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Efeito da proteinorrauia e da celularidade liquorica na duração efetiva do sistema de derivação ventricular em crianças

Orientador: Eliana de Melo Barison / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-03T23:02:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2004 / Resumo: Introdução: Em pacientes hidrocefálicos submetidos à derivação liquórica, habitualmente não se instala sistema interno de derivação ventricular quando a proteína e a celularidade do líquor estão elevadas. Não há informação suficiente na literatura médica que permita avaliar se essa conduta se justifica. Objetivo: Averiguar se a duração efetiva do sistema de derivação ventricular sofre redução com o aumento dos valores de proteinorraquia e de celularidade do líquor no momento de instalação do sistema. Métodos: Foram revisados prontuários de 150 crianças internadas, no período 1992 a 2000, para tratamento de hidrocefalia, sendo selecionados para o estudo 197 procedimentos de derivação ventricular. A avaliação do efeito dos níveis liquóricos de proteína e células sobre a duração efetiva do sistema foi realizada por regressão de Cox, observando-se como variáveis intervenientes: idade, idade gestacional, etiologia da hidrocefalia, ordem de episódios de derivação, intervalo de tempo desde a implantação do sistema interno anterior e duração da derivação ventricular externa (DVE). O efeito de cada uma das variáveis independentes foi estudado individualmente e em regressão multivariada. Essa análise foi realizada separadamente para procedimentos de derivação nos diferentes momentos de instalação do sistema: 1a derivação (99 casos), após complicação mecânica (63 casos) e após complicação infecciosa (35 casos). Cada criança contribuiu com apenas um procedimento para cada grupo. Para cada um desses momentos, a análise foi repetida para as diferentes possibilidades de evento terminal definidor da duração do sistema: complicação subseqüente mecânica, subseqüente infecciosa e ambas. Resultados: No momento 1a derivação, nenhuma das variáveis analisadas interferiu significantemente na duração do sistema. No momento pós-complicação mecânica, a duração do sistema foi reduzida quando intervalo anterior era menor que 6 meses, tanto quando a variável é considerada separadamente como quando entre as outras covariáveis na regressão multivariada (RR: 2,73; IC95%: 1,18 ¿ 6,30; p: 0,019). A proteinorraquia maior que 200 mg/dl, analisada tanto separadamente como em conjunto, foi responsável por diminuir a duração do sistema (RR: 7,88; IC95%: 1,10 ¿ 56,45; p: 0,04) quando se considera como evento terminal apenas a complicação subseqüente infecciosa. No momento pós-complicação infecciosa, foram estatisticamente significantes, na análise multivariada, proteinorraquia (RR: 7,73; IC95%: 1,80 ¿ 33,18; p: 0,006), idade menor que 6 meses (RR: 9,39; IC95%: 2,36 ¿ 37,44; p: 0,0015) e duração da DVE maior que 15 dias (RR: 0,06; IC95%: 0,01 ¿ 0,34; p: 0,0014) quando considerados como evento terminal ambos os tipos de complicação subseqüente. Esses resultados permanecem válidos quando a falência do sistema se deve a complicação subseqënte infecciosa, mas não quando considerado o evento terminal a complicação subseqüente mecânica. Conclusão: A celularidade liquórica não influenciou na duração do sistema, dentro das condições desse grupo de pacientes; a proteinorraquia elevada mostrou-se um fator de mau prognóstico para a duração do sistema estando associada à complicação subseqüente infecciosa / Abstract: : In hydrocephalic patients needing Central Nervous System (CNS) shunting system, this system is usually not reintroduced while the protein dosage and the cell count in CSF are high. It is not possible to evaluate if this practice is correct, as there is not enough information in the medical literature. Objective: To assess the contribution of high leukocyte count, erythrocyte count and protein dosage in CSF, at the moment of shunting procedure, as prognostic factors for the effective duration of CSF shunt system. Methods: From 150 children undergoing shunting procedure between 1992 and 2000, 197 ventricular CSF samples were divided into 3 groups according to the situation in which they were obtained: 99 were drawn at the moment of the installation of the first shunt; 63, at the moment of the installation of a new shunt because of an obstructive complication; and 35, at the moment of the installation of a new shunt after the treatment of an infectious complication. Each patient contributed with only one sample to each group. The evaluation of the effect of protein and cell levels in the CSF on the effective duration of the new system was done by Survival Analysis, taking as potentially confounding variables: the age when CSF was obtained, sex, gestational age, etiology of the hydrocephalus, time passed since the last shunting, number of previous complications and duration of the external ventricular drainage (evd). Each one of the potential risk factors was analyzed separately for the effect on the shunt duration. To evaluate interactions between the risk factors, the multivariate Cox regression analysis (provided by the SPSS for Windows 10.0 program) was employed. This analysis was done separately for each group according the moment of shunt installation. For each moment, the analysis was repeated for the different possibilities of terminal event: subsequent obstructive complication, subsequent infectious complication and both. Results: At the moment of first shunt, none of the studied variables was correlated in a statistically significant way with the shunt duration. At the moment of shunting after obstructive complication, the shunt duration was reduced when the previous interval was less than 6 month (RR: 2,73; CI95%: 1,18 ¿ 6,30; p: 0,019). The CSF protein > 200 mg/dl, when evaluated individually or by multivariated analysis, was implicated in reduction of shunt duration (RR: 7,88; CI95%: 1,10 ¿ 56,45; p: 0,04) until a infectious subsequent complication. At the moment of shunting after infectious complication, there were three statistically significant variables: CSF protein > 200 mg/dl (RR: 7,73; CI95%: 1,80 ¿ 33,18; p: 0,006), age < 6 month (RR: 9,39; CI95%: 2,36 ¿ 37,44; p: 0,0015) and evd duration > 15 days (RR: 0,06; CI95%: 0,01 ¿ 0,34; p: 0,0014). These results was valid for the shunt failure attributed to infectious subsequent complication. Conclusion: The high levels of the CSF cells, within the observed ranges, are not risk factors to the CSF shunt failure. The CSF protein concentration > 200 mg/dl is a risk factor for shunt failure associated with infectious subsequent complication / Mestrado / Saude da Criança e do Adolescente / Mestre em Saude da Criança e do Adolescente

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/311411
Date03 August 2018
CreatorsSouza, Erika Cristian Camargo de
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Barison, Eliana de Melo, 1951-, FIlho, Venancio Pereira Dantas, Silva, Ana Eliza Stoconi Mendes da
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format100fl. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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