Return to search

Contribuição ao estudo da relação ciclo menstrual e crises epileticas : aspectos clinicos eletrencefalgraficos e exames subsidiarios

Orientador : Marcelo de Carvalho Ramos / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-07-14T23:48:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Guerreiro_CarlosAlbertoMantovani_D.pdf: 2845785 bytes, checksum: 870aa3f7e6141fdab8d216d02aa3fca1 (MD5)
Previous issue date: 1988 / Resumo: Entre outubro de 1984 e abril de 1987, realizamos estudo descritivo de 80 pacientes epilépticas crônicas. Acompanhamos prospectivamente pacientes epilépticas que: freqüentavam o Ambulatório de Epilepsia do HC-UNICAMP, não apresentavam distúrbio comportamental ou retardo mental evidentes, eram consideradas "retornos" no ambulatório, estavam na menacme, apresentavam crises epilépticas não controlado só pareceram a quatro sessões com intervalos semanais para colheita de amostras de soro e realização ,de EEGs. O objetivo do trabalho foi descrever neste grupo de pacientes a relação entre o ciclo menstrual e crises epilépticas observando variáveis clínicas e exames subsidiários. Descrevemos detalhadamente as características sócio-econômicas, os aspectos relacionados ao ciclo menstrual, a caracterização das epilepsias e os dados dos exames complementares. Os principais resultados da relação crise epiléptica e ciclo menstrual foram: a) Maior incidência das crises epilépticas no sexto final do ciclo menstrual, isto é, no período pré-menstrual. Este resultado não dependeu do número de ciclos analisados (menos do que cinco versus cinco ou mais). b) Encontramos 19, 30 e seis pacientes com piora peri-menstrual severa, moderada e leve conforme caracterização adotada, de um total de 59 pacientes com pelo menos três ciclos menstruais analisados. Apenas quatro pacientes não tiveram ciclos com piora peri-menstrual. c) Não houve diferença na distribuição das crises epilépticas das pacientes segundo a caixa etária. d) As pacientes com 11 ou mais anos de doença têm tendência à piora pré-menstrual, o que não ocorreu com as pacientes que apresentavam um a 10 anos de doença e) A freqüência das crises epilépticas não mostrou ser fator importante nas pacientes com piora das crises no período pré- menstrual f) A referência prévia de piora das crises próxima à menstruação não mostrou ser um dado relevante, uma vez que não houve diferença estatisticamente significante entre o grupo de mulheres que referiu relação das crises com a menstruação e o grupo que não referiu. g) As pacientes que apresentaram apenas crises tônico-clônicas generalizadas não tiveram maior tendência de piora peri-menstrual que as pacientes com apenas crises parciais. h) As pacientes cujas Tomografias Computadorizadas Cranianas (TCC) foram anormais tiveram tendência a ter crises no período pré-menstrual. i) As pacientes com EEGs anormais tiveram mais crises no período pré-menstrual quando comparadas com as pacientes com EEGs normais. j) Encontramos seis, 21 e 17 pacientes com piora ovulatória severa, moderada e leve, conforme caracterização adotada, de um total de 59 pacientes com pelo menos três ciclos menstruais analisados. Quinze pacientes não tiveram ciclos com piora ovulatória. k) Não encontramos no EEG maior incidência de atividade epileptiforme por unidade de tempo no período pré, menstrual ou peri- menstrual quando comparados ao restante do ciclo menstrual em 51 pacientes, cujos EEGs permitiram o estabelecimento de tal índice. l) Não houve diferença das dosagens séricas de fenitoína, fenobarbital e carbamazepina no período peri-menstrual quando compara das com o restante do ciclo menstrual. m) Não encontramos correlação significante entre o índice de anormalidades epileptiformes no EEG e o índice estrógeno/progesterona. Os nossos dados foram discutidos à luz da literatura disponível. Os nossos achados sugerem que os hormônios sexuais femininos modifiquem a excitabilidade cortical, particularmente quando há um prévio comprometimento anatômico evidente (TCC) ou funcional (EEG). / Abstract: This prospective study purpose with the a was assessing the seizures and relationship between epileptic menstrual From October 1984 through April 1987(a 30 cycle period) we studied 80 patients from the Outpatient Department of "Hospital das Clínicas or the University or Campinas (UNICAMP)", Campinas, São Paulo, Brazil. We selected mentally healthy women at menacme age, chronic epilepsy and at least one seizure in the month preceding last visit. They underwent four EEG's and weekly blood tests during one month. Most of the patients belonged to lower socio-economic classes. The prevalence or premenstrual syndrome and dysmenorrhea essentially the same as in the general population, according 1iterature. Most of the seizures were partial with secondary generalization and many were intractable.CT scan of the skull was done in 57 patients (71.25%) and all the patients had four EEG's. Forty-five patients on monotherapy had serum drug level determination. Sixty-nine patients had stradiol and progesterone blood levels checked. The main conclusions may be summarized as follows: a - There is a higher incidence of seizures in the premenstrual period. b - Age did not influence the distribution of seizures during the menstrual cycle. c - Patients with 11 or more years of disease showed more accentuation of pre mentrual seizures than patients with 10 or less years of disease. d - Patients with abnormal skull CT scans had more accentualion of premenstrual seizures than patients w1th normal exams. e - Patients with abnormal EEG's had more premenstrual seizures than patients wilh normal exams. f - The frequency of seizures out of the premenstrual period did not influence the occurence of premenstrual seizures. g - A previous complaint of accentualion of seizures during the premenstrual period did not make any difference between patienls who realized or did not realize this fact. h - Nineleen patients showed severe, 30 patients moderate and six patients mild exacerbation of premenstrual seizures, whi1e only four patients showed no exacerbation during this period.118 i - Six patients showed severe, 20 patients moderate and 17 patients mild accentuation of seizures during ovulation, while, 15 patients showed no ovulatory accentuation. j - There was no difference in premenstrual seizure frequency between patients presenting generalized tonic-clonic seizures and patients with partial seizures. k - Fifty-one patients showed no difference in the frequency of EEG epileptiform discharges between the premenstrual period and the rest of the menstrual cycle; me were able to formulate an EEG ihdex (number of spikes by second). l - There was no statistical difference in the blood levels of phenobarbital, phenytoin and carbamazepine between the premenstrual period and the rest of the menstrual cycle. m - The EEG epileptiform discharge index and the estradiol/progesterone index showed no correlation. We discussed our data in the light of the available literature. Our findings suggested that the female sexual hormones change the cerebral cortical excitability, particularly when there is an underlying structural pathology(as revealed by CT scan) or an electrical cerebral dysfunction (as revealed by EEG). / Doutorado / Doutor em Ciências Médicas

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/312855
Date20 September 1988
CreatorsGuerreiro, Carlos Alberto Mantovani, 1951-
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Ramos, Marcelo de Carvalho, 1951-
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format173 f., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0026 seconds