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Virus do enrolamento da folha da videira no Brasil : caracterização atraves de estudos serologicos e de microscopia eletronica

Orientador: Jorge Vega / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-20T18:44:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1995 / Resumo: Este trabalho teve como objetivo contribuir a um melhor conhecimento da moléstia do Enrolamento da Folha da Videira (EFV) presente no Brasil, e em todos os países vitícolas. Diversas evidências indicam a etiologia viral do EFV, entre elas a capacidade de transmissão por enxertia e a sensibilidade do patógeno à termoterapia. Além dessas características, diferentes partículas de vírus (alongadas e isométricas) têm sido isoladas de plantas de videira afetadas pelo EFV. o método aceito para diagnosticar a moléstia, consiste na enxertia do material a ser testado em variedades indicadoras para o enrolamento da folha, porém a leitura confiável dos sintomas induzidos na planta indicadora é realizada num período de 2-3 anos após a enxertia. Usando técnicas ligadas à serologia, pode-se melhorar as condições para o diagnóstico deste vírus, por testes mais rápidos que os de indexação por enxertia em variedades indicadoras. Durante o desenvolvimento deste trabalho, observou-se através de testes de microscopia eletrônica, uma maior concentração do vírus em tecido caloso de videira, obtido in vitro, em relação à concentração encontrada nas folhas e hastes da própria planta. A fim de se obter dados que contribuíssem para um melhor conhecimento da moléstia do EFV presente no Brasil e facilitar as condições de diagnóstico, foram estudados os seguintes aspectos: 1) possibilidade do uso de tecido caloso obtido in vitro a partir de tecidos de videira com EFV, como modelo, para estudo e manutenção do vírus; 2) citopatologia do tecido caloso à nível de microscopia eletrônica; 3) avaliação da relação serológica existente entre as partículas virais do tipo closterovirus detectadas em calos de videira com enrolamento da folha através de testes de microscopia eletrônica de imunoadsorção utilizando anti-soros preparados para o Vírus do Enrolamento da Folha da Videira (VEFV) e para o Vírus da Tristeza dos Citros (VTC); 4) detecção de partículas virais do tipo closterovirus em amostras semipurificadas de folhas de videira em variedades indicadoras (Pinot Noir e LN-33) e não-indicadora do EFV (Seibel 2) e 5) tentativas de transmissão mecânica do vírus do enrolamento da folha da videira para a hospedeira herbácea Nicotiana benthamiana. Outro aspecto estudado neste trabalho se refere à perpetuação do vírus através da cultura in vitro ao longo de várias repicagens do calo. Condições diferentes de temperatura e luminosidade também foram avaliadas, visando estabelecer diferenças no desenvolvimento do calo e na concentração do vírus. Os resultados deste estudo mostraram que o vírus detectado, associado ao EFV, se multiplica ativamente nas células do tecido caloso de videira. A citopatologia observada nos calos de videira afetadas pelo EFV é característica de infecção por closterovirus. O estudo das partículas virais associadas ao EFV pela técnica de tecido caloso in vitro mostrou-se útil devido à rapidez da formação do tecido caloso, diminuição do risco de contaminação das amostras, e especialmente pela baixa atividade de oxidases das células do calo. Para manutenção do vírus por períodos prolongados não se mostrou eficiente. Com relação ao efeito da luminosidade e temperatura, não foram observadas diferenças significativas no desenvolvimento do calo e na concentração do vírus. Os testes de transmissão mecânica para hospedeira herbácea Nicotiana benthamiana foram negativos. A técnica de ISEM feita com materiais semipurificados de folhas, mostrou ser um teste adequado e rápido para o diagnóstico da doença, quando comparada com a indexação por enxertia em variedades indicadoras. Os resultados das técnicas de ISEM, decoração e do teste de F(ab')2 ELISA, mostraram que o isolado do VEFV estudado neste trabalho é predominantemente do tipo IH. Os anti-soros preparados para os isolados tipos I e H somente reagiram nos testes de ISEM e decoração, indicando uma relação serológica muito fraca com o vírus estudado. Pôde-se concluir que o EFV é uma doença complexa, onde parecem estar envolvidos vários componentes virais, sendo que um deles mostrou relação serológica com o VTC, como observado nos testes de ISEM com decoração / Mestrado / Biologia Vegetal / Mestre em Ciências Biológicas

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/315196
Date31 July 1995
CreatorsScagliusi, Sandra Maria Mansur
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Vega, Jorge, 1945-
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Biologia, Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format62f. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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