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Screening de deglutição na fase aguda do acidente vascular cerebral : uma análise dos preditores clínicos da disfagia / Swallowing screening in acute stroke : an analysis of the clinical predictor of dysphagia

Orientador: Li Li Min / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-25T16:12:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Resumo: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a principal causa de morbi-mortalidade no Brasil, tendo a disfagia como uma importante sequela. A disfagia é responsável por complicações como pneumonia, desnutrição e desidratação. Atualmente, o screening é a forma de avaliação mais difundida para identificar de maneira rápida os pacientes com risco de disfagia na fase aguda do AVC. O objetivo da pesquisa é identificar a presença de disfagia orofaríngea na fase aguda do AVC, determinando sua frequência, relação com a gravidade do AVC e seus preditores, a partir da proposta de um screening. Trata-se de estudo de corte transversal e de abordagem quantitativa, aprovado pelo CEP, envolvendo a avaliação da deglutição nas primeiras 72 horas do AVC. Foram incluídos pacientes consecutivos admitidos na Unidade de Emergência Referenciada de um hospital terciário do Estado de São Paulo entre abril/2012 e agosto/2013, com presença de AVC único em qualquer topografia cerebral, sendo o diagnóstico de AVC determinado por avaliação neurológica e confirmado por TC e/ou RM de crânio. Foram excluídos pacientes cujo AVC havia ocorrido há mais de 72 horas, com evidência de AVC prévio, com história de doenças neurológicas ou psiquiátricas, com disfagia prévia, em intubação orotraqueal, em estado de coma ou com rebaixamento do nível de consciência. A coleta de dados ocorreu por meio da caracterização do perfil sócio-demográfico e clínico, história pregressa, fatores de risco, dados referentes ao AVC, avaliação neurológica (NIHSS), aplicação de um screening de deglutição, realização do exame videoendoscopia da deglutição, aplicação de escalas de classificação da disfagia e classificação da funcionalidade da deglutição. O screening utilizado foi desenvolvido para o estudo e constou de duas etapas: a primeira englobando variáveis cognitivas, de fala/linguagem e estruturas envolvidas no processo de deglutição; e a segunda, observação funcional da deglutição nas consistências pastosa, líquida e sólida, respectivamente. Foi utilizado um sistema binário de escore para a classificação dos itens do screening e, ao final, os pacientes foram divididos em dois grupos: disfágicos e não disfágicos. Participaram do estudo 100 pacientes, 53 do sexo masculino, média de idade 64 anos (dp=15), 87 com AVC isquêmico. 56 pacientes apresentaram disfagia. Os pacientes disfágicos apresentaram idade e NIHSS mais elevados do que os não disfágicos. Houve correlação entre a gravidade do AVC e a disfagia, indicando que a gravidade do comprometimento neurológico também acompanha a gravidade na deglutição. Os melhores preditores individuais para a disfagia foram alterações na mobilidade e força de língua, lábios e bochechas, NIHSS?7, disartria e não orientação no tempo e no espaço. A melhor combinação de preditores inclui idade, NIHSS, disartria, ausência de vedamento labial e não orientação no tempo e no espaço. O screening apresentou sensibilidade e especificidade de 84%. O estudo ressalta a alta frequência de disfagia nas primeiras horas do AVC. Os preditores clínicos encontrados podem ser úteis na identificação dos pacientes com risco de disfagia na fase aguda do AVC e, assim diminuir a incidência de morbi-mortalidade, prevenindo as complicações pulmonares decorrentes de aspiração. O screening desenvolvido demonstrou bom equilíbrio entre seus parâmetros psicométricos / Abstract: Stroke is a leading cause of mortality and disability in Brazil, and dysphagia is one of the most important sequels. Dysphagia is associated with clinical complications, such as pneumonia, malnutrition, and dehydration. Screening is the most popular and valid tool to quickly evaluate dysphagia in acute stroke. Furthermore, reliable clinical predictors improve patients` management, and allows preventive measures. The aims of this study are to identify the presence of oropharyngeal dysphagia in acute stroke, to determine dysphagia frequency and its relationship with stroke severity, and to determine the clinical predictors of oropharyngeal dysphagia in acute stroke from a proposed 2-step dysphagia screen. This is a transversal and quantative study, approved by the Ethical Committee of the University, which involves swallowing evaluation up to 72 hours after the onset of the stroke symptoms. We included consecutive inpatients admitted to the Emergency Unit of a public tertiary hospital in Brazil between April 2012 and August 2013 with diagnosis of first stroke. The diagnosis of stroke was determined by a neurologist and confirmed by CT and/or MRI. Exclusion criteria comprise patients with stroke over to 72 hours, previous stroke, history of other neurologic or psychiatric diseases, previous dysphagia, orotracheal intubation, coma or with decreased level of consciousness. Data were gathered from socio-demographic factors, clinic history, risk factors, stroke data, neurological severity (NIHSS), screening tool, fiberoptic endoscopic evaluation of swallowing, dysphagia severity, and functional oral intake scale. The swallowing screening test was developed for this research and included 2-steps. The first one involves cognitive, speech/language, and structural variables, whereas the second step considers observation during swallowing of pudding, water, and a piece of cookie, sequentially. A binary scoring was used to classify the screening items, and, after that, based on the screening results, patients were categorized into two groups: dysphagic and non-dysphagic. A hundred patients were screened, 53 were male, mean age 64 years old (SD=15), and 87 presented ischemic stroke. Fifty-six patients presented dysphagia. Dysphagia was more frequent in patients with higher age and NIHSS score. Findings showed correlation between stroke severity and dysphagia. The 6 best simple predictors of the presence of dysphagia were tongue, lips and cheeks movement and strength impaired, NIHSS?7, dysarthria, and disorientation. The combination of variables age, NIHSS, dysarthria, lips not sealed, and disorientation was associated with dysphagia in the multivariable analysis. The sensitivity and specificity of the screening were both 84%. The study confirms the high frequency of oropharyngeal dysphagia in acute stroke. The identification of the clinical predictors is important for specific therapies and management strategies, and, consequently, for decreasing morbidity and mortality rates, and preventing pulmonary complications. The screening demonstrated a good balance between psychometric parameters / Mestrado / Fisiopatologia Médica / Mestra em Ciências

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/312813
Date25 August 2018
CreatorsBahia, Mariana Mendes, 1985-
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Li, Li Min, 1964-, Min, Li Li, 1964-, Cendes, Fernando, Chun, Regina Yu Shon, Dantas, Roberto Oliveira
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Médica
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format116 p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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