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Efeitos da hipoxia e do oxigenio hiperbarico nos modelos in vitro e in vivo da leishmaniose

Orientador: Selma Giorgio / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-02T22:39:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2003 / Resumo: As infecções, em geral, provocam mudanças na pressão parcial de oxigênio tornando o microambiente tecidual hipóxico (oxigenação diminuída). O fluxo sangüíneo alterado, a isquemia e a proliferação de células e microrganismos infectantes são alguns dos fatores responsáveis pela hipóxia associada às infecções. Os macrófagos se adaptam a ambientes hipóxicos, alterando o metabolismo, a produção de linfocinas pró-inflamatórias e as atividades exo, endo e fagocíticas. A lesão causada pelo parasita Leishmania amazonensis tem as características que levam a hipóxia tecidual, como a presença de um grande número de amastigotas em divisão, a migração de células inflamatórias, as infecções secundárias com bactérias aeróbicas e anaeróbicas e as mudanças no fluxo sangüíneo tecidual. Assim, analisamos neste trabalho o papel da hipóxia no modelo in vitro da infecção com L. amazonensis e investigamos os possíveis mecanismos de reversão deste ambiente na evolução da lesão na leishmaniose murina, utilizando a terapia com oxigênio hiperbárico. A cultura de macrófagos J774 incubada com amastigotas em ambiente hipóxico (5% de O2) apresentou diminuição da porcentagem de células infectadas quando comparada ao controle normóxico, mas manteve o mesmo percentual de infecção ao ser ativada com gIFN e LPS e não apresentou na produção de nitrito. O tratamento com oxigênio hiperbárico em formas promastigotas e amastigotas inibiu o crescimento e a diferenciação celular. Camundongos BALB/c tratados com oxigênio hiperbárico (1h/dia, 2,5 ATA e 100% de 02) mostraram uma significativa diminuição do tamanho da lesão. Houve diminuição do processo edematoso e conseqüente melhora do fluxo sangüíneo local, mas ocasionou um precoce comprometimento sistêmico com diminuição da sobrevida dos camundongos tratados. Concluímos que a hipóxia é um importante estimulador/ativador de macrófagos e que a restrição de O2 resulta em uma produção deficiente de nitrito, mas não impede que as células restrinjam a infecção com L. amazonensis. Os mecanismos pelos quais os macrófagos matam os amastigotas não são ainda conhecidos, mas podemos sugerir uma ação independente de NO, como, por exemplo, o aumento da atividade lisossomal. Sugerimos também que a HBO favoreceu a metástase, apesar da significativa melhora no fluxo sangüíneo da área lesionada, propiciando futuros estudos sobre o efeito adjuvante do oxigênio hiperbárico com drogas anti-parasitárias no modelo murino da leishmaniose e de outros parasitas / Abstract: Infections can cause the formation of hypoxic areas (low PO2). The altered blood flow, isquemia, cell proliferation and the presence of microorganisms causes hypoxia in injured tissues. Macrophages adapt to the presence of hypoxia and alter their metabolism, pro-inflammatory lymphokines production and phagocytosis activity. Lesions induced by Leishmania amazonensis are characterized by a large number of amastigotes, inflammatory cells migration, secondary infection with anaerobic and aerobic bacteria and altered tissue blood flow which can cause chronic areas of hypoxia. We have analyzed the effect of hypoxia on L. amazonensis in vitro and in vivo models and also studied the effect of hyperbaric therapy on murine leishmaniasis. The murine 1774 macrophages cultures infected with L. amazonensis amastigotes under hypoxic conditions (5% Oz) showed a decrease in the number of infected cells compared with cell cultures infected in normoxia (21% O2). However macrophage cultures activated with gamma-interferon and bacterial lipopolisaccharides showed the same percentage of infected cells compared with non stimulated macrophages in hypoxia and, no significant nitrite production. Hyperbaric treatment inhibited the growth and differentiation of L. amazonensis promastigotes and amastigotes. In addition BALB/c mice infected with L. amazonensis and treated with hyperbaric therapy (1 hour/day, 2.5 ATA, 100% O2) showed a significant decrease of lesions size. We also observed a decreased of the edematous process, an improvement of local blood flow, and early metastasis. Taken together our results provided evidences that hypoxia is an important stimulator/activator factor for L. amazonensis killing macrophages and also that hyperbaric therapy can be tested as an adjuvant therapy with anti-leishmanial drugs / Mestrado / Mestre em Parasitologia

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/315769
Date17 January 2003
CreatorsSilva, Wagner Welber Arrais da
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Giorgio, Selma, 1962-, SIlva, Reinaldo Jose da, Ueta, Marlene Tiduko
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Biologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format63f. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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