior foi registrado em Maringá, com 426,1. Nas hospitalizações é de 22,2 por 100.000, com destaque para Ribeirão Preto, com 36,7. A taxa de mortalidade é de 4,7 por milhão, com predomínio de Rio do Sul (SC), com 31,4. Nos casos e hospitalizações as crianças menores de cinco anos (principalmente os meninos de dois, um e três anos) são as mais afetadas, seguidas dos grupos de 15-19 e 20-24 anos. Nos óbitos os grupos etários mais freqüentes são, em ordem crescente, 25-29, 30-34 e 20-24 anos, com predomínio do gênero masculino. Nos casos os agentes que mais se destacaram foram os animais peçonhentos, medicamentos e praguicidas; nas hospitalizações os medicamentos, praguicidas e animais peçonhentos; 52,3% dos óbitos foram causados por praguicidas, 20,0% por medicamentos e 9,1% por animais peçonhentos. A taxa de letalidade é de 0,57%, sendo a maior causada por praguicidas, com 2,27%. Os dados padronizados dos CCls mostram que as intoxicações e envenenamentos são um problema de saúde pública e, além disso, permitem o conhecimento das mudanças do seu perfil epidemiológico, podendo direcionar as atividades de pesquisa, prevenção e capacitação dos pro~ssionais de saúde / Abstract: In the last years, the increasement in the availability and chemical substances use has brought potential risks to human hea1th. In the world there are used approximately 100,000 chemical substances in the composition of about a million commercial products. In general, people are exposed to small doses by daily use, environmental and food contamination or, some instances, massive or even fatal exposure through a single accidental or intentional poisoning or chemical disaster. In Brazil, as in other countries, the magnitude of the poisoning problem is not known and it constitutes a challenge for the responsible ones of the toxicovigilance. A data base was created ftom the standardized records of Belo Horizonte (MG), Campinas (SP), Florianopólis (SC), Londrina (PR), Maringá (PR), and Ribeirão Preto (SP) university hospitals Poison Control Centers (PCCs), in the period of 1994-1997. Poisoning-related cases, hospitalizations and deaths involving pharmaceuticals, poisonous animals, pesticides, household products, industrial products, drugs, plants or mushrooms were studied. Df the 75,717 consultations carried out, 64,453 cases, 10,862 hospitalizations and 367 deaths were studied. The municipal poisoning cases rate is 161.4 per 100 000 population, the greater was registered in Maringá, with 426.1. The hospitalizations rate is 22.2 per 100,000, Ribeirão Preto standing out with 36,7. The mortality rate is 4.7 per million, Rio do Sul (SC) standing out with 31.4. In cases and hospitalizations, children less than 5 years of age (mainly boys oftwo, one and three years) are the most affected, followed by the groups of 15-19 and 20-24 year of age. Among deaths the groups most ftequent are, in ascending order, 25-29, 30-34 and 20-24 years of age, with male predominance. Poisonous animals, pharmaceuticals and pesticides ~e the most ftequent toxicants among cases; pharmaceuticals, pesticides and poisonous animals among hospitalizations. Pesticides accounted for 52.3% of alI fatalities, pharmaceuticals for 20.0% and poisonous animals for 9.1%. The fatality rate is 0.57% and pesticides showed the highest rate with 2.27%. The standardized data of PCCs shows that poisoning and envenomations are a public health problem, and it can provide an important contribution to the understanding of its epidemiological profile resulting in the development of research, prevention and training programs for lay public and health professional / Doutorado / Doutor em Saude Coletiva

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/309357
Date04 June 2000
CreatorsAlonzo, Herling Gregorio Aguilar, 1961-
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Zambrone, Flavio Ailton Duque, 1953-
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format290p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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