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Variações no conteudo e na composição de frutanos em rizoforos de Vernonia herbacea (Vell.) Rusby

Orientador: Sonia Machado de Campos Dietrich / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-13T23:54:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1991 / Resumo: Vernonia herbacea é uma espécie de Asteraceae, herbacea perene, nativa do cerrado, que apresenta um órgão subterrâneo denominado rizóforo, que atua como órgão de reserva, chegando a armazenar até 80% do seu peso seco em frutanos, além de possibilitar a propagação vegetativa da espécie. Variações no conteúdo e na composição dos frutanos foram estudadas em plantas de V. herbacea em diferentes estádios fenológicos. Os frutanos encontram-se distribuidos em uma série homóloga, cujos componentes sofrem variações nas diferentes épocas. Um aumento de frutose na floração evidenciou a ocorrência de despolimerização das cadeias de frutanos. Entre a brotação e a floração ocorreu também uma diminuição marcante no conteúdo total de frutanos, sugerindo sua translocação para a parte aérea que se encontrava em crescimento intenso. Os níveis desses compostos foram restabelecidos durante o verão quando as condições ambientais favoreceram o seu acúmulo e o aumento no GP das moléculas presentes na fração de polifrutanos. O período de dormência nestas plantas, que coincide com o inverno, também foi marcado por um aumento significativo no conteúdo de frutanos, embora não tenha sido acompanhado, neste caso, de aumento no GP médio dos polifrutanos. Estas alterações parecem ser favorecidas pela diminuição da temperatura e da precipitação pluviométrica que ocorrem na região do cerrado
durante o inverno, aliadas a uma parada de crescimento das plantas e subsequente entrada das mesmas em senescência. Amido também foi encontrado nos rizóforos, embora em
concentrações baixas, em todos os estádios fenológicos estudados. A propagação vegetativa desta espécie, obtida por brotação do rizóforo, ocorre independentemente do conteúdo inicial de frutanos nesses tecidos. A velocidade e a porcentagem de brotação foram maiores nas fases de brotação e floração, provavelmente devido às condições fisiológicas das gemas, naturalmente induzidas à brotação pelas condições ambientais prevalescentes neste período, em oposição ao encontrado nas demais fases analisadas. Variações no conteúdo e na composição de frutanos foram verificadas também durante o crescimento de novas plantas, em fragmentos iniciais de rizóforos e nas novas ramificações deste órgão, formadas durante esse período. Essas plantas que foram cultivadas em canteiros do Instituto de Botânica, em São Paulo, passaram por 2 ciclos de crescimento durante o período de 26 meses, tendo apresentado estádios de desenvolvimento bem definidos e sincronizados com o observado em plantas crescendo naturalmente no cerrado. Nos fragmentos iniciais de rizóforos ocorreu uma diminuição marcante no conteúdo de polifrutanos ao longo do período analisado, demonstrando a intensa utilização destes compostos durante o desenvolvimento de novas plantas. Estes fragmentos, a partir dos quais os ramos aéreos e subterrâneos (rizóforos jovens) são formados, parecem assumir nestas condições o papel de caule, sem função armazenadora de compostos de reserva. Através destes, portanto, os produtos fotoassimilados são transportados para o sistema subterrâneo em crescimento e em ocasiões nas quais
a parte aérea atua como região de dreno metabólico (brotação e floração), uma parte dos compostos armazenados nos rizóforos é hidrolizada e translocada no sentido inverso.
Os rizóforos novos apresentaram um conteúdo inicial baixo de polifrutanos, demonstrando estar este órgão em fase de formação, atingindo valores elevados durante a fase de dormência das plantas, e baixos durante a brotação e a floração. Essas variações foram semelhantes às observadas em plantas coletadas no cerrado. As variações nos conteúdos de oligofrutanos observadas nos rizóforos jovens ocorreram no sentido inverso ao dos polifrutanos e mostraram que uma maior disponibilidade dos oligofrutanos coincidiu com fases de crescimento intenso da parte aérea, sendo seguidas de fases de maior crescimento do órgão subterrâneo. As variações no GP médio das cadeias de polifrutanos não acompanharam as variações nos níveis desses compostos, exceto em plantas crescendo naturalmente no cerrado no final do verão (estádio vegetativo) e em rizóforos jovens em fase de formação e
acúmulo de frutanos / Doutorado / Biologia Vegetal / Doutor em Ciências Biológicas

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/315589
Date08 July 1991
CreatorsCarvalho, Maria Angela Machado de
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Dietrich, Sonia Machado de Campos
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Biologia, Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format[118]f. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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